quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

...e que toda escolha é uma forma de renúncia - continuação e fim

Bom, ontem não consegui dormir direito e enquento ficava rolando na cama eu pensei no por que a renuncia e a escolha parecem ser a mesma coisa quando na verdade não são. Bom, me parece inconcebível que sejam a mesma coisa, mas o grande segredo de uma discussão é começar assumindo que a verdade está desde já nas pontas dos seus dedos, ali, brincando com o seu mouse e tomando do seu café (isso se vc não o derrubou na sua roupa, como o fiz hoje rsrs)

Ontem me veio uma explicação de por que isso tudo acontece: a renuncia e a escolha, por mais distintas que sejam, acontecem sempre simultaneamente. Isso faz com que, embora não sejam idênticas, elas sejam indissociáveis, o que torna mais difícil de vê-las separadamente. Talvez, para tanto, precisássemos de um grande colisor de escolhas , observar o resultado num detector e ver como isto tudo se dissocia em partículas de renúncia, particulas de bom senso, particulas de falta do que fazer, partículas de vá para a direita, vá para a esquerda... ciência de verdade.

Logo, a escolha e a renuncia sempre vão parecer a mesma coisa aos olhos dos homens, embora elas estejam sempre juntas somente por suas naturezas, não por serem idênticamente uma mesma coisa.


Acho que é assim que termina

=)


ps: quanto à  foto, trata-se um experimento do colisor de hádrons. No nosso novo colisor, os experimentos dariam resultados semelhantes..ao menos visualmente.

4 comentários:

K & Cia. disse...

ADOREI! Como as duas faces da moeda! A ansiedade está em não se ter esse tal desse colisor para expor inclusive o avesso - ao se considerar o tempo linear. Mas sabe que as coisas podem se complicar? E para tempo e espaço não-absolutos? E se a face da renúncia não for absoluta, como aparenta a face escolhida? O homem é resultado das escolhas ou... o avesso também dele participa - já que caminham juntos? Melhor ficar com o tempo linear aristotélico, não? A sabedoria prática. Cegueira funcional. E por falar nisso, vou parando por aqui pq chegou mais um se queixando de baixa acuidade visual... Baccio

Babi Vieira disse...

Não poderia ter terminado de forma melhor!

Mandou bem, Araúuuuujo!

Rafael disse...

Então, K & Cia., não existe tempo e espaço absoluto neste colisor de concepções filosóficas por que na velocidade dos átomos só existe a luz, e nada que tenha massa pode chegar a tal ligeireza (é um conceito relativístico). Neste caso, o tempo e o espaço deixam de ser absolutos e só existe o tempo da escolha e o tempo da renúncia.

Segue daí então que se vc está andando ao lado da escolha e olha pra renúncia, esta começa a andar pra trás e então as duas deixam de ser a mesma coisa (e vc, em nenhum momento, deixa de andar pra frente, entende?)

Concluindo: a face da escolha nunca é absoluta, é algo pra lá de relativo

=)

Rafael disse...

Obrigado, Babi!

E mais: vc pode usar o colisor de concepções filosóficas tbm. Até te empresto ele (se vc for cuidadosa), mas dá pra construir um fácil com copos de café feitos de isopor rsrs

=P