quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Under what!!!!!????!?!?

Acordei esta noite, esta manhã pra ser mais exato, pouco antes das 6. Não sei por que acordei. Mas logo na sequência aconteceu uma coisa muito, mas muuuuuito estranha. Estava escuro e chovendo, cenário de filme de terror... quando, pra me deixar mais aterrorizado ainda, eu ouço uma voz que vinha de fora do meu prédio, saindo de algum alto falante


"Now, this whole area is under..."

...e não pude entender o resto.  Under what!!!???? Under what????!!! Fala de novo!!

Caralho: deveria ficar deitado e fingir que nada aconteceu ou ver o que era?   Será que os marcianos chegaram à Terra e primeiro vieram a Bloomington? Muita burrice deles, com tanto lugar mais legal na Terra pra ir =P Mas, de qualquer forma, eu não sabia se eram eles, dizendo que agora a área inteira estava sob seu domínio, que nós seríamos escravos e teríamos que carregar pedras por dezenas de kilômetros. Podia bem ser um aviso contra tornados, mas quando eu venci meu medo e olhei pela janela não havia vento nenhum: chuva, só chuva.

Essa história, por mais absurda que pareça, foi real. Tanto que na manhã de hoje eu perguntei pruma galera que mora no prédio da frente sobre a gravação e alguns deles também ouviram.

Vai ver isso é meio uma espécie de show de Trumam, só não me avisaram.

Ou talvez lagostas gigantes.


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mais do novo - parte 2 de algumas

Saudações Bloomingtonianas!

Saudações com abraços, do contrário a gente morre de frio nessa terra de gelo - sem gelo ainda, felizmente =)

Bom... algumas pessoas comentaram, mas ninguém deu muita luz pro problema do novo... ou seja, ninguém disse nada de novo ( muito menos eu, certamente )

O post de hoje é um trecho de uma carta do Paulo Leminski pro Régis Bonvicino (que eu não conhecia - só sei que é amigo do Leminski). É uma carta de 1978, na qual eles falam sobre o movimento concretista.  Vou até aumentar o tamanho da letra, de tão intenso que considero o "discurso".



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Não resta dúvida de q este culto do novo em poesia de vanguarda estpa ligado ao "novo" que a publicidade usa... novo Omo, nono Rinso... novo ....novo mais novo ... Novo pra que? Ou o novo não precisa se justificar? novo é novo e tá acabado? Claro, existe uma preocupação com novidade em qualquer artista de verdade. Com novidade, com originalidade, com voz própria. Mas o novo custe o que custar me parece um mito, uma alienação. Alienação pe umacoisa que subsiste depois que perdeu seu uso. Sua finalidade. Seu emprego social.


Novo, para que? Eis a questão


Essa perseguição ao novo é meritocrática, competitiva, gera intrigas palacianas pelo poder, exclui, segrega, expurga.


A poesia concreta já proclamou-se a única boa e certa. A Nova! 


" dando por encerrado..."


E se o povo gostar de verso, o que é que a gente faz? 
expulsa o povo?
Ou faz como a avestruz, enfia a cabeça num ideograma da dinastia ming e faz de conta que ele não existe?




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Bashô disse: 
Não siga as pegadas dos antigos.
Procure o que eles procuraram




Eles procuraram a poesia. Vamos procurá-la. À nossa moda


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afff... respira hahaha Foda, não?

Mas ele tbm só botou mais lenha na fogueira.

Nossa busca pelo novo continua no próximo episódio =P

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nada novo - post 1 de alguns

O conceito de novo, de uns tempos pra cá, tem me deixado intrigado. Começo a reconsiderar tudo o que tenho na bagagem e ver o que acrescenta, o que vale, o que é lixo, o que é relevante. De fato, não mta coisa é relevante, pq a gente perde muito tempo da nossa vida com picuinhas.... e, de vez em quando, a gente se pega procurando pelo novo.

Aonde está o novo? Aonde esta a novidade, a informação?

O novo pode mto bem ser aquilo que a gente vê pela primeira vez, o que talvez seja um estado mais comum, diante do tanto que a gente desconhece do mundo. Mas e quando vc pensa em criar o novo? O novo realmente existe?

Talvez o novo seja um estado de efemeridade: um primeiro bj que se dá no meio de uma multidão no carnaval, um rabisco que vira um quadro, um rascunho que vira um livro, uma dúvida que vira um teorema, um salto de cabeça dentro de um rio raso (vcs ja leram o livro do marcelo rubens paiva, feliz ano velho?). O que não explica o novo... que talvez seja o primeiro de alguma coisa... o que vem depois é uma copia, um plagio.

Mas chega uma hora na vida, por exemplo, qdo vc vai fazer escrever uma tese ou procurar alguma coisa interessante pra se dedicar ou falar alguma coisa relevante sobre....vc realmente para pra pensar no que vc pôs no papel: será que tem algo realmente novo debaixo dessa pedra? Ou sera que só há musgo e um ou outro inseto estranho e exótico...

Novo, novo mesmo(?): que nada: só uns primeiros cinco minutos de espanto e assombro.

Talvez o novo não exista, e eu esteja procurando por algo que nunca vou encontrar, e só parece ser flor no jardim dos outros.

Bom, talvez este tópico dê pano pra manga.  Acho que vou voltar a ele mais adiante, preciso ir pq to morrendo de fome.

=0

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Filosofia se aprende em casa - lição #1

O domingo é um dia sagrado pra muitos povos. Não faço idéia do porque ...talvez pq é um dia que ninguém faz nada. E não fazer nada é sagrado... ninguém pode lhe negar este direito.

O domingo.. engraçado que domingo é domingo em espanhol, oque não deixa de ser curioso... mas bom, o domingo também é um dia de reflexões profundas e interessantes, como a que tive nesta manhã  e que vcs, curiosos que já devem estar, logo vão saber.

Dia doméstico e, como tal, lá fui eu lavar roupas. No meio do labor, enquanto colocava as roupas na máquina e as virava e desvirava do avesso, comecei a pensar se era apropriado mesmo (des)virar a roupa do avesso, por que talvez não adiantasse de porra nenhuma. Mas aí, de maneira abrupta e contundente, comecei a pensar se o mais importante era virar do avesso para que mais limpa ficasse a parte da roupa que me toca o corpo, ou se mais limpa deveria ficar a parte da roupa que os outros vêem...

Não soube responder... mas fiquei virando do avesso quem não estava do avesso, e virando pro lado normal ( o avesso do avesso) quem estava do avesso... sem saber se o que eu fazia era o mais apropriado ou não.

Acho incrível como um momento íntimo como este pode gerar sentimentos e pensamentos tãããao intensos  e interessantes =P  oque me faz lembrar de um desenho que eu via quando era criança, de um menino que perdia o leão de pelúcia dele na máquina de lavar ( na verdade a mãe dele sacaneia o garoto e manda o leão pra lavanderia... eu sei como é isso, pq minha mãe , qdo morava com ela, pegava meu tênis escondido pra lavar. Aquele tênis perfeito que eu tinha demorado meses sujando nas ruas de São Paulo pra deixá-lo com cara de paulistano maltratado e faminto que volta do trabalho no metrô lotado). Engraçado que eu lembro da minha irmã falando desta série, por que ela podia ver mas eu não - eu estudava à tarde e ela de manhã.

Até hoje esta é uma das séries que eu mais curti: a música, do Hélio Skinirasiahsd ( não sei o sobrenome dele) é muito boa. Pro sinal, ele é o mesmo cara que compos várias outras músicas que ficaram martelando nas nossas cabeças durante a infância).  Os detalhes, a lavanderia, o taxista que falava inglês, a mentira que a criança conta... tudo isso. Espero que alguém tenha paciência de assistir...se bem que a gente vai ficando velho e ficando meio besta.

Acho que é um princípio de crise de meia idade (1/4 de século é chão, fala sério? =)














afff...muita coisa, né?  =P... se vc chegou até aqui vc é um vencedor (aprendi isso na escola, com os americanos hahahaha =)





terça-feira, 9 de novembro de 2010