quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sobre meninas e begônias

Amanhecer junto com o dia é sempre ruim... um torpor do corpo, aquele fica não fica, um relógio que nunca quer tocar dentro de você e outro que insiste em funcionar ali no seu criado mudo (nome legal esse =).

Outra coisa difícil... mais no sentido de estranhamento, é amanhecer sem ninguém ao seu lado. Muitas vezes eu penso se ninguém acorda ao meu lado por que ninguém se dispõe a tanto ou se minha cama é pequena mesmo e dormir em dois não seria nada senão um espetáculo de contorcionismo.

Há um homem num poema que fuma um cigarro, toma um café que ele mesmo preparou (manoel bandeira?)...Eu...menos melancólico, certamente, por que se eu colocasse um chopin ao fundo seria trágédia, e não um post de blog que eu, no alto do meu bom senso, postaria.


Ao certo, só que begônias não florescem o ano todo e, ao menos que vc tenha uma estufa, nem sempre você vai poder ter uma num vaso.... ali, na sua janela...


=)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ryan Larkin - um gênio em sua arte

vocês já já ouviram falar em Ryan Larkin?

Ryan era um "animador" canadense muito talentoso. Seus filmes são muito bem feitos, dando uma mostra da sua genialidade. Toda essa criatividade veio seguida com o vício em cocaína e outras drogas, o que fez com que ele caísse no fundo do poço e passasse boa parte dos seus últimos anos de vida morando nas ruas.


Pra começar a contar a história dele direito, o melhor a se fazer é ver o filme abaixo (que não é dele)



É uma espécie de filme-homenagem.


Abaixo, temos um dos primeiros vídeos que lhe deram fama (e que quase lhe rendeu um oscar)




Um pouco excêntrica a idéia de desenhar as pessoas andando. Eu confesso que ainda não consigo digerir bemo filme inteiro, embora ache algumas partes extremamente bonitas.

O próximo é o que eu mais gosto...o que está no meu top 5 das melhores animações que eu já vi na vida. Talvez por que não seja só uma animação, com começo meio e fim, mas uma forma de arte, com desenhos lindos (tudo feito à mão!!! Incrível!!!)





O site da National Film Board of Canada, que eu desconhecia até  hoje de manhã, possui o trabalho de todos os artistas financiados por eles online!!!! \o/
Acho mto legal da parte deles fazerem isso, e consegui os vídeos que coloquei aqui hoje no site deles.

Espero que vocês gostem

=)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Contos natalinos (em 110 V )

Manhã na residência dos Fontoura Aguiar, uma família abastada e influente na sociedade brasileira. Uma leve e suave brisa permeia o ambiente.

O senhor Fontoura Aguiar dorme.
A senhora Fontoura Aguiar dorme.
Os filhos do casal Fontoura Aguiar dormem.
Os animais da família Fontoura Aguiar dormem

Os empregados já estão de pé


Os eletrodomésticos da mansão nobre, num bairro igualmente nobre de uma cidade industrial, olham uns para os outros. No meio deles, uma torradeira e um moedor de café (rústico, herança de antepassados remotamente remotos).

O moedor de café, no auto de sua sabedoria rústica e clássica, pergunta para a torradeira, um eletrodoméstico pujante, comprado em um grande magazine havia poucos meses



O natal...ahhhh o natal. O que será que eles querem dizer com isso, senhor torradeira? Me pergunto, ahh sim, me pergunto...

Os dias que passam não são iguais uns aos outros, doutor moedor

Mas todo dia oque faço logo ao acordar é moer os grãos que tanto agradam esta sagrada refeição matinal!!!...e todos os cafés da manhã são os mesmos: a mesa está lá, os pães que vc torra...e tirando um detalhe ou outro, não me parece diferente. O que o natal traz em si que faz com que todos ajam diferente?

Diferente como: o jeito que te tocam? As pessoas continuam a me colocar na tomada do mesmo jeito, os farelos de pão continuam a me fazer cócegas por dentro e...... mas de fato, queimo menos pães por conta desse pão panetone, que eles insistem em comer sem torrar....

[Um empregado entra na cozinha]
[O doutor moedor cochicha para o senhor torradeira, embora a linguagem dos eletrodomésticos seja ininteligível para os seres humanos]

Será que é por causa das passas?

Que passas?

Então, o que se passa é isso mesmo, eles não queimam o panetone, e isso é o que faz o natal uma época diferente. Aparecem essas tais de passas lá no meio, e elas não gostam de ser queimadas. Acho que natal é isso.

[A torradeira faz uma cara de reflexão, o que insiste em girar levemente o seu botão de intensidade de torragem do 1 para algo entre 1 e 2]
[O doutor moedor prossegue no seu discurso e não se dá conta dessa leve alteração no semblante do senhor torradeira]

Vc tem as mesmas coisas, falo do pão na verdade, mas talvez seja mais que isso...enfim, vc tem as mesmas coisas, repete elas o ano inteiro, e quando chega no fim dele, vc pára, pensa, põe uns detalhes a mais pra não parecer que o ano inteiro vc fez a mesma coisa, e vende mais caro..na verdade, não é bem vender, vc continua acordando e fazendo as mesmas coisas, mas acha que é diferente...

Por causa das passas?

Não, do Natal

Mas pra vc o natal não é só esse adicionalzinho, com passas?

Não, natal é o que passou com um gosto diferente. É o pão do ano inteiro com passas dentro

Mas este é o panetone!!

Eu estava dando um exêêêêmplooooo sêo torradeira Quer ver? Oque o senhor faria se lhe colocassem para torrar um panetone?

Acho que..não sei... tentaria fazer cair dentro de mim uma passa. Mas não sei se a passa passa pela minha resistência...

..será que passa?

Passa...passa sim...

...mas ia fazer diferença?

Oque? Passar?

É... tudo isso...

Olha..pra falar a verdade não sei...acho que ia ser a mesma coisa.

É.... talvez vc tenha razão.... e no fundo no fundo, eles te vendem algo que vc já possuía o ano inteiro....

Incrivel ?

Ô..esse pessoal é meio burro, sempre achei mesmo

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um guarda-chuva furado

Hoje descobri que temo,
mais que tudo,
acima de tudo mesmo,
a loucura,
que permeia nosso mundo.

E por loucura,
que não se entenda ( faço a maior das resalvas),
o mundo "caótico" que nos cerca
e cheio de coisas loucas,
como alguns gostam de dizer.

O que temo é a loucura
a que vive nos corações e cabeças
dos homens que andam pelo mundo...
e que algum dia ela venha,
bata à minha porta,
entre no meu jardim
e esmague todas as flores que ali crescem

..que se instale na minha cama
e me deixe a dormir no sofá
Que roube da minha carteira
meus cartões de crédito, meu dinheiro
e a foto dos filhos que ainda não tenho

Que roube minha identidade e incendeie minha casa

domingo, 20 de dezembro de 2009

Re-historiando cambises

Italianos dizem ter encontrado tropas de Cambises II, sepultadas no deserto do Sara há 25 séculos. Egipto diz que o achado é falso

O anúncio da descoberta de um exército composto por 50 mil homens que foram engolidos vivos por uma tempestade de areia, no deserto do Sara do Egipto, há 25 séculos, está a gerar polémica. De um lado, os arqueólogos italianos anunciaram que encontraram pontas de flecha, braceletes e pendentes que pertenceriam ao exército do rei persa Cambises II. Mas Zahi Hawass, chefe da arqueologia egípcia, qualificou esta descoberta de "infundada e enganosa", acrescentando que os italianos não tinham tido permissão para escavar.

Os indícios são poucos e questionáveis e a descoberta dos objectos persas - se for realmente este o caso - não prova por si só que tenham pertencido ao exército perdido: os persas dominaram o Egipto durante mais de século, realizando diversas expedições até à zona onde foram encontradas as peças.

Mas os irmãos Angelo e Alfredo Cartiglioni, que lideram a expedição, argumentam com o facto de estas peças terem sido descobertas num refúgio natural na rota indicada pelo historiador Heródoto, que o exército teria seguido: partiram de Tebas pelos oásis em direcção ao Norte. Depois viraram para Oeste, para surpreender os Amónios, até à meseta de Gilf Kebir, onde teriam sido enterrados por uma tempestade de areia.

[O globo - 28 de novembro de 2009]




No começo eu achei que fossem devaneios do meu avô, senilidade mesmo... nem comentava com a minha mãe para não chateá-la. A loucura, quando bate à sua porta, é deprimente. Mas ter confirmado esta hitória foi, para mim, um choque.
Meu avô sempre dizia que quando era criança havia um governante que tivera grandes idéias, que manteriam o seu nome na eternidade. Para isso ele sempre tentava criar coisas enormes, grandiosas, como uma torre gigante feita em madeira e gelo, ou um carrossel todinho esculpido em marfim. Como nada disso foi o bastante, e mesmo as pessoas ja pensavam em ignorá-lo, imaginando logo quem o sucederia no trono, ele começou a parar de pensar nos seus súditos e passou a planejar coisas mais além. Com
eçou por pagar escritores para que estes relatassem fatos que, na verdade, não haviam acontecido: guerras que ganhara, reis que decapitara, e outras coisas do tipo. Ante ao questionamento que isso haveria de causar e das piadas de butiquins que já lhe rolavam pelo reino, ele pensou em não misturar mais os outros nas suas histórias e glórias...haveria de ser só ele, ele e seu povo persa, a triunfar.

Partindo dessa idéia, ele resolver então inventar pontes sobre rios que nunca foram construídas e jogar escombros no fundo d'água, criar pirâmides que nunca foram erguidas, mas cujos destroços (que nada mais eram do que escombros de uma pedreira que havia ali perto do seu palácio) se faziam ver ali, no meio da cidade, atrapalhando o tráfego de carroças e o fluxo de pessoas.
Tudo isso, no entanto, não era o bastatnte para que seu nome ficasse na história e seu povo parasse de rir dele pelas costas. Ele precisava ousar, precisava criar, algo diferente de qualquer coisa que já havia sido feita.... ele teve então ua idéia: começou a convocar homens, velhos, e re
ivindicar os cavalos que haviam na cidade para irem a uma guerra que ninguém sabia onde seria, como seria ou por que acontecia. Desta vez com uma grande peculiaridade: a de se passar pelo deserto para se chegar ao caminho alcançado. Obviamente, passar pelo deserto era das coisas menos sábias a se fazer, mas como as imagens valem mais do que desenhos, num rabisco de papiro, com um mapa imaginário, cambises convenceu a todos: era um grande sábio. Mais do que sábio: era um político. talvez pior do que os que existem hoje.


Com esse rascunho, Cambises conseguiria levar homens, animais e..é, homens e animais, para o meio do nada, onde uma tempestade de areia os engoliria. Não fossem alguns boatos que anteviam os planos do rei. Conversas de bar aqui, rumores num jornal da oposição de lá.... meu avô ficava até emocionado nesta parte , pois ele jura que estava la grande praça, em frente ao palácio real, quando várias pessoas, soldados e seus familiares, se reuniram ali, clamando pelas vidas do que iam e implorando para que aquele sacrifício não saísse do papel. Tá certo que não se trata bem de sair do papelo mesmo, pois o rei não havia discutido isso com ninguém. Era mais um pedido para que aquele pensamento sombrio se esvaísse, se apagasse da mente majestosa do rei majestade Cambises II.

O rei, dentro do seu palácio, mas fora dele, o barulho das mulheres chorando, do farfalhar das vestes dos soldados sendo abraçados por suas famílias, dos filhos chorando
só de ver as mães e avós chorando pelos que ainda não haviam morrido .... o barulho da dor lhe atirava pedras na janela o chamando pra ver. Isso fez do rei Cambises II um ser desafortunado e que não conseguia mais dormir tranquilamente. Noites e noites em claro, aquele funeral na porta de seu palácio, suas visitas reais vendo aquilo e ouvindo a história por meios que ele desconhecia. Resolveu então convocar o comandante da missão "suicida".

"Comandante X, filho de Y, neto de H menos J elevado ao cubo"

[As palavras do rei, ao ouvido de todos, soa como o barulho do sangue que jorra de uma ferida profunda e maligna]

"Sim, majestade rei! Ó rei Cambises II, filho do Sol!!!"


" Dos escombros das pirâmides que a história há de dizer que construi, embora nunca tenham sido erguidas, me veio a inspiração que há de nos tirar desse impasse"

"Sim majestade rei!!! Ó rei!! Diga lá o seu pensamento real majestoso"

[102 batimentos por minuto]

Fale mais baixo!!! É uma conversa minha e tua a que temos agora! Seu formalismo me irrita! A conversa é entre nśo dois, não deve ser ouvida pelo palácio todo, que o diga pelos que estão à porta da mnha casa!!!

[O comandante engole seco][158 batimentos por minuto]

Mande-os para o deserto ainda. Mas que...


[164 batimentos por minuto]

quando estiverem o mais longe possível da Pérsia, e neste momento, com suprimentos para fazer o caminho de volta....

[Coça a cabeça][165 batimentos por minuto]

....suprimento suficiente para que as últimas migalhas venham a lhes alimentar às portas de suas casas.... que abandonem suas roupas, armas e animais...

[136 batimentos por minuto]

... e que os deixem perecer no deserto. As areias e os ventos se encarregarão do resto.


E assim termina a história do meu avô, que se lembra, como ele sempre gosta de dizer no fim da estória, exatamente do dia em que foi à praça na frente do palácio para abraçar seu pai, que estava partindo pra suposta guerra.

Quanto aos destroços, e não só eles garantiram a Cambises II um lugar na wikipedia e em outras páginas da história. Eeeeeee... é isso, uma velha história de família, contada repetitivamente nos domingos de almoço na casa do meu avô, mas que tinha que ser passada adiante. E não é bem uma história, tá mais pra um "causo"
, o que não deixa de ter o seu valor


=)


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Quatre-vingt-onze centimètres - Skhizein

Saudações binárias, senhoritos!!!


Faz tempo que não falo com vcs, mas é por que ando meio atarefado (ok ok..to em férias, mas que que eu posso fazer? E olha que nem estou mentindo). Mas hoje eu lembrei de vocês. Sim!!! Lembrei de vcs quando encontrei um vídeo muito legal que fala sobre um cara sobre o qual caiu um meteorito, algo com consequências terríveis. Claro, isso é um desenho. É bom avisar por que vcs acreditam em tudo o que eu falo (até parece rsrsrs)

O único porém é que esté legendado em inglês, mas não é muito difícil entender, mesmo assim.

Outro porém é que o nome é muito difícil de se falar e escrever... seu eu tentar escrever o nome do desenho sem lembrar..shkizein, skzein...dá errado. Ou seja, vc nunca vai poder falar pros seus amigos que viu o filme, ou ter que falar deste fabuloso blog pra eles (\o/ vcs criaram um monstro rsrs)

Skhizein em português from Júnior Bocelli on Vimeo.

Aproveitem!!! E feliz nat... caralho..q q eu tô falando

=)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Desaniversariando hoje.... (tutututututu...barulho de tambores!!! =)

Por conta do meu um quarto de século, um merecido post em minha homenagem rsrsrs



Este filme é muito doido, o chapeleiro maluco é um doido muito simpático. Achei outras versões do arquivo em inglês, até maiores, mas as músicas em português são igualmente boas. Uma época em que eles colocavam gente boa pra cantar e fazer versões, e não estrelinhas da música sertaneja, atores de novela... (nostalgia rsrsrs)
Aproveitando o post, queria colocar um outro vídeo sobre o livro do Lewis Caroll (dois éles ou um éle?)




Incrivelmente, o Soares já fez coisas boas...a crítica dele é muito bem feita neste trecho de um antigo programa que ele tinha na tv.

Aproveitem

=)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Por falar em máquinas de lavar.... (ou "O princípio de uma idéia num ônibus")

Olá, senhoras e senhores!!!


No post anterior eu citei minha experiência dentro de uma máquina de lavar. Aí lembrei de um desenho que eu fiz em outubro no ônibus indo de São Paulo pro Rio, no qual eu tive uma idéia pra fazer uma camiseta nova (faz tempo que não faço nenhuma). Eu sei que muita gente vai falar

"Pqp, vc tem certeza que quer fazer mesmo uma camiseta? Vc desenha mal pra cacete!!"

Vcs devem levar em conta que o ônibus sacolejava muito (não é desculpinha isso!!!). Vou postar aqui os desenhos, espero que vcs entendam (espero mesmo rsrs)


A pedidos, agora acompanha a tradução ... (nossa, foi foda traduzir isso. Cadê minha pedra Roseta?)


"Logo que eu saí de casa
Eu não imaginei
que teria (e iria)
aprender tanta
coisa"


"O primeiro gde susto
me foi lavar
roupas"

"Bom é que as máquinas
de hoje em dia fazem
quase tudo...ainda não
penduram tua roupa recém
lavada. Mas.... quem sabe
um dia?"









"Mas, voltando, ***** (parte
ilegível) máquina

hj só lave, não precisa se
preocupar... ela nem pula
nem nada"

"pogobol"

"cama elástica
(não é um
disco voador!!!)"

" E tbm não vai parar na sala
depois de ligada na área
de serviço"

"Apesar de tudo, ela ainda
pode deixar
umas manchas...

... nas tuas






vestes...principalmente
qdo vc está aprendendo
a lidar c/
esse eletrodoméstico
tão temperamental"

"chicote"
"máquina enfurecida"








"mesmo c/ manchas e
outras dessas, elas se
mostram úteis,
indispensáveis
e, às vezes,
carinhosas"

"4.10 voltando
sp->rj no onibus"






Como as almas mais atentas podem ver, é quase um poema desenhado....

....e uma declaração de amor ao mesmo tempo!!!

=)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sobre máquinas de lavar roupas, fazer esportes e a cegueira (ou seria a miopia?)

Ok, vc quer malhar pra caralho neste verão, ficar gatinho(a), corpo bronzeado debaixo do sol escaldante que mata e frita células neuronais sem bainha de mielina dos milhões de milhares de cariocas que passam por vias enormes e cheias de trânsito... vc pega, vai à praia jogar frescobol, compra cervejas... por sinal, ir à praia durante a semana é o que há, a melhor coisa do universo. Aí vc joga frescobol, entra no mar, toma caldos, fica perto da água, vem uma onde, e leva todo seu dinheiro, óculos, alma lavada... isso quando não te leva a sunga (hummm ou top..é assim que se chama a parte de cima do biquini? Tem nome isso?).

É...esse é o drama que assola milhares de paulistas perdidos que vem passar parte de suas vidas no Rio de Janeiro. Isso foi para comover vocês e pra ir lhes preparando para alguns contos natalinos chorosos e cheios de drama que há de amolecer o coração de vocês... ou mesmo lhes chocar! Um soco no coração de pessoas duras, de alma sombria....e que sabem pegar jacaré =)


Resumindo: o melhor do dia, mesmo depois de ter sido indiretamente cegado pelo mar, foi me sentir dentro de uma máquina de lavar depois de uma onda gigante que me pegou. Braços e pernas para todos os lados, nem sabia onde estava a praia depois dela rsrs. Engraçado é que o mar só ficava bravo quando eu entrava nele. Mais engraçado ainda foi a cara das pessoas me vendo tomar um caldo, foi muito bom, todo mundo desacreditava, foi coisa de desenho animado a cena toda (da onda que me levou os oćulos até o último caldo)


=\
+
=)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A visita - segunda parte

Sem saber muito bem o que fazer, liguei para o zelador do prédio:

triiiiiiiiiiimmmmm triiiiimmmmmm

[interfone]

Portaria, bom dia

[alguém com voz de sono]

Oi, seo Marcos. To precisando de uma ajuda aqui em casa.

Ahhh agora tá difícil....não to podendo sair daqui não, to sozinho aqui na portaria e se o síndico pega a portaria vazia eu levo uma bronca posso até perder o emprego

Mas é que tem um alce aqui na minha sala

Um oque?

Um alce

Um aço?

ALCE

Qui é isso?


Caramba...nnão importa, o que importa é que tem um bicho enorme aqiu na minha sala

O sr não pode matar ele com um inseticida?

Não!!!! É um bicho enorme, quase um monstro!!!

Olha, eu to muito ocupado, se o sr quiser eu posso interfonar pro apartamento do síndico e ele pode ir aí te ajudar, mas eu não posso fazer nada. Se eu fosse você eu pegava uma vassôra e dava no monstro

Senti uma certa ironia nessa última frase dele. Desliguei. Filho da puta. Resolvi ligar para os bombeiros. Talvez um órgão responsável como o deles fosse me ajudar.

Um nove três bombeiros, em que posso ajudar?

Oi, eu me chamo Gatobíades, eu estou com um pequeno problema na minah casa.

Pode falar senhor.

Tem um alce aqui na minha sala.

Como?

Um alce.

O senhor mora no campo?

Não, num prédio, no oitavo andar. E tem um alce na minha sala.

O nome do senhor por favor.

Gatobíades...Gatobíades Silva.

Talquei senhor Gatobíades... a gente tem muito o que fazer por aqui hoje pra ficar levando em conta trotes como os que gente desocupada como o senhor passa. Toma vergonha, seu vagabundo...

Mas... é verdade, um alce enorme. Quer que eu o descreva?

Bom dia...

Mas..

BOM DIA!!!


[paaaaac][batida de telefone no gancho]

...e desligou na minha cara. Vaca.

Abandonado. Por tudo e por todos. Só eu e um problema. Eu e o alce. Voltei até a sala para ver o visitante. Ele estava sentado no tapete. Parecia bem comportado e calmo. Deixei uma tigela com uns pães pra ele, bem ao lado do seu corpo, com medo de que ele viesse em minha direção (embora já estivésse perdendo o medo) e saí de casa. Voltei logo na sequência, para pegar novamente o objeto esquecido.

O alce estava no mesmo lugar. O pão, intocado