sábado, 31 de janeiro de 2015

Subserviência

Uau.... assisti esse filme agora à noite e de certa maneira o achei bem perturbador. Fiquei tentando entender bem a que ele se remete... à nossa conivência quanto à exploração dos menos favorecidos? À subserviência ser também uma dependência mútua?



domingo, 18 de janeiro de 2015

Perspectivas

Recentemente eu tenho esbarrado em um monte de música que já foi gravada por mais de uma pessoa e que são beeem diferentes. Há muitas e muitas por aí, mas eu quero selecionar umas que acho boas e que adicionaram uma dimensão a mais a estas obras. A grande maioria tem um significado muito especial pra mim e me traz boas lembranças de dias de sol, cachoeiras, tocar violão etc etc. Espero que vocês curtam (caso tenham tempo pra ouvir :)



1) Pale blue eyes


A versão original é do Velvet Underground, num dos meus álbum favoritos deles.  A Marisa Monte regravou no álbum "cor de rosa e carvão".


Velvet Underground:



Marisa Monte:





2) The lonesome road


A versão original é do Sinatra (acho). A Madeleine Peyroux regravou mais tarde. 


Frank Sinatra:




Madeleine Peyroux:




3) Between the bars


A versão original é do Elliot Smith. A Madeleine Peyroux regravou. Ao que parece a letra original não fala sobre um amor ==pessoa, mas sim do vício do cara em heroína. Linda, sem dúvidas.


Elliot Smith:




Madeleine Peyroux:





4) Jokerman


A versão original é do  Bob Dylan. O Caetano regravou  regravou num álbum ao vivo. A letra é linda (como a maioria das letras do Bob Dylan), mas a versão original é horrível hahaha tem um teclado de churrascaria que não pertence a essa música (saia dessa música que não te pertence :P )


Bob Dylan:




Caetano Veloso ( a versão do caetano é incrível):




5)  Lady Madonna


A versão original é dos Beatles. O caetano regravou  regravou.


Beatles:




Caetano Veloso:






6) Higher ground


A versão original está no ótimo "Innervisions", do Stevie Wonder. O RHCP regravou anos depois.


Stevie Wonder:




Red Hot Chili Peppers




7) With a Little help from my friends


Joe Cocker regravou a versão dos Beatles

Beatles:



Joe Cocker:




8) Hollis Brown


Nina Simone regravou Bob Dylan




Nina Simone





9) Maracatu atômico


Versão original do Gil. Nação Zumbi regravou 

Gilberto Gil




Nação Zumbi



10) You're Gonna Make Me Lonesome When You Go

Essa música eu acho liiiinda. Me traz vááárias memórias da época que morava no Brasil :)

Bob Dylan




Madaleine Peyroux




11) Love in vain

Original do Robert Johnson, regravada pelos Stones (numa versão linda também  que me traz várias lembranças boas tbm :)

Robert Johnson:



Rolling Stones:

sábado, 3 de janeiro de 2015

A arte de contar estrelas



Será que eu estou me mudando daqui?! Me pergunto e tento me convencer disso. Há um medo residual - "e se" - de ficar por mais um tempo que me assusta. Resolução de ano novo: dar uma geral na casa branca, jogar um monte de coisas inúteis fora. Abri aquela caixa com notas de aula, rasguei um monte de páginas... wow... realmente, eu passei muito tempo e fiz muita coisa por aqui.


Por não fazer mais aulas eu havia me esquecido de um costume que tenho pra marcar páginas: o de numerá-las com desenhos relacionados à matéria que estou estudando ou algo que me aconteceu no dia (ou algum objeto, como a caneca de café do professor, por ex). Achei esses das aulas de mecânica muito legais.... de fato, a única coisa interessante nessas notas (já que a aula era muito, mas muito ruim).

 



Alguns deles são bem abstratos rsrs (como o da folha 5... acho que o professor falava sobre "matéria escura")



 ...ou sobre relatividade





Acho que o melhor disso tudo é ver que é um período da minha vida que passou. 


Encontrei outra caixa ainda, com cartas e postais que recebi enquanto estive/estou aqui (maioria da minha irmã, ávida enviadora de postais que é). Realmente, me sinto meio perdido por me imaginar indo mas não saber pra onde. Me sinto como o coronel do conto de Garcia Marquez e os guarda-chuvas ao longo da estória (deixa eu ver se acho online...)



ENCONTRÓ EN EL BAÚL UN PARAGUAS ENORME Y ANTIGUO. LO HABÍA GANADO LA MUJER EN UNA TÓMBOLA POLÍTICA DESTINADA A RECOLECTAR FONDOS PARA EL PARTIDO DEL CORONEL. ESA MISMA NOCHE ASISTIERON A UN ESPECTÁCULO AL AIRE LIBRE QUE NO FUE INTERRUMPIDO A PESAR DE LA LLUVIA. EL CORONEL, SU ESPOSA Y SU HIJO AGUSTÍN -QUE ENTONCES TENÍA OCHO AÑOS- PRESENCIARON EL ESPECTÁCULO HASTA EL FINAL, SENTADOS BAJO EL PARAGUAS. AHORA AGUSTÍN ESTABA MUERTO Y EL FORRO DE RASO BRILLANTE HABÍA SIDO DESTRUIDO POR LAS POLILLAS. 

- MIRA EN LO QUE HA QUEDADO NUESTRO PARAGUAS DE PAYASO DE CIRCO -DIJO EL CORONEL CON UNA ANTIGUA FRASE SUYA. ABRIÓ SOBRE SU CABEZA UN MISTERIOSO SISTEMA DE VARILLAS METÁLICAS. -AHORA SÓLO SIRVE PARA CONTAR LAS ESTRELLAS.

EL CORONEL NO TIENE QUIEN LE ESCRIBA, GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ 

A chuva e o frio lá fora, essas cartas quebrando buracos no meu teto, me fazendo olhar pra dentro de mim como se eu fosse um céu aberto com o qual brinco e me perco a contar estrelas... acho que não existe guarda-chuva pra essas horas.