quinta-feira, 10 de junho de 2010

Igor Stravinksy - O dilúvio (The flood / Lé deluge)

Olha, vcs podem dizer que o blog é um lixo. Eu sei, não há como negar que várias vezes eu posto besteiras, coisas sem sentido que só eu acho engraçadas, que rio só das minhas próprias piadas, que enalteço meus passeios de bicicleta enquanto o mundo lá fora chove, assalta as pessoas que andam pela lagoa rodrigo de freitas, me chama de metido a intelectual etc etc... Sim sim, sou um ignorante. Admito. Sou um fraco tbm. Na verdade não só eu, todos nós somos fracos (repetindo palavras recente, que devo ter dito em algum post anterior ou em algum que está por vir).

O post de hoje se trata de uma obra de Stravinsky. Tive o enorme prazer de ouvir a sagração da primavera na sala São Paulo recentemente, o que foi um tesão. Sério, um tesão. Uma peça maravilhosa.
 Stravinsky pra mim está entre as grandes mentes do século XX. O cara era genial, o que ele tocava virava ouro. É difícil ouvir? Posso dizer que sim, que é (não vai tocar nas paradas de radio ou na novela). Mas vale à pena tentar se acostumar, pq uma hora as cortinas caem e vc vê que ele consegue te passar muita informação num pequeno trecho de música, que na verdade contém toda intenção da peça. Um pequeno novelo transformado em tramas e mais tramas totalmente entrelaçadas (de maneira incoerente para alguns), no qual vc percebe o trabalho que ele teve em pensar a música.

Música pensada.
música lazer.
...música de elevador.

Não quero entrar no mérito disso. Todas têm seu valor, mas para hoje lhes reservo esta peça.

Achar o libretto à primeira vez foi difícil. Incrível não termos isso tão à mão, pqp.Isso é tão útil...tão útil =P



Bem, o vídeo que eu encontrei, acredito, é o original pra qual o Stravinsky compôs a obra. A bbc ao que parece encomendou a peça a ele... o libretto é do Robert Craft (acho...preguiça de olhar na Wikipédia =)

O que me estarrece na obra é a figuração das personagens. No período barroco, para começar a exemplificar, deus era representado por um cantor, e geralmente sua voz é aguda- talvez por que a idéia de agudeza nos remeta às alturas, aquela coisa de céu lá em cima, inferno lá embaixo. Na peça do Stravinsky pra começar, a voz de deus é cantada por DOIS cantores. E sua voz é grave, a de satanás é que é aguda.

Por que?

Bom, não sei...talvez deus seja a base de tudo, e por isso ele está na parte debaixo da pirâmide das coisas...que coisas? Ahhh pare de fazer perguntas! O texto não tem consistência alguma, todos já viram isso =)  Mas percebam o quão incrível é representar uma pessoa na peça por duas vozes.. ( e no vídeo aparece deus dentro de um triângulo que voa..horrível, mas talvez eles tenham chamado isso um dia de tecnologia - vai saber, né?)..eu achei isso intrigante..uma incógnita que me faz pensar sempre no por quê disso acontecer.


Abaixo está a primeira parte. Acho que à partir dela vcs conseguirão encontrar as outras duas. O apelo do post de hoje é somente sonoro. O vídeo em si é bem ruim (até onde eu aguentei assistir, pelo menos). Se concentrem mais no ouvir do que no ver.... valerá mais à pena



E se algúem souber do por que tais coisas acontecem na obra, por favor, me digam, mesmo se vc tiver apenas um leve indício, crença...  curiosidade mata  


vou indo... tenho que entender o teorema de kato-rellich .....=0


ps > o filme nem eh ruim, acabei de ver com mais calma
ps2>  talvez eu poste as outras partes aqui, caso nao tenha o que falar rsrs

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