Leave at your own chosen speed
I'm not the one you want, babe
I'm not the one you need
You say you're looking for someone
Who's never weak but always strong
To protect you and defend you
Whether you are right or wrong
Someone to open each and every door
But it ain't me, babe
No, no, no, it ain't me, babe
Bob Dylan, It ain't me, babe
Parte do processo de "cicatrização" ao fim de um romance passa pela aceitação de que aquilo que se tinha não existe mais, de que não era pra ser ela, de que não era pra ser você. O luto pelo que se perdeu. Não sei muito bem como caracterizar isso, mas sei que minha cabeça fica esquisita nesses dias: um misto de solidão com uma sensação estranha, como se um balão esmagasse teu cérebro, não te deixando pensar direito.
Com a aceitação vem também várias coisas: a certeza de que não era pra ser, a certeza de que poderia ter sido, a certeza de que você está se contradizendo em diversas coisas que elabora, teorias sem pé nem cabeça para justificar algo sobre o qual não se tem controle nenhum: a vontade do outro. Acabou. C'est fini. Foi. Vaza.
E assim tudo se desenrolou. Tem um mês e 4 dias já. Quanta coisa mudou de lá pra cá. Por dentro, ainda aquela saudade, dividida dentro de você com as dúvidas, com a sensação de injustiça, com a sensação de que havia um impeditivo mais profundo a tudo aquilo que gostaria de ter feito... estrutural: não há como mudar certas coisas ou pessoas. Você tenta ser paciente e aceitar... mas ainda é difícil.
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