domingo, 12 de junho de 2022

Terra Brasilis : o jardim dos caminhos que se bifurcam

 As maiores lições do dia (e da semana):

1) aceitar que algumas coisas são tão dúbias e incertas que acomodam mais de uma perspectiva. 

2) aprender a ouvir e manter a calma, mesmo diante de coisas que discordamos.

3) aprender que medo é medo; que é normal tê-lo, e que nem sempre o manifestamos abertamente (isso vale pra todos os lados de uma relação).

4) aceite o medo, mas não se submeta a ele, nem tome decisões precipitadas sob efeito do mesmo. 

5) aceitar decisões dos outros e respeitá-las, mesmo quando estas te machuquem.

6) mesmo quando discordarmos de alguém, manter o respeito e não erguer a voz; nossa razão não está acima da razão de ninguém, ainda mais em terreno incertos, cheios de ambiguidades. O melhor sinal de que estamos nos excedendo é alguém ter que implora desculpas para nos acalmar: nessas horas somos nós que devemos parar e nos desculpar com o outro lado.

7) aceitarmos que as maiores dores e provações talvez tenham um porquê, e que muitas vezes são um sinal da imperfeição intrínseca a tudo oque nós humanos tocamos e construímos. Talvez seja isso oque nos torna grandes, e oque indica aquilo que nos é importante na vida. 

8) aceitar que algumas pessoas nos veem de maneira rígida: esta é a maneira como nos entendem e não adianta mostrarmos nada, apontarmos fato algum, ou fazermos coisa alguma. É assim que nos vêem e ponto.

9) aceitar que, às vezes, a dor nos faz interpretar as coisas de maneira errada (e da maneira mais dolorosa possível); a dor é o pior dos vieses. Acima de tudo, que nos permitamos a surpresa diante dos nossos próprios enganos. 

[De certa forma, essa foi a coisa mais bonita e significativa do dia.]

[Fiquei mais feliz ainda em poder ter me permitido isso.] 

[Removeu uma tonelada de desapontamento das costas.]

10) não silenciar outras pessoas, nem anular oque estas dizem ou sentem. Nunca peque em assumir que "o meu caminho é oque faz sentido" quando se trata da vida de uma outra pessoa.

11) ser grato, mesmo diante daquilo que nos machuca e cujos propósitos fogem ao nosso entendimento. 

12) desapegar e saber deixar partir (em especial quando oque se diz/faz já não faz mais diferença aos olhos dos outros).

[ps: salvo engano, "o jardim dos caminhos que se bifurcam" é um texto do Jorge Luís Borges.]

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