sábado, 14 de março de 2020

Um pouco do mundo nos tempos do corona virus

Quem diria.... a praga chegou por aqui, por ai, por todos os lugares. Me traz à mente um texto do Bukowski sobre a peste, do qual falei em Observações sobre a peste - fragmento de um fim de semana no Rio de Janeiro (em 2011!), quando fui vítima de uma praga durante uma visita ao Rio (regada a acidentes de moto, de discussões de relacionamento etc... quem diria, uma vida então cheia de romances!!).

Hoje a peste só faz uma coisa: me deixar em casa, com receio do que está lá fora, de tocaia, me esperando atrás de alguma porta, ou escondido debaixo de uma tapete. Apareço desavisado e.... ZAASSSS!! a peste pula no meu pescoço e se adentra pelos meus pulmões, ou dos meus vasos linfáticos, tomando posse deste que agora te escreve. 

Nope, nope... felizmente nada disso. Mas dizer que saí incólume desse "tropeço" seria mentira: bolsas subindo e descendo (mais descendo que qualquer coisa...como perder uns 20K em duas semanas), ver as empresas pelo mundo mudando o foco diante da crise, ver o mundo entrando em crise e as pessoas sem saber oque esperar quanto ao futuro. 

"-Por quanto tempo essa visita vai ficar no sofá?...." 

Ningúem sabe... ninguém sabe.. A busca de empregos "pelo mundo" persiste, mas é nítido que há mudanças - com vírus  ou sem vírus na equação

É isso então: Brasil, próxima parada?

Estaria feliz com isso. Há algum tempo já estou satisfeito comigo mesmo com oque tive, com oque faço, com a independencia com que trabalho e penso por mim mesmo, e com oque quero pra minha vida. Estou mais confortável com isso, e não preciso mais ir atrás de algum lugar ou de algo para aprender mais: posso aprender com os que estão ao meu redor ou por mim mesmo. E isso, saber que você carrega consigo mesmo as ferramentas que precisa pra poder crescer, é uma graaaaaande mudança! Se fosse o caso há 10 anos atrás, se me sentisse então como me sinto hoje, provavelmente nunca teria pisado fora do Brasil pra estudar fora.

Mas é claro, tudo teria sido diferente :)  e eu não seria quem eu sou hoje. Seja pelo que vi mas, acima de tudo, pelo tanto que aprendi a me levantar depois de cada queda. Que é, de alguma forma, a abordagem oque o mundo parece estar me pedindo (nos pedindo!) agora: há muito a se fazer pras coisas voltarem ao que eram antes.

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