sábado, 7 de março de 2020

Soneca no acostamento

Por estes dias eu voltava pra casa quando, ao virar meio que rapido demais na ruela que dá pra minha casa, em meio a escuro que mal dava pra ver e um misto de chuva/quase chuva, vejo um sapo de barriga pra cima no meio da rua.

Uma das coisas que mais me dói na alma é ver  bicho morto em acostamentos ou trajetos "humanos"/pra carros. Dá sempre a impressão de que tudo não passa de um bicho com sono tirando uma soneca na beira da estrada, em paz, somente esperando a hora do sono passar pra levantar e seguir adiante.

Infelizmente não é o caso, e cada vez que presencio isso sinto um luto, uma dor enorme em ver que cada pegada que deixamos pra trás parece indicar não o quão longe chegamos, mas sim o quanto estamos destruindo o mundo onde vivemos.



ps: só vim a lembrar da cena quando fui escrever este post:



[MAGNOLIA, Paul Thomas Anderson, 1999 -- Raining Frogs]

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