terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nada novo - post 1 de alguns

O conceito de novo, de uns tempos pra cá, tem me deixado intrigado. Começo a reconsiderar tudo o que tenho na bagagem e ver o que acrescenta, o que vale, o que é lixo, o que é relevante. De fato, não mta coisa é relevante, pq a gente perde muito tempo da nossa vida com picuinhas.... e, de vez em quando, a gente se pega procurando pelo novo.

Aonde está o novo? Aonde esta a novidade, a informação?

O novo pode mto bem ser aquilo que a gente vê pela primeira vez, o que talvez seja um estado mais comum, diante do tanto que a gente desconhece do mundo. Mas e quando vc pensa em criar o novo? O novo realmente existe?

Talvez o novo seja um estado de efemeridade: um primeiro bj que se dá no meio de uma multidão no carnaval, um rabisco que vira um quadro, um rascunho que vira um livro, uma dúvida que vira um teorema, um salto de cabeça dentro de um rio raso (vcs ja leram o livro do marcelo rubens paiva, feliz ano velho?). O que não explica o novo... que talvez seja o primeiro de alguma coisa... o que vem depois é uma copia, um plagio.

Mas chega uma hora na vida, por exemplo, qdo vc vai fazer escrever uma tese ou procurar alguma coisa interessante pra se dedicar ou falar alguma coisa relevante sobre....vc realmente para pra pensar no que vc pôs no papel: será que tem algo realmente novo debaixo dessa pedra? Ou sera que só há musgo e um ou outro inseto estranho e exótico...

Novo, novo mesmo(?): que nada: só uns primeiros cinco minutos de espanto e assombro.

Talvez o novo não exista, e eu esteja procurando por algo que nunca vou encontrar, e só parece ser flor no jardim dos outros.

Bom, talvez este tópico dê pano pra manga.  Acho que vou voltar a ele mais adiante, preciso ir pq to morrendo de fome.

=0

4 comentários:

K & Cia. disse...

Para mim, o novo vem como uma brisa esquisita q passa pela porta lateral q vc esqueceu entreaberta. Se vc achar que ela atrapalha o seu caminho, vc fecha a porta e ela se vai. Entretanto, se resolver abrir a porta, ela vem como um furacão e muda sua vida: uma atração irresistível que não te permite pensar em outra coisa. Se será um furacão que passará em 5 minutos ou não, ao meu ver, depende SÓ de vc. Vai fundo!

Rafael disse...

Bom...diante do que a gente está discutindo, bem capaz do "novo" agir assim mesmo: uma coisa sutil que pode passar desapercebida em dia de muito calor. A questão é se uma brisa pode te fazer criar vento, ou um furacão

Vai ver essa é uma daquelas perguntas sem resposta.. tipo por que o lápis chama lápis e não cadeira, ou seja, daquelas bem sem pé nem cabeça.

=|

Fernandoooooooooooo!!!!!! disse...

Vc já parou pra pensar que talvez não se trate de criar algo novo e sim de PERCEBER algo novo?

Rafael disse...

Hummmmm.... tem uma frase da Clarice Lispector na Paixão segundo G.H. que diz mais ou menos o seguinte:

"na vida, só acontece pra gente aquilo que nós percemos, no entanto nós só percebemos aquilo que nos acontece"

e eu concordo plenamente com a frase (apesar dela ser um tanto vaga....) Então, tomando emprestado o verbo que vc usou aqui, acabo achando que o novo é uma coisa que se vive e se percebe ao mesmo tempo; bem provável que seja algo que sempre esteve lá e ninguém nunca percebeu, viu, ou deu ouvidos.

Vai ver tbm criar e perceber são duas faces diferentes da mesma coisa... quem sabe?