segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

No olho do furacão (visita à antiga casa)

Estar de volta aos EUA depois de tanto tempo me traz uma sensação ainda estranha. Não consigo estar aqui sem contrastar as escolhas que tenho feito pra minha vida e a vida que levava.

Realmente, em vários momentos me parecem caminhos totalmente divergentes.

Envolto no "20-20" life-style de ver as coisas por outros olhos (ou com mesmos olhos que enxergam melhor o mundo) acredito que nada há de mudar enquanto não tomar uma atitude que me tire um pouco do conforto em princípio, pra depois me colocar de volta numa melhor posição (curiosamente, há uma teoria matemática, algo chamado "reforço de aprendizagem", que enfatiza isso: explore versus exploit). Me pergunto então oque aprendo: se algo que não está nos livros, algo emocional.. ou mesmo se nada aprendo, e apenas leio a mesma página de um velho livro.

Visito numa condição muito mais clara, onde consigo delimitar meus interesses bem, e distinguir oque faz sentido explorar, oque faz sentido deixar de lado. Diferentemente da outra visita, não há mais aquele desconforto de olhar pra traz com pesar, em ver a vida que deixei pra trás com olhos de dor e pesar: na última vinda  tudo estava embaçado, por dentro+namoro+academia+tudo que me cercava.

Dessa vez, sinto que só me falta mesmo a confiança (que às vezes parece me vir sei lá de onde) de que o futuro há de ser agarrado com as mãos, sem aflição, sem medo, conhecendo cada nuance de como o mesmo me arrasta pela vida, como uma correnteza.

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