sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Everything is free in America, for a small fee in America - um ano na terra do Tio Sam

Incrível pensar nisso, mas hoje faz um ano que cheguei a esta terra. Eu, Rafael A M Staden, acreditando que seria devorado por selvagens nesse dysneylândinóspito país, acabei resistindo. 

É pessoal... um ano....

Depois das férias no Brasil, em que eu li o livro do Amyr Klink, eu passei a ver essa minha passagem por aqui como uma longa jornada em que eu tenho que remar e remar pra atravessar um oceano de conhecimento, saudade, pessoas, junk food e outras coisas.... para poder aportar enfim em alguma terra e encontrar algo que eu não sei oque pode ser.


[ou seja... futuro vago e incerto =]



A saudade, chega uma hora, deixa de vir tão frequentemente; os selvagens locais já não são mais tão hostis a você, que começa a se adaptar melhor e a ver o que te cerca mais amigavelmente. Acho que aquela frase do Old Boy:

ria e o mundo rirá com vc, Chore, e vc chorará sozinho.  


[acho que era isso]

expresa bem essa mudança de perspectiva. Ter isso em mente faz as coisas fluirem mais facilmente....e então você pode seguir remando, remando...


Embora já há um ano por aqui, sempre me lembro da supresa inicial, do choque, e da angústia. Não houve muito deslumbramento, oque me fazia pensar muito em Pero Vaz quando se dirigiu ao rei de Portugal na sua carta em que descrevia essa terra chamada Brasil.

Termino o posto roubando as palavras de despedida de Pero Vaz:


[meus poucos leitores: a vocês deixo o papel de alteza =]

"Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!

Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!
E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei, Ela me perdoe. Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr assim pelo miúdo."
[a parte em que ele fala em "salvar a gente" local é demais]
[ hahahaha]


Passando pelo miúdo então, me despeço por hoje




[mentira...não vou passar pelo miúdo não, mas ir ao supermercado, isso sim ]


=)



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