sábado, 22 de agosto de 2020

No violence... and no interaction: discurso sobre uma possível abstinência de likes

 Eu estava pensando hoje: uma das coisas mais assombrosas  que vejo hoje em dia é o crescente poder que grandes empresas têm, como facebook, apple, google e outras. No entanto é muito difícil neste momento cortar laços com elas: deixar de usar o email deles, ou me ostracizar de uma plataforma de contatos só me alienaria de amigos e família.... essas corporações se adentraram de tal maneira nas nossas vidas que, dificilmente, conseguimos deixar que saiam: tornamo-nos dependentes, infelizmente.

Mas estava pensando... se cada "like" que damos é uma pequena dose de dopamina nos nossos cérebros... e se, simplesmente, parássemos de manifestar nossas preferências em forma de cliques? Isso, uma abstinência de "likes": você vê, mas o sistema (o "master algorithm", "bib brother") não sabe se você gostou ou não, se prestou atenção ou não.... será que funcionaria?

Claro, tal "política de resistência sem violência" não funciona em todas a plataformas: muitas não baseiam tal recompensa (pra eles, como algoritmos que colhem nossos dados; pra gente, em forma de prazer/dopamina) em "gostar" ou "não gostar", são mais complexas nas formas de nos avaliar, de mensurar nossas tendências e propensões .. mas em diversas delas funcionaria...

Hummm....

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