É bizarro isso de tentar reparar algo envolto em dor... um kintsugimpossível onde todas as memórias boas parecem ter sido engolfadas por uma onda gigante que só deixou pra destruição pra trás de si.
E como "curamos" isso?
Honestamente, não sei. Mas andei pensando... num cenário onde não cabem desculpas, talvez não sejam palavras a reparar as dificuldades. No caso, quando nenhuma desculpas cabe é nítido que ou o lado que ouve está sendo muito rígido em querer um pedido específico - como num script (que o outro, claro, desconhece!), ou o lado que ouve simplesmente não sabe oque quer ouvir. Em situações assim, não há pedido de desculpas que seja o suficiente.
Talvez não sejam palavras a se resolver uma questão complexa assim, mas simplesmente permitirmos que memórias afetivas novas sejam criadas. Isso volta a um post anterior do qual falei sobre como processamos eventos como bons ou ruins a depender de quando um momento ruim se dá dentro dele (no começo, ou no final): um relacionamento que termina em um momento difícil tende a sofrer com esse viés de seletividade, de buscarmos sempre as memórias mais recentes.
Anyway… foi só uma digressão mesmo…
Nenhum comentário:
Postar um comentário