sexta-feira, 27 de março de 2020

A insustentável leveza de se perder em erros

Não sei de que enxadrista se tratava...Kasparov? Talvez... mas  diziam que, quando este jogava sessões contra 20, 30 pessoas ao mesmo tempo (contra enxadristas avançados) ele tinha uns pesadelos horríveis durante a noite, e mal conseguia dormir.
Não sei como é com cada um de vocês. oque te tira o sono? 

No meu caso, qoeu me tirou o sono ontem aconteceu durante uma caminhada à tarde, quando percebi que havia uma falha num teorema que estava provando. 


Nossa... não dava... fui escalar logo depois e ficava olhando a parede, tentando desanuviar a cabeça e concentrar nos movimentos do corpo, a direção pra qual cada hold (onde você segura durante a escalada) parecia apontar, e pra onde meu peso jogava cada membro... mas não: vinha aquela angústia misturada com estado febril com aquele estado de urgência com aquele misto de névoa com uma pitada de pesadelo.

Até que me convenci mesmo: sim, havia um erro.

O mais interessante de qualquer profissão talvez não seja exercê-la sem erros ou em perfeição, e sim como lidamos com cada tropeço. Erros vão existir em quaisquer cenários. Diz mais de você a maneira como você encara estes momentos do que se pode imaginar. E comigo é, em geral, assim: no começo eu me abalo, perco o sono...e depois me encho de agradecimentos diante dos arranhões, torpor, e dores que esses descaminhos nos trazem. Errar é uma oportunidade enorme de abraçarmos uma oportunidade de melhorarmos algo que, ou não entendemos direito (e por isso, erramos), ou podemos fazer melhor na próxima tentativa.

Bom.... é isso! Só queria ter registrado isso ontem: hoje eu já consegui resolver o erro e entender um pouco melhor a questão :) 

Vou lá... me abraçar no meu coroninha e fazer cafuné no pequeno vírus assistindo a novela :P

[toc-toc, bate-na-madeira...😜]

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