Todas as manhãs de natal são parecidas. Isso deve ser um teorema, ou uma lei do mundo. Você acorda e parece que sempre alguém acordou antes e já está na cozinha, peparando o café pra todo mundo: mãe, pai, tio, tia, primo, cachorro, irmãos no geral.... o que muda é um detalhe, o natal continua o mesmo e a ceia do dia 24 é sempre aquela, do ano anterior
Pra variar, aquela sua tia carola, que na verdade nem sua tia é, é uma tia da tua mãe que quase automáticamente é sua tia, quer deixar a tv ligada pra ficar vendo a missa do galo, aquela que é o pesadelo de todas as pessoas que não gostam de missa, por que além de ser looooooooonga pra caraleo, parece acontecer mais devagar ainda, por que é em câmera lenta. Aí o papa dá feliz natal em javanês, português, polonês... aí vc sai da sala, pq sua tia (a sua tia que não é sua tia ) fica emocionada e, pela milionésima vez, ela começa a lembrar com a sua outra dia (agora uma tia de verdade) dos papas anteriores... vc se esquiva da conversa e vai pra cozinha.
Já está bem tarde e a comida, pra variar, ainda não está pronta. Vc entra na cozinha e pergunta
-Já pode comer?
E se as pessoas estão meio bravas umas com as outras, por que seu tio gosta de muito alho no arroz e sua irmã odeia, e sua mãe gosta de cozinhar do jeito dela e ignora a todos, alguém ou todos vão dizer rispidamente
-Não!!! Esperaeficalongedacozinha!!!
Aí você não tem desculpa... você só pode fazer o que uma pessoa sensata e que luta pelo que quer (sim, você é uma dessas pessoas) pode fazer nesse momento. Vc diz bem alto
- Mas eu estou com fome!!
Aí sua tia te abraça (sua outra tia) e fala pra você ficar calmo e esperar um pouquinho, que já já a ceia está pronta.
Vc volta pra quaquer lugar da casa onde não tenha tv, ou onde vc não consegue escutar o barulho da tv alta, com alguém narrando uma missa (incrívelmente nonsense isso!!! A humanidade é um ser monstruoso, sem pé nem cabeça ) e tenta pensar no verdadeiro espírit,o do natal. Sei lá, vc cresceu assim e nunca se deu conta de que o que vc realmente mais esperava eram os presentes e a comida... no geral, toda a parte religiosa não faz muito sentido pra ti.... vc só vai, come bem como vc nunc acomeu desde o útlimo natal, e dorme, pensando que pelo menos o reveillon vai ser divertido e mais agitado... mas o espírito do natal vc não sabe onde foi parar. Vc então, num ato de extremada coragem e bravura, ousa pensar que o espírito de natal é tudo aquilo..é tudo que há de prosaico e simples, mas que quando junta torna aquele momento importante... o espírito de natal está em tudo! Está ali, na estante de livros na sua frente, na poeira no canto da sala, debaixo da almofada do sofá em que vc está sentado. Então, para corroborar com sua tese, vc pega a almofada de maneira sem graça - para que ninguém perceba - levanta-a, e olha embaixo:
Não há nada....espere! Há sim: um brinquedo.. Talvez de alguma das crianças que está presente na ceia.
Vc levanta e pergunta bem alto
- Quem perdeu um boneco feio, azul, que está de chapéu!!!???
E seu priminho sai gritando bem alto que é dele, e vem correndo em sua direção... normalmente, junto com o seu cachorro - que não sabe se corre atrás do seu primo ou se abocanha o boneco, por pensar que é um osso pra ele - enquanto sua mãe fala pausadamente:
- Depois vc vê isso... vem comer que a ceia tá na mesa e já estão todos comendo.
"Since I had nowhere permanent to stay, I had no interest whatever in keeping treasures, and since I was empty-handed, I had no fear of being robbed on the way" [Matsuo Bashô , The records of a travel-worn Satchel]
sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Peanut butter + Tarantino
[O senhor F entra no supermercado]
[Ele parece estressado e doente]
[Segue em direção ao caixa mais próximo à entrada automática]
[Pergunta à atendente, de maneira como se continuasse uma conversa que, de fato, nunca existiu]
- Vocês têm manteiga de amendoim?
- Como?
- ...Ma.. Manteiga de amendoim
- Acho que não.
[Ela faz uma breve pausa para olhar para as unhas]
[Quando se dá conta disso ela esta um pouco sem graça]
..... a ...acho que aqui não se vende dessas coisas
F, transtornado, coça a cabeça e, sequencialmente, põe a mão no bolso.
[A mulher se assusta][O homem parece um homicida]
[Daqueles de grandes tragédias que são relatadas em programas vespertinos. Das que nós só ouvimos falar quando chegamos em casa à noite, depois do trabalho]
O senhor F se desloca para o fundo da loja, entre as prateleiras. As atendentes lançam um olhar entre elas. Uma chega até a se inclinar no seu banco para ver aonde tal sujeito iria.
Ele some entre as prateleiras, voltando depois de duas horas, com uma embalagem de água sanitária.
O senhor F paga com um dinheiro todo amassado, tirado do bolso de dentro da jaqueta. Ele sai da loja e, ainda na calçada, abre a água sanitária e encosta o bico da embalagem na boca.
[Ele pára]
[De repente]
De repente ele pára! Todos os que viam a cena estavam chocados. O homem não se dá conta disso. Entra na loja novamente e corre em direção ao primeiro funcionário que vê. Ofegante, pergunta:
-Vocês têm manteiga de amendoim?
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Under what!!!!!????!?!?
Acordei esta noite, esta manhã pra ser mais exato, pouco antes das 6. Não sei por que acordei. Mas logo na sequência aconteceu uma coisa muito, mas muuuuuito estranha. Estava escuro e chovendo, cenário de filme de terror... quando, pra me deixar mais aterrorizado ainda, eu ouço uma voz que vinha de fora do meu prédio, saindo de algum alto falante
"Now, this whole area is under..."
...e não pude entender o resto. Under what!!!???? Under what????!!! Fala de novo!!
Caralho: deveria ficar deitado e fingir que nada aconteceu ou ver o que era? Será que os marcianos chegaram à Terra e primeiro vieram a Bloomington? Muita burrice deles, com tanto lugar mais legal na Terra pra ir =P Mas, de qualquer forma, eu não sabia se eram eles, dizendo que agora a área inteira estava sob seu domínio, que nós seríamos escravos e teríamos que carregar pedras por dezenas de kilômetros. Podia bem ser um aviso contra tornados, mas quando eu venci meu medo e olhei pela janela não havia vento nenhum: chuva, só chuva.
Essa história, por mais absurda que pareça, foi real. Tanto que na manhã de hoje eu perguntei pruma galera que mora no prédio da frente sobre a gravação e alguns deles também ouviram.
Vai ver isso é meio uma espécie de show de Trumam, só não me avisaram.
Ou talvez lagostas gigantes.
"Now, this whole area is under..."
...e não pude entender o resto. Under what!!!???? Under what????!!! Fala de novo!!
Caralho: deveria ficar deitado e fingir que nada aconteceu ou ver o que era? Será que os marcianos chegaram à Terra e primeiro vieram a Bloomington? Muita burrice deles, com tanto lugar mais legal na Terra pra ir =P Mas, de qualquer forma, eu não sabia se eram eles, dizendo que agora a área inteira estava sob seu domínio, que nós seríamos escravos e teríamos que carregar pedras por dezenas de kilômetros. Podia bem ser um aviso contra tornados, mas quando eu venci meu medo e olhei pela janela não havia vento nenhum: chuva, só chuva.
Essa história, por mais absurda que pareça, foi real. Tanto que na manhã de hoje eu perguntei pruma galera que mora no prédio da frente sobre a gravação e alguns deles também ouviram.
Vai ver isso é meio uma espécie de show de Trumam, só não me avisaram.
Ou talvez lagostas gigantes.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Mais do novo - parte 2 de algumas
Saudações Bloomingtonianas!
Saudações com abraços, do contrário a gente morre de frio nessa terra de gelo - sem gelo ainda, felizmente =)
Bom... algumas pessoas comentaram, mas ninguém deu muita luz pro problema do novo... ou seja, ninguém disse nada de novo ( muito menos eu, certamente )
O post de hoje é um trecho de uma carta do Paulo Leminski pro Régis Bonvicino (que eu não conhecia - só sei que é amigo do Leminski). É uma carta de 1978, na qual eles falam sobre o movimento concretista. Vou até aumentar o tamanho da letra, de tão intenso que considero o "discurso".
********
Não resta dúvida de q este culto do novo em poesia de vanguarda estpa ligado ao "novo" que a publicidade usa... novo Omo, nono Rinso... novo ....novo mais novo ... Novo pra que? Ou o novo não precisa se justificar? novo é novo e tá acabado? Claro, existe uma preocupação com novidade em qualquer artista de verdade. Com novidade, com originalidade, com voz própria. Mas o novo custe o que custar me parece um mito, uma alienação. Alienação pe umacoisa que subsiste depois que perdeu seu uso. Sua finalidade. Seu emprego social.
Novo, para que? Eis a questão
Essa perseguição ao novo é meritocrática, competitiva, gera intrigas palacianas pelo poder, exclui, segrega, expurga.
A poesia concreta já proclamou-se a única boa e certa. A Nova!
" dando por encerrado..."
E se o povo gostar de verso, o que é que a gente faz?
expulsa o povo?
Ou faz como a avestruz, enfia a cabeça num ideograma da dinastia ming e faz de conta que ele não existe?
*******
Bashô disse:
Não siga as pegadas dos antigos.
Procure o que eles procuraram
Eles procuraram a poesia. Vamos procurá-la. À nossa moda
*************
afff... respira hahaha Foda, não?
Mas ele tbm só botou mais lenha na fogueira.
Nossa busca pelo novo continua no próximo episódio =P
Saudações com abraços, do contrário a gente morre de frio nessa terra de gelo - sem gelo ainda, felizmente =)
Bom... algumas pessoas comentaram, mas ninguém deu muita luz pro problema do novo... ou seja, ninguém disse nada de novo ( muito menos eu, certamente )
O post de hoje é um trecho de uma carta do Paulo Leminski pro Régis Bonvicino (que eu não conhecia - só sei que é amigo do Leminski). É uma carta de 1978, na qual eles falam sobre o movimento concretista. Vou até aumentar o tamanho da letra, de tão intenso que considero o "discurso".
********
Não resta dúvida de q este culto do novo em poesia de vanguarda estpa ligado ao "novo" que a publicidade usa... novo Omo, nono Rinso... novo ....novo mais novo ... Novo pra que? Ou o novo não precisa se justificar? novo é novo e tá acabado? Claro, existe uma preocupação com novidade em qualquer artista de verdade. Com novidade, com originalidade, com voz própria. Mas o novo custe o que custar me parece um mito, uma alienação. Alienação pe umacoisa que subsiste depois que perdeu seu uso. Sua finalidade. Seu emprego social.
Novo, para que? Eis a questão
Essa perseguição ao novo é meritocrática, competitiva, gera intrigas palacianas pelo poder, exclui, segrega, expurga.
A poesia concreta já proclamou-se a única boa e certa. A Nova!
" dando por encerrado..."
E se o povo gostar de verso, o que é que a gente faz?
expulsa o povo?
Ou faz como a avestruz, enfia a cabeça num ideograma da dinastia ming e faz de conta que ele não existe?
*******
Bashô disse:
Não siga as pegadas dos antigos.
Procure o que eles procuraram
Eles procuraram a poesia. Vamos procurá-la. À nossa moda
*************
afff... respira hahaha Foda, não?
Mas ele tbm só botou mais lenha na fogueira.
Nossa busca pelo novo continua no próximo episódio =P
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Nada novo - post 1 de alguns
O conceito de novo, de uns tempos pra cá, tem me deixado intrigado. Começo a reconsiderar tudo o que tenho na bagagem e ver o que acrescenta, o que vale, o que é lixo, o que é relevante. De fato, não mta coisa é relevante, pq a gente perde muito tempo da nossa vida com picuinhas.... e, de vez em quando, a gente se pega procurando pelo novo.
Aonde está o novo? Aonde esta a novidade, a informação?
O novo pode mto bem ser aquilo que a gente vê pela primeira vez, o que talvez seja um estado mais comum, diante do tanto que a gente desconhece do mundo. Mas e quando vc pensa em criar o novo? O novo realmente existe?
Talvez o novo seja um estado de efemeridade: um primeiro bj que se dá no meio de uma multidão no carnaval, um rabisco que vira um quadro, um rascunho que vira um livro, uma dúvida que vira um teorema, um salto de cabeça dentro de um rio raso (vcs ja leram o livro do marcelo rubens paiva, feliz ano velho?). O que não explica o novo... que talvez seja o primeiro de alguma coisa... o que vem depois é uma copia, um plagio.
Mas chega uma hora na vida, por exemplo, qdo vc vai fazer escrever uma tese ou procurar alguma coisa interessante pra se dedicar ou falar alguma coisa relevante sobre....vc realmente para pra pensar no que vc pôs no papel: será que tem algo realmente novo debaixo dessa pedra? Ou sera que só há musgo e um ou outro inseto estranho e exótico...
Novo, novo mesmo(?): que nada: só uns primeiros cinco minutos de espanto e assombro.
Talvez o novo não exista, e eu esteja procurando por algo que nunca vou encontrar, e só parece ser flor no jardim dos outros.
Bom, talvez este tópico dê pano pra manga. Acho que vou voltar a ele mais adiante, preciso ir pq to morrendo de fome.
=0
Aonde está o novo? Aonde esta a novidade, a informação?
O novo pode mto bem ser aquilo que a gente vê pela primeira vez, o que talvez seja um estado mais comum, diante do tanto que a gente desconhece do mundo. Mas e quando vc pensa em criar o novo? O novo realmente existe?
Talvez o novo seja um estado de efemeridade: um primeiro bj que se dá no meio de uma multidão no carnaval, um rabisco que vira um quadro, um rascunho que vira um livro, uma dúvida que vira um teorema, um salto de cabeça dentro de um rio raso (vcs ja leram o livro do marcelo rubens paiva, feliz ano velho?). O que não explica o novo... que talvez seja o primeiro de alguma coisa... o que vem depois é uma copia, um plagio.
Mas chega uma hora na vida, por exemplo, qdo vc vai fazer escrever uma tese ou procurar alguma coisa interessante pra se dedicar ou falar alguma coisa relevante sobre....vc realmente para pra pensar no que vc pôs no papel: será que tem algo realmente novo debaixo dessa pedra? Ou sera que só há musgo e um ou outro inseto estranho e exótico...
Novo, novo mesmo(?): que nada: só uns primeiros cinco minutos de espanto e assombro.
Talvez o novo não exista, e eu esteja procurando por algo que nunca vou encontrar, e só parece ser flor no jardim dos outros.
Bom, talvez este tópico dê pano pra manga. Acho que vou voltar a ele mais adiante, preciso ir pq to morrendo de fome.
=0
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Filosofia se aprende em casa - lição #1
O domingo é um dia sagrado pra muitos povos. Não faço idéia do porque ...talvez pq é um dia que ninguém faz nada. E não fazer nada é sagrado... ninguém pode lhe negar este direito.
afff...muita coisa, né? =P... se vc chegou até aqui vc é um vencedor (aprendi isso na escola, com os americanos hahahaha =)
O domingo.. engraçado que domingo é domingo em espanhol, oque não deixa de ser curioso... mas bom, o domingo também é um dia de reflexões profundas e interessantes, como a que tive nesta manhã e que vcs, curiosos que já devem estar, logo vão saber.
Dia doméstico e, como tal, lá fui eu lavar roupas. No meio do labor, enquanto colocava as roupas na máquina e as virava e desvirava do avesso, comecei a pensar se era apropriado mesmo (des)virar a roupa do avesso, por que talvez não adiantasse de porra nenhuma. Mas aí, de maneira abrupta e contundente, comecei a pensar se o mais importante era virar do avesso para que mais limpa ficasse a parte da roupa que me toca o corpo, ou se mais limpa deveria ficar a parte da roupa que os outros vêem...
Não soube responder... mas fiquei virando do avesso quem não estava do avesso, e virando pro lado normal ( o avesso do avesso) quem estava do avesso... sem saber se o que eu fazia era o mais apropriado ou não.
Dia doméstico e, como tal, lá fui eu lavar roupas. No meio do labor, enquanto colocava as roupas na máquina e as virava e desvirava do avesso, comecei a pensar se era apropriado mesmo (des)virar a roupa do avesso, por que talvez não adiantasse de porra nenhuma. Mas aí, de maneira abrupta e contundente, comecei a pensar se o mais importante era virar do avesso para que mais limpa ficasse a parte da roupa que me toca o corpo, ou se mais limpa deveria ficar a parte da roupa que os outros vêem...
Não soube responder... mas fiquei virando do avesso quem não estava do avesso, e virando pro lado normal ( o avesso do avesso) quem estava do avesso... sem saber se o que eu fazia era o mais apropriado ou não.
Acho incrível como um momento íntimo como este pode gerar sentimentos e pensamentos tãããao intensos e interessantes =P oque me faz lembrar de um desenho que eu via quando era criança, de um menino que perdia o leão de pelúcia dele na máquina de lavar ( na verdade a mãe dele sacaneia o garoto e manda o leão pra lavanderia... eu sei como é isso, pq minha mãe , qdo morava com ela, pegava meu tênis escondido pra lavar. Aquele tênis perfeito que eu tinha demorado meses sujando nas ruas de São Paulo pra deixá-lo com cara de paulistano maltratado e faminto que volta do trabalho no metrô lotado). Engraçado que eu lembro da minha irmã falando desta série, por que ela podia ver mas eu não - eu estudava à tarde e ela de manhã.
Até hoje esta é uma das séries que eu mais curti: a música, do Hélio Skinirasiahsd ( não sei o sobrenome dele) é muito boa. Pro sinal, ele é o mesmo cara que compos várias outras músicas que ficaram martelando nas nossas cabeças durante a infância). Os detalhes, a lavanderia, o taxista que falava inglês, a mentira que a criança conta... tudo isso. Espero que alguém tenha paciência de assistir...se bem que a gente vai ficando velho e ficando meio besta.
Acho que é um princípio de crise de meia idade (1/4 de século é chão, fala sério? =)
Até hoje esta é uma das séries que eu mais curti: a música, do Hélio Skinirasiahsd ( não sei o sobrenome dele) é muito boa. Pro sinal, ele é o mesmo cara que compos várias outras músicas que ficaram martelando nas nossas cabeças durante a infância). Os detalhes, a lavanderia, o taxista que falava inglês, a mentira que a criança conta... tudo isso. Espero que alguém tenha paciência de assistir...se bem que a gente vai ficando velho e ficando meio besta.
Acho que é um princípio de crise de meia idade (1/4 de século é chão, fala sério? =)
afff...muita coisa, né? =P... se vc chegou até aqui vc é um vencedor (aprendi isso na escola, com os americanos hahahaha =)
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Quando não há nada pra fazer no meio do trabalho
Bom..ter coisa pra fazer, têm.... eu é que to de saco cheio de ficar digitando aqui
domingo, 31 de outubro de 2010
Da natureza humana (da faixa de Gaza, dos panos de pratos etc etc)
Não sei oque acontece: se não estou num bom dia, se o mundo parece estar mostrando mais sua cara hoje... comecei a manhã discutindo com meu roomate indiano por que a gente não deve deixar um pano pra limpar a pia pendurado no mesmo ''treco de pendurar panos'' (me fugiu o nome agora! Acredita?) que um pano de prato fica. Pra ele não faz o menor sentido. Bom, diante da rispidez e idiotice da resposta que eu recebi, eu abri mão: só não deixo mais os panos de prato pendurados lá.
Pqp... o ser humano é tão idiota qu eme estarrece. E não estou sendo especifista, e sim generalista. Todas as vezes que eu me vejo enredado no meio de uma discussão tão pequena como esta eu penso que a natureza do ser humano é a vaidade, elevada ao orgulho de ser ignorante. Talvez seja por isso que ainda existam guerras, faixas de gaza, baseball, mc'donalds....
Me lembro de quando eu tinha uma namorada (faz teeeempo pra caraleo), em que a gente discutia por causa da cachorrinha dela, que não conseguia segurar a vontade de fazer xixi quando ficava muito alegre. Era eu chegar na casa da minha ex que lá vinha a cachorrinha, se mijando inteira (e na sala, consequentemente). Ocasionalmente a gente brigava por conta dos mimos exagerados da minha ex à cachorra. Eu sempre tentava fugir das brigas, mas ela vinha toda toda... querendo um duelo. E toda vez que a gente discutia, vinha um balãozinho na minha cabeça, com a seguinte frase:
''-Por que eu perco o me tempo discutindo uma coisa tão idiota como essa? Será que ela também não vê isso?''
Bom... perdia a porra do meu tempo e a cachorra continuava mijando em mim e na sala quando me via.
Isso me faz me lembrar de um filme que, acredito, é um dos melhores que eu já vi. Fala sobre relacionamentos, sobre a sociedade americana e sua competitividade em tudo - o mais rico, o maior q.i., o maior pênis, os maiores seios, o que chora mais rápido, o que serra mais rápido: eu considero esse filme, junto com aquela série do Bergan "cenas de um casamento" fotos panorâmicas de relações homem-mulher. (In)felizmente, nunca fui casado pra poder acrescentar aqui o relato de tal experiência.... mas do (pouco) contato social que eu tenho já dá pra ver que lidar com os outros não é fácil .... nem agradável, na maioria das vezes.
Ria, e o mundo sorrirá com você. Chore, e você chorará sozinho.
Vou na casa dos brasileiros comer um pão de queijo. Talvez isso me deixe menos desesperançoso de tudo e de todos.
Pqp... o ser humano é tão idiota qu eme estarrece. E não estou sendo especifista, e sim generalista. Todas as vezes que eu me vejo enredado no meio de uma discussão tão pequena como esta eu penso que a natureza do ser humano é a vaidade, elevada ao orgulho de ser ignorante. Talvez seja por isso que ainda existam guerras, faixas de gaza, baseball, mc'donalds....
Me lembro de quando eu tinha uma namorada (faz teeeempo pra caraleo), em que a gente discutia por causa da cachorrinha dela, que não conseguia segurar a vontade de fazer xixi quando ficava muito alegre. Era eu chegar na casa da minha ex que lá vinha a cachorrinha, se mijando inteira (e na sala, consequentemente). Ocasionalmente a gente brigava por conta dos mimos exagerados da minha ex à cachorra. Eu sempre tentava fugir das brigas, mas ela vinha toda toda... querendo um duelo. E toda vez que a gente discutia, vinha um balãozinho na minha cabeça, com a seguinte frase:
''-Por que eu perco o me tempo discutindo uma coisa tão idiota como essa? Será que ela também não vê isso?''
Bom... perdia a porra do meu tempo e a cachorra continuava mijando em mim e na sala quando me via.
Isso me faz me lembrar de um filme que, acredito, é um dos melhores que eu já vi. Fala sobre relacionamentos, sobre a sociedade americana e sua competitividade em tudo - o mais rico, o maior q.i., o maior pênis, os maiores seios, o que chora mais rápido, o que serra mais rápido: eu considero esse filme, junto com aquela série do Bergan "cenas de um casamento" fotos panorâmicas de relações homem-mulher. (In)felizmente, nunca fui casado pra poder acrescentar aqui o relato de tal experiência.... mas do (pouco) contato social que eu tenho já dá pra ver que lidar com os outros não é fácil .... nem agradável, na maioria das vezes.
Ria, e o mundo sorrirá com você. Chore, e você chorará sozinho.
Vou na casa dos brasileiros comer um pão de queijo. Talvez isso me deixe menos desesperançoso de tudo e de todos.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Tornado #1
O primeiro tornado a gente nunca esquece, acho. Como um primeiro beijo, um primeiro pulo na piscina, a primeira namorada, ou o primeiro bicho de estimação.
Na primeira vez que vi o cartaz na lavanderia ( esse, aí ao lado) eu achei que fosse só uma coisa distante, que só acontece no filme do mágico de Oz. Ainda mais por que o cartaz me lembrava um monte de moscas voando em círculo, como se fossem um cardume de peixes (é incrível aqui que os peixes fazem, não? ). Por sorte as moscas não se comportam como peixes... ia ser uma cena muito horrível esta.. tanto que nem gosto de olhar muito pro cartaz, por que ele me traz essa imagem à cabeça.
Não sei dizer se foi um tornado TORNADO mesmo, pq eu não o vi. Só sei que as sirenes da cidade tocaram no meio da minha aula de álgebra (uufffaaa... que sorte..tava muito chata a aula) e o professor, sem saber o que fazer, continuou por um tempo até ver - ouvir - perceber a insistência das sirenes. Lá fomos nós, ficar no corredor do prédio, longe das janelas.
Como se nada estivesse acontecendo, o professor emendou a conversa que esava tendo na aula e continuou a explicar as coisas ali no corredor mesmo, cercado dos alunos.
Só sei que eu me lembrei de um filme da disney, em que o pato donald faz perfeitamente(!!!) aquele papel dos caras que vendem água em shows. Sabe, quando o vacalista tá cantando aquela música bonita, sozinho no palco, aí vem um cara e grita
''ÓIA A ÁÁÀGGGGGUUUUAAAAAaaaaa...''
O pato donald é esse cara no desenho hahaha. Muito bom mesmo. Isso sem falar no tornado.
=)
Na primeira vez que vi o cartaz na lavanderia ( esse, aí ao lado) eu achei que fosse só uma coisa distante, que só acontece no filme do mágico de Oz. Ainda mais por que o cartaz me lembrava um monte de moscas voando em círculo, como se fossem um cardume de peixes (é incrível aqui que os peixes fazem, não? ). Por sorte as moscas não se comportam como peixes... ia ser uma cena muito horrível esta.. tanto que nem gosto de olhar muito pro cartaz, por que ele me traz essa imagem à cabeça.
Não sei dizer se foi um tornado TORNADO mesmo, pq eu não o vi. Só sei que as sirenes da cidade tocaram no meio da minha aula de álgebra (uufffaaa... que sorte..tava muito chata a aula) e o professor, sem saber o que fazer, continuou por um tempo até ver - ouvir - perceber a insistência das sirenes. Lá fomos nós, ficar no corredor do prédio, longe das janelas.
Como se nada estivesse acontecendo, o professor emendou a conversa que esava tendo na aula e continuou a explicar as coisas ali no corredor mesmo, cercado dos alunos.
Só sei que eu me lembrei de um filme da disney, em que o pato donald faz perfeitamente(!!!) aquele papel dos caras que vendem água em shows. Sabe, quando o vacalista tá cantando aquela música bonita, sozinho no palco, aí vem um cara e grita
''ÓIA A ÁÁÀGGGGGUUUUAAAAAaaaaa...''
O pato donald é esse cara no desenho hahaha. Muito bom mesmo. Isso sem falar no tornado.
=)
sábado, 23 de outubro de 2010
Roda/mundo
To meio puto hj. Meio não, mto puto!
Sai da fac agora a noite à noite e o que aconteceu? Adivinha? A porra do pneu saiu do lugar, travando a roda!!! Tive que voltar à pé, o que o fiz da maneira mais calma possível. Só faltava ter chovido. Aí era caso de tomar banho de sal grosso! Mas tirando essa parte do azar, foi algo medievalesco o que eu vivi hoje. Por que a gente não nasce com rodas? De que nos vale:
se eu ainda ando à pé? É tudo inutilidade e uma grande farsa! A gente não evoluiu nada, pelo visto!!!
Mas toda essa história me fez lembrar de um desenho mto foda: "Das rad" - a roda, se não me engano. Que fala sobre a evolução, a roda..etc
Das Rad (The Wheel) from myloo on Vimeo.
Bom desenho pra vcs (tem alguém aí, por sinal? )! Aproveitem!
=|
ps: eu já não postei esse vídeo aqui?
Sai da fac agora a noite à noite e o que aconteceu? Adivinha? A porra do pneu saiu do lugar, travando a roda!!! Tive que voltar à pé, o que o fiz da maneira mais calma possível. Só faltava ter chovido. Aí era caso de tomar banho de sal grosso! Mas tirando essa parte do azar, foi algo medievalesco o que eu vivi hoje. Por que a gente não nasce com rodas? De que nos vale:
ipod's + viagem à lua + calculo estocástico + projeto genoma+ diabo verde
se eu ainda ando à pé? É tudo inutilidade e uma grande farsa! A gente não evoluiu nada, pelo visto!!!
Mas toda essa história me fez lembrar de um desenho mto foda: "Das rad" - a roda, se não me engano. Que fala sobre a evolução, a roda..etc
Das Rad (The Wheel) from myloo on Vimeo.
Bom desenho pra vcs (tem alguém aí, por sinal? )! Aproveitem!
=|
ps: eu já não postei esse vídeo aqui?
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Mandamentos ? Quando, quem, onde?
Eu sou uma pessoa com manias. Talvez com varias manias..bom, que seja. So sei que geralmente eu me acostumo a repetir algumas coisas: como sentar na mesma mesa toda vez que vou a biblioteca, pegar o metro sempre do mesmo lado...esssas coisas. Hoje, como "sempre", eu cheguei na biblioteca e fui sentar no meu lugar " preferido", e encontrei uma bíblia na mesa (havia um " GIDEON'S BIBLE em dourado, me lembrei daquela música dos beatles)
Uma mini bíblia..nao, menos, uma nano biblia, pq era menor do que uma biblia. Como só havia aquilo na mesa, eu dei um chega pra lá no livretinho e abri um outro livro sagrado (de matemática, claro =).
As horas foram passando, eu terminando a prova que tinha que fazer (prova pra casa... ninguém merece. É uma agonia que vai pra cama contigo... ) e ninguém voltava pra buscar a biblia.
[Eu sai]
[comi umas castanhas]
[voltei]
[pensei na ultima questao (que nao sabia como resolver)]
[ eureka... achei como resolver]
[sai de novo (desta vez pra jogar a prova por debaixo da porta do professor)]
[voltei e a pobre bibliazinha estava lah]
Aí nao teve como: coloquei ela na mochila e pensei
" - Se algum cristão ver isso eu vou ser apedrejado " rsrsrs
Voltei pra casa com o fruto do meu furto (furta do meu fruto qeu eu te dou um bj!!! Parece nome de bloco de carnaval = P... se eh que posso chamar assim). Na verdade, nao faço ideia se foi puro acaso ou se alguém reparou neste meu hábito de sentar sempre no mesmo lugar deixou a bíblia lá, imaginando algo como um
" Hey... I guess this boy needs a bible.."
Bom, se foi isso, foi meio mal feito, porque a pessoa podia muito bem ter deixado uma bala, um twix junto, um CANDY!! Eles adoram isso!!! (terra de homer simpson! =) , aí sim eu poderia pensar em comecar a acreditar em algo (seria um escambo espiritual - coitado dos nossos indios, mal sabiam o péssimo negócio que estavam fechando).
Bom, voltei pra casa e pensei em postar no blog. Dia chuvoso, parecendo São Paulo: chuva leve e vento desfolhante - preciso colocar uma foto por aqui. Passei no mercado chinês da rua 10 pra comprar uns cogumelos e fazer uma sopa. Na hora de pagar a senhora no caixa viu a biblia na minha sacola e começou a me sacanear, com um
"-Do you read the bible!!!???" - seguido de um sorriso nonsense.
Achei mta filhadaputice, mas...enfim (palavra que não ouvia há tempos rsrs...saudades do português, lingua pátria desalmada).. mandei a chinesa as favas e vim embora pra casa pra contar isso pra vcs.
No caminho/longa jornada de subida da colina, eu lembrei de uma vez em que eu roubei uma parada na escola. Na verdade, minha infância foi marcada por alguns pequenos delitos: eu era uma criança mto furtante. Acho que até os 7 anos eu era mto assim. Depois eu mudei (sabe-se lá pq.. vai ver depois que meus pais se separaram...quem sabe?). Bom, só sei que eu tinha essa história num email que eu mandei pruma ex namorada de tempos passados, muuuuito remoto (2005, acho). Garimpei garimpei e encontrei. E meio complicado falar de tais coisas em público, por que as pessoas no geral te consideram um produto pronto, como se vc tivesse chegado naquele estágio da sua vida sem nunca ter ido a escola, sem nunca ter corrido na chuva, sem nunca ter feito uma prova de geografia, sem nunca nada. E talvez o mais importante de tudo seja ver como a sociedade molda seus integrantes, como nossa sociedade (a família tbm, vai) é responsável pelo que somos. Algo que é bom e ruim... ainda mais numa sociedade tão permissiva, sem pé nem cabeça como o Brasil (que o diga aqui, a terra do tio sam ). Ok, a história é a seguinte:
"Rafael de Araújo, numero # na chamada, individuo meliante que sentava no fim da sala da segunda série B. Vivíamos no começo da década de 90, um ano após o impeachement do Collor: os colégios compravam os materiais das crianças e os pais se descabelavam pagando, cheios de raiva. Calculava-se a quantidade que cada aluno deveria receber e mesmo assim sobrava um monte de caixas...como foi o caso dos lápis nº2-faber castell, daqueles pretinhos - no colégo Dominus Vivendi. Na falta de estoque, deixaram umas caixas no fundo da sala. Percebi logo o fato e, metido a desenhista que era, via neles minha glória: imaginava quantas tardes felizes cheias de lápis poderia passar... desenhando.
Uma mini bíblia..nao, menos, uma nano biblia, pq era menor do que uma biblia. Como só havia aquilo na mesa, eu dei um chega pra lá no livretinho e abri um outro livro sagrado (de matemática, claro =).
As horas foram passando, eu terminando a prova que tinha que fazer (prova pra casa... ninguém merece. É uma agonia que vai pra cama contigo... ) e ninguém voltava pra buscar a biblia.
[Eu sai]
[comi umas castanhas]
[voltei]
[pensei na ultima questao (que nao sabia como resolver)]
[ eureka... achei como resolver]
[sai de novo (desta vez pra jogar a prova por debaixo da porta do professor)]
[voltei e a pobre bibliazinha estava lah]
Aí nao teve como: coloquei ela na mochila e pensei
" - Se algum cristão ver isso eu vou ser apedrejado " rsrsrs
Voltei pra casa com o fruto do meu furto (furta do meu fruto qeu eu te dou um bj!!! Parece nome de bloco de carnaval = P... se eh que posso chamar assim). Na verdade, nao faço ideia se foi puro acaso ou se alguém reparou neste meu hábito de sentar sempre no mesmo lugar deixou a bíblia lá, imaginando algo como um
" Hey... I guess this boy needs a bible.."
Bom, se foi isso, foi meio mal feito, porque a pessoa podia muito bem ter deixado uma bala, um twix junto, um CANDY!! Eles adoram isso!!! (terra de homer simpson! =) , aí sim eu poderia pensar em comecar a acreditar em algo (seria um escambo espiritual - coitado dos nossos indios, mal sabiam o péssimo negócio que estavam fechando).
Bom, voltei pra casa e pensei em postar no blog. Dia chuvoso, parecendo São Paulo: chuva leve e vento desfolhante - preciso colocar uma foto por aqui. Passei no mercado chinês da rua 10 pra comprar uns cogumelos e fazer uma sopa. Na hora de pagar a senhora no caixa viu a biblia na minha sacola e começou a me sacanear, com um
"-Do you read the bible!!!???" - seguido de um sorriso nonsense.
Achei mta filhadaputice, mas...enfim (palavra que não ouvia há tempos rsrs...saudades do português, lingua pátria desalmada).. mandei a chinesa as favas e vim embora pra casa pra contar isso pra vcs.
No caminho/longa jornada de subida da colina, eu lembrei de uma vez em que eu roubei uma parada na escola. Na verdade, minha infância foi marcada por alguns pequenos delitos: eu era uma criança mto furtante. Acho que até os 7 anos eu era mto assim. Depois eu mudei (sabe-se lá pq.. vai ver depois que meus pais se separaram...quem sabe?). Bom, só sei que eu tinha essa história num email que eu mandei pruma ex namorada de tempos passados, muuuuito remoto (2005, acho). Garimpei garimpei e encontrei. E meio complicado falar de tais coisas em público, por que as pessoas no geral te consideram um produto pronto, como se vc tivesse chegado naquele estágio da sua vida sem nunca ter ido a escola, sem nunca ter corrido na chuva, sem nunca ter feito uma prova de geografia, sem nunca nada. E talvez o mais importante de tudo seja ver como a sociedade molda seus integrantes, como nossa sociedade (a família tbm, vai) é responsável pelo que somos. Algo que é bom e ruim... ainda mais numa sociedade tão permissiva, sem pé nem cabeça como o Brasil (que o diga aqui, a terra do tio sam ). Ok, a história é a seguinte:
"Rafael de Araújo, numero # na chamada, individuo meliante que sentava no fim da sala da segunda série B. Vivíamos no começo da década de 90, um ano após o impeachement do Collor: os colégios compravam os materiais das crianças e os pais se descabelavam pagando, cheios de raiva. Calculava-se a quantidade que cada aluno deveria receber e mesmo assim sobrava um monte de caixas...como foi o caso dos lápis nº2-faber castell, daqueles pretinhos - no colégo Dominus Vivendi. Na falta de estoque, deixaram umas caixas no fundo da sala. Percebi logo o fato e, metido a desenhista que era, via neles minha glória: imaginava quantas tardes felizes cheias de lápis poderia passar... desenhando.
Era isso: roubaria os lápis !!
Tomei a medida quando ninguém via e, mesmo assim, meu coração bateu rápido. Cheguei em casa e, não sabendo o que fazer com a prova de meu crime, decidi-me: levá-la-ia comigo para todos os cantos. Na minha condição de criança, adorava o pote das batatinhas PRINGLES (se é que é assim que se escreve). Peguei um daqueles vazio e fiz de cúmplice um moço mexicano sorridente, que sorria se fazendo de desentendido, tal como eu deveria me comportar dali por diante. Por ser uma criança que não andava, corria, e, não sendo certo falar que corria, mas pulava, os lápis da caixinha pulavam comigo. Numa manhã minha mãe desconfiou do por que eu andava com o potinho o tempo todo, com ele fazendo barulho.
Sim: meu crime havia sido descoberto.
Debaixo de lágrimas , entreguei a embalagem de papelão revestido com um papel de aparência metálica. Cinza. No dia seguinte fui ter uma conversa com o diretor da escola e devolver a minha arca de ouro. Chorei ao fazer isso; mas não por perder o tesouro que estava em minhas mãos ou por perder as tardes maravilhosas que dele poderia desfrutar, e sim por aquela batida cardíaca rápida que assolou minha alma quando meus olhos cobiçosos brilharam por algo que não era meu.
Vou indo...dar uma lida na minha bíblia roubada hahaha =P
ps: o mais engraçado é a contracapa - há um texto dizendo
" Confessing to god that I am a sinner, and believing that the lord jesus christ died for my sins on the corss and was raised for my justification.... bla bla bla "
" NAME _____________________________________________________________
DATE _____________________________________________________________ "
hahah que diferença faz eu assinar e datar? É um contrato isso? Tem garantia? Pode-se pedir o dinheiro (o do dízimo) de volta? =)
Vou indo...dar uma lida na minha bíblia roubada hahaha =P
ps: o mais engraçado é a contracapa - há um texto dizendo
" Confessing to god that I am a sinner, and believing that the lord jesus christ died for my sins on the corss and was raised for my justification.... bla bla bla "
.... aí termina com um
" NAME _____________________________________________________________
DATE _____________________________________________________________ "
hahah que diferença faz eu assinar e datar? É um contrato isso? Tem garantia? Pode-se pedir o dinheiro (o do dízimo) de volta? =)
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Quelônio-errônio-errante (ADENDO)
De vez em qdo alguns amigos mandam emails. Este eu achei extremamente instrutivo.... tanto que resolvi posta-lo (ele cita o quelonio deste post )
Em relação ao quelônio.. O que vc viu não era uma tartaruga!!! Tartarugas são aquaticas (TODAS!!)!!
Também não era um cagado, pois este tbm são aquáticos (só de agua doce)!
Sendo assim, por eliminação, o que vc viu era .............. ????
R.: JABUTI !!!!!
Vc deve estar se perguntando.. Porra! Então qual é a diferença entre um cagado e uma tartaruga??
Dica:
Se ao esconder a cabeça no casco ele(a) dobrar o pescoço pro lado.. é um cagado!
Se só puxar a cabeça pra dentro.. é tartaruga!
Sendo assim.. podemos levantar o seguinte questionamento:
"Eram os tartarugas ninjas, jabutis???" =P
Huaauauaaaua!!!!!
Obs.: Vc sabia que os quelônios tem que movimentar as patas para respirar?
Eles não têem um musculo análogo ao nosso diafragma e utilizam a musculatura das patas para encher os pulmões.
Moral da história:
Se vc quiser matar um quelônio asfixiado segure os braços dele!! =]
sábado, 18 de setembro de 2010
Aula de edp II
Caraleo, a aula de hoje tava complicada de assitir. Mas acho que isso é um fenomeno universal, bem exemplificado por este filminho que eu me lembrei na hora
Acho que isso diz tudo
=)
Acho que isso diz tudo
=)
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Quelônio-errônio-errante
É fato, velho e sabido pelos habitantes do mundo afora, que algo não cheira bem no reino da polinésia francesa.
Por este e tantos motivos, seus habitantes, como muitos outros animais, de lá têm saído para procurar novos lares (para não dizer novos ares, o que nos levaria ao mesmo ponto de antes - na linha de baixo apenas). Diante de tais proposições, à princípio descabidas, admito, mas que fazem sentido, devo me explicar para que o leitor, no aconhchego do seu lar quentinho nos trópicos, posso me entender. Tudo começou na última manhã de domingo, quando eu, o sr R, fui ao mercado comprar frutas e verduras.
Interlúdio: Essa é uma história verídica
Interlúdio #2 : tirei essa introdução dos programas policiais norte-americanos..eles adoram isso =)
Manhã de domingo - 12 de setembro de 2010 - Itapopoca - Indiana - U.S.
Saí para fazer a acima mencionada compra do lar. Não sei se posso chamá-la "do lar", pq a compra só diz repeito à mim. Eu, por mim mesmo, não constituo um lar... e o indiano que mora aqui em casa não é bem o que eu chamo...tá...voltando... eu estava indo de bicicleta pro mercado que considero o melhor de todos para os produtos vegetais que crescem nas prateleiras. Lá fui eu, com a minha bicicleta vermelho-preta com uma "caixa de cerveja" na garupa (não se trata bem de uma caixa de cerveja, mas é parecido..qdo tiver uma foto eu posto aqui). Desci a rua na manhã fria de Itapopoca de maneira veloz, de maneira que o vento gelado, de tão gelado, quase arrancou-me o nariz. De fato, o arrancou, mas eu tinha outro no bolso e coloquei no lugar.
Segui viagem. A sabedoria dos amigos que andam pelo mundo me fez virar à esquerda no fim da descida, e assim eu encontrei o/um atalho. Isso iria fazer toda a diferença...pois isso me levou a encontrar o que adiante eu vou descrever.
Peguei o atalho de maneira sensata, sem grandes arroubos sobre a minha bicicleta. Não poderia bater de frente com o vento, pois não haviam mais narizes no meu bolso caso eu perdesse o que eu tinha no vento gelado. Fui, cauteloso e sensato...até chegar na 10th street. Lá, como de costume, pedalei, como nunc apedalei antes..mentira, como pedalo sempre: até encontrar o farol fechado.
Parei na grande esquina da 10th com aquela outra rua gigante que nunca lembro o nome. Mas é enorme, e já parece uma estrada, pois nos arredores não tem quase nada (além de uma loja estranh que nunca vi aberta e a linha do trem.
Olho para o alto e vejo o sol, que me importuna. Sol que importuna os que andam pelo mundo..queria eu estar do lado de dentro do carro que ao meu lado estava. Sob o sol somos diferentes, mas sob o farol, os mesmos: os dos parados, esperando o farol abrir. Eu, no frio que virou calor repentino de Itapopoca; e o dono do carro no ar condicionado da Hiunday, esta de algum lugar do mundo (da China, provavelmente).
Olho para a continuação da estrada que terei que percorrer. Subida grande.
"PQP...merda de subida..."
[Inventaram a bicicleta com marcha, ma nada que substitua minhas pernas para que elas não tenham que fazer este trabalho todo]
Olho mais atentamente.. o sol me ofusca a vista. Apesar disso, vejo algo se movendo no asfalto, logo depois da rodovia que cruza com a avenida que espero para atravessar (maldito farol).
[Deve ser um esquilo (um que não foi morto pelos moradores de Itapopoca que têm licença para caçá-los)]
Sigo adiante, enquanto o dono do carro ao lado vira à esquerda ou direita.. de forma que não segue na mesma estrada que eu, que pedalo então sozinho e resignado, em direção ao desconhecido....que de perto, já não é tão desconhecido..
"CARALEO!!! UM QUELÔNEO!!!!!"
Disse isso bem alto...mentira..não disse isso porque não tenho certeza do que é um quelônio...Mas o som teria sido agradável, por que soa bem..
CARALEO < QUELONEO < QUADRADO < PERITÔNEO < NEURÔNIO
Disse, isso sim:
"CARALEO!!! UMA TARTARUGA!!!!!"
Não sabia o que fazer diante do meu espanto... ela estava atravessando a rua, com o pescoção esticado. E parecia que estava se esforçando para atravessar a pista rápido. Não sei como ela havia conseguido chegar quase ao meio da pista sem ter sido atropelada, por que a outra faixa estava completamente movimentada: não parava de passar carros.
Joguei a bicicleta no acostamento, e parei pra ver se algum carro vinha ao encontro da pobre tartaruga ( e de mim, que tentava fazer algo por ela).
[Nenhum..não na minha, ops, faixa dela]
Corri em direção a ela e pensei:
[puts..será que morde?]
"Bom, foda-se!"
E peguei o bicho pelo casco. Foi engraçado, por que ela se escondeu na hora.. fez até um barulhinho
como se fosse uma almofada que alguém senta em cima... fiquei rindo sozinho. Ela ia ficar ali, no meio da pista, dentro da casa dela? Eu hein...se eu já acho viver em Itapopoca complicado, que o diga morar numa casa, no meio de uma faixa numa estrada, com um monte de carros passando. Levei ela até um gramado enorme que havia no mesmo lado que eu havia deixado a bicicleta. Ela, ainda escondida dentro de casa (provavelmente estudando meus movimentos pelo olho mágico que deve haver no casco); eu, rindo de todos estes artifícios dela para fingir que todos sairam pra jantar, volte outro dia.
E então segui, deixando a tartaruga para trás. Mas a dúvida veio ao meu encalço (acho que ela pulou dentro da minha cesta de cerveja): porque eu não a ajudei a atravessar a pista? Será que eu fiz certo em tê-la colocado do mesmo lado que ela havia começado?
Uma merda isso de ter consciência.. e isso que eu tenho pouca perante os meus atos e comportamentos. Fui pro mercado pensando no quanto o bicho deveria me odiar pelo que eu fiz.
E se ela tinha marcado com um tartarugo do outro lado da pista e, no meio da viagem, eu cheguei pra atrapalhar? Caramba, o tartarugo pode ter ficado puto com a demora dela (já que ela teria que atravessar metade da pista de novo) e foi embora. Vai que ela estava tentando um suicídio e eu, no alto do meu altruísmo, estraguei o seu intento.
Estas e tantas outras perguntas coerentes passara pela minha cabeça enquanto estava no caminho do mercado, no mercado, e na volta do mercado... ao menos até o cruzamento, já que voltei pelo mesmo caminho que fiz.
Nenhum sinal da tartaruga.
Nenhum rastro na pista.
Nem de pneus,
Nem de casco,
Nem de casa/casco.
Então parei no cruzamento, olhei pra minha cestinha de cerveja na garupa e falei:
"Consciência, vc está muito pesada. Desce agora, nesta mesma esquina que te encontrei"
Se ela desceu da cestinha ou permaneceu escondida, eu não sei dizer a vocês.
Mas não podia deixar de lhes contar essa história.
ps: na polinésia francesa, presumo, deve haver muita tartaruga. E no geral, as tartarugas devem sair de lá por que os franceses comem elas ( e os caramujos tbm).
ps2: a polinésia francesa deve ser francesa mesmo, por que se fosse minha eu ia colocar "polinésia do Rafa, aquele menino legal do carnaval"
ps3: qual o nome da sua polinésia? Ela tem programa pro próximo sábado à noite já? =P
Por este e tantos motivos, seus habitantes, como muitos outros animais, de lá têm saído para procurar novos lares (para não dizer novos ares, o que nos levaria ao mesmo ponto de antes - na linha de baixo apenas). Diante de tais proposições, à princípio descabidas, admito, mas que fazem sentido, devo me explicar para que o leitor, no aconhchego do seu lar quentinho nos trópicos, posso me entender. Tudo começou na última manhã de domingo, quando eu, o sr R, fui ao mercado comprar frutas e verduras.
Interlúdio: Essa é uma história verídica
Interlúdio #2 : tirei essa introdução dos programas policiais norte-americanos..eles adoram isso =)
Manhã de domingo - 12 de setembro de 2010 - Itapopoca - Indiana - U.S.
Saí para fazer a acima mencionada compra do lar. Não sei se posso chamá-la "do lar", pq a compra só diz repeito à mim. Eu, por mim mesmo, não constituo um lar... e o indiano que mora aqui em casa não é bem o que eu chamo...tá...voltando... eu estava indo de bicicleta pro mercado que considero o melhor de todos para os produtos vegetais que crescem nas prateleiras. Lá fui eu, com a minha bicicleta vermelho-preta com uma "caixa de cerveja" na garupa (não se trata bem de uma caixa de cerveja, mas é parecido..qdo tiver uma foto eu posto aqui). Desci a rua na manhã fria de Itapopoca de maneira veloz, de maneira que o vento gelado, de tão gelado, quase arrancou-me o nariz. De fato, o arrancou, mas eu tinha outro no bolso e coloquei no lugar.
Segui viagem. A sabedoria dos amigos que andam pelo mundo me fez virar à esquerda no fim da descida, e assim eu encontrei o/um atalho. Isso iria fazer toda a diferença...pois isso me levou a encontrar o que adiante eu vou descrever.
Peguei o atalho de maneira sensata, sem grandes arroubos sobre a minha bicicleta. Não poderia bater de frente com o vento, pois não haviam mais narizes no meu bolso caso eu perdesse o que eu tinha no vento gelado. Fui, cauteloso e sensato...até chegar na 10th street. Lá, como de costume, pedalei, como nunc apedalei antes..mentira, como pedalo sempre: até encontrar o farol fechado.
Parei na grande esquina da 10th com aquela outra rua gigante que nunca lembro o nome. Mas é enorme, e já parece uma estrada, pois nos arredores não tem quase nada (além de uma loja estranh que nunca vi aberta e a linha do trem.
Olho para o alto e vejo o sol, que me importuna. Sol que importuna os que andam pelo mundo..queria eu estar do lado de dentro do carro que ao meu lado estava. Sob o sol somos diferentes, mas sob o farol, os mesmos: os dos parados, esperando o farol abrir. Eu, no frio que virou calor repentino de Itapopoca; e o dono do carro no ar condicionado da Hiunday, esta de algum lugar do mundo (da China, provavelmente).
Olho para a continuação da estrada que terei que percorrer. Subida grande.
"PQP...merda de subida..."
[Inventaram a bicicleta com marcha, ma nada que substitua minhas pernas para que elas não tenham que fazer este trabalho todo]
Olho mais atentamente.. o sol me ofusca a vista. Apesar disso, vejo algo se movendo no asfalto, logo depois da rodovia que cruza com a avenida que espero para atravessar (maldito farol).
[Deve ser um esquilo (um que não foi morto pelos moradores de Itapopoca que têm licença para caçá-los)]
Farol verde.
Sigo adiante, enquanto o dono do carro ao lado vira à esquerda ou direita.. de forma que não segue na mesma estrada que eu, que pedalo então sozinho e resignado, em direção ao desconhecido....que de perto, já não é tão desconhecido..
"CARALEO!!! UM QUELÔNEO!!!!!"
Disse isso bem alto...mentira..não disse isso porque não tenho certeza do que é um quelônio...Mas o som teria sido agradável, por que soa bem..
CARALEO < QUELONEO < QUADRADO < PERITÔNEO < NEURÔNIO
Disse, isso sim:
"CARALEO!!! UMA TARTARUGA!!!!!"
Não sabia o que fazer diante do meu espanto... ela estava atravessando a rua, com o pescoção esticado. E parecia que estava se esforçando para atravessar a pista rápido. Não sei como ela havia conseguido chegar quase ao meio da pista sem ter sido atropelada, por que a outra faixa estava completamente movimentada: não parava de passar carros.
Joguei a bicicleta no acostamento, e parei pra ver se algum carro vinha ao encontro da pobre tartaruga ( e de mim, que tentava fazer algo por ela).
[Nenhum..não na minha, ops, faixa dela]
Corri em direção a ela e pensei:
[puts..será que morde?]
"Bom, foda-se!"
E peguei o bicho pelo casco. Foi engraçado, por que ela se escondeu na hora.. fez até um barulhinho
[puffffff][.....]
como se fosse uma almofada que alguém senta em cima... fiquei rindo sozinho. Ela ia ficar ali, no meio da pista, dentro da casa dela? Eu hein...se eu já acho viver em Itapopoca complicado, que o diga morar numa casa, no meio de uma faixa numa estrada, com um monte de carros passando. Levei ela até um gramado enorme que havia no mesmo lado que eu havia deixado a bicicleta. Ela, ainda escondida dentro de casa (provavelmente estudando meus movimentos pelo olho mágico que deve haver no casco); eu, rindo de todos estes artifícios dela para fingir que todos sairam pra jantar, volte outro dia.
E então segui, deixando a tartaruga para trás. Mas a dúvida veio ao meu encalço (acho que ela pulou dentro da minha cesta de cerveja): porque eu não a ajudei a atravessar a pista? Será que eu fiz certo em tê-la colocado do mesmo lado que ela havia começado?
Uma merda isso de ter consciência.. e isso que eu tenho pouca perante os meus atos e comportamentos. Fui pro mercado pensando no quanto o bicho deveria me odiar pelo que eu fiz.
E se ela tinha marcado com um tartarugo do outro lado da pista e, no meio da viagem, eu cheguei pra atrapalhar? Caramba, o tartarugo pode ter ficado puto com a demora dela (já que ela teria que atravessar metade da pista de novo) e foi embora. Vai que ela estava tentando um suicídio e eu, no alto do meu altruísmo, estraguei o seu intento.
Estas e tantas outras perguntas coerentes passara pela minha cabeça enquanto estava no caminho do mercado, no mercado, e na volta do mercado... ao menos até o cruzamento, já que voltei pelo mesmo caminho que fiz.
Nenhum sinal da tartaruga.
Nenhum rastro na pista.
Nem de pneus,
Nem de casco,
Nem de casa/casco.
Então parei no cruzamento, olhei pra minha cestinha de cerveja na garupa e falei:
"Consciência, vc está muito pesada. Desce agora, nesta mesma esquina que te encontrei"
Se ela desceu da cestinha ou permaneceu escondida, eu não sei dizer a vocês.
Mas não podia deixar de lhes contar essa história.
ps: na polinésia francesa, presumo, deve haver muita tartaruga. E no geral, as tartarugas devem sair de lá por que os franceses comem elas ( e os caramujos tbm).
ps2: a polinésia francesa deve ser francesa mesmo, por que se fosse minha eu ia colocar "polinésia do Rafa, aquele menino legal do carnaval"
ps3: qual o nome da sua polinésia? Ela tem programa pro próximo sábado à noite já? =P
sábado, 11 de setembro de 2010
Aviso.... e aviso de novo
Eu ando doente.. não sei, acho que é a garganta. Tá meio inflamada, não sei direito. Mas tbm, com esse frio que anda fazendo, como não poderia ficar ruim? De fato, fiquei... o engraçado é me ver andando de blusa pela cidade e ver umas menininhas de shortinho e camiseta.. caraleo, elas não têm frio? E os caras tbm, andam como se isso fosse verão.
Mas isso me faz lembrar de que eu queria falar com vcs.. isso mesmo. vc aí, agora, sentadinha(o) na frente do micro, pensando em nada.. olhando pra esta aba do seu navegador e pra outras tantas ao mesmo tempo, vendo se aquele download terminou, abrindo o msn pra ver se aquela(e) menininha(o) respondeu o seu "hahahaha" sem nexo que vc manda a cada cinco minutos.
É, eu sei que quando vc mais está interessado em saber o que eu vou falar hoje vem alguém e te atrapalha. Por exemplo: vc pode estar agora prestes a ler o que eu tenho a dizer e chega o seu cachorro e começa a tentar procriar com a sua perna.. vc vai, leva ele pra fora, e volta pra continuar a ler o post...
Aí, vem o seu gato..ronronar e pular em cima do seu mouse (será que gatos têm tara por mouses tbm? Relevante esta pergunta, não? Dá pra ganhar o ignóbel com isso rsrs =).. vem o gato e começa a pedir comida.. fdp!!1 E vc doida(o) pra ler a porra do post que o Rafa acabou de colocar, quentinho, recém saído daquela cabeça cheia de cachinhos... e por falar em quentinho, lavar a roupa aqui é tão gostoso. Sério... sério e impreciso, pq na verdade o legal não é lavar a roupa, e sim colocá-la pra secar na secadora. Ela sai tão , mas tããão quentinha que vc abre a máquina e põe a mão nos tecidos e sente aquele morno.. mais parece um ninho de roupas.. dá vontade de entrar na máquina e gritar bem alto:
Mas não vem ninguém pra fechar.. diferente do seu caso, pq agora o que deve estar incomodando é aquela porta entreaberta que a sua mãe deixou quando veio falar contigo sobre qualquer coisa.. aí fica aquele barulho de televisão na sala. Justo agora que vc estava extremamente afim de ler o conteúdo extremamente precioso deste post de hoje.. é, parece que não vai ser no próximo 1 minuto, pq aquele seu amigo te ligou te chamando pra ir ver o jogo do mengo. Vai, não seja mal educada(o) com ele: amigos são coisas preciosas (algo que talvez alguém algum dia patenteie.. vai saber?)
Papo vai papo vem, vc dá um perdido e diz que tem que desligar. Claro, seu amigo vai insistir e tudo mais. Mas agora vc já está mega master over curiosa(o) em saber o que eu vou contar...
Então é a tua filha mais nova que liga, dizendo que foi super bem na prova de matemática dela. Vc, óbviamente, fica feliz. Esquece um pouco do post, mas agora é sua filha que quer desligar rápido, pq ela está no intervalo da escola e já deu o sinal pra voltarem pras salas.
.. mas aí vc dá um chute na mesa sem querer e o seu pc trava. Seu navegador dá umas travadas e vc acha que vai ter um treco pq não consegue saber o que está na próxima lin
Mas isso me faz lembrar de que eu queria falar com vcs.. isso mesmo. vc aí, agora, sentadinha(o) na frente do micro, pensando em nada.. olhando pra esta aba do seu navegador e pra outras tantas ao mesmo tempo, vendo se aquele download terminou, abrindo o msn pra ver se aquela(e) menininha(o) respondeu o seu "hahahaha" sem nexo que vc manda a cada cinco minutos.
É, eu sei que quando vc mais está interessado em saber o que eu vou falar hoje vem alguém e te atrapalha. Por exemplo: vc pode estar agora prestes a ler o que eu tenho a dizer e chega o seu cachorro e começa a tentar procriar com a sua perna.. vc vai, leva ele pra fora, e volta pra continuar a ler o post...
Aí, vem o seu gato..ronronar e pular em cima do seu mouse (será que gatos têm tara por mouses tbm? Relevante esta pergunta, não? Dá pra ganhar o ignóbel com isso rsrs =).. vem o gato e começa a pedir comida.. fdp!!1 E vc doida(o) pra ler a porra do post que o Rafa acabou de colocar, quentinho, recém saído daquela cabeça cheia de cachinhos... e por falar em quentinho, lavar a roupa aqui é tão gostoso. Sério... sério e impreciso, pq na verdade o legal não é lavar a roupa, e sim colocá-la pra secar na secadora. Ela sai tão , mas tããão quentinha que vc abre a máquina e põe a mão nos tecidos e sente aquele morno.. mais parece um ninho de roupas.. dá vontade de entrar na máquina e gritar bem alto:
" Alguém pode fechar a porta!!! Eu vou dormir aqui hoje!!!"
Mas não vem ninguém pra fechar.. diferente do seu caso, pq agora o que deve estar incomodando é aquela porta entreaberta que a sua mãe deixou quando veio falar contigo sobre qualquer coisa.. aí fica aquele barulho de televisão na sala. Justo agora que vc estava extremamente afim de ler o conteúdo extremamente precioso deste post de hoje.. é, parece que não vai ser no próximo 1 minuto, pq aquele seu amigo te ligou te chamando pra ir ver o jogo do mengo. Vai, não seja mal educada(o) com ele: amigos são coisas preciosas (algo que talvez alguém algum dia patenteie.. vai saber?)
Papo vai papo vem, vc dá um perdido e diz que tem que desligar. Claro, seu amigo vai insistir e tudo mais. Mas agora vc já está mega master over curiosa(o) em saber o que eu vou contar...
Então é a tua filha mais nova que liga, dizendo que foi super bem na prova de matemática dela. Vc, óbviamente, fica feliz. Esquece um pouco do post, mas agora é sua filha que quer desligar rápido, pq ela está no intervalo da escola e já deu o sinal pra voltarem pras salas.
.. mas aí vc dá um chute na mesa sem querer e o seu pc trava. Seu navegador dá umas travadas e vc acha que vai ter um treco pq não consegue saber o que está na próxima lin
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Livro de receitas
Pegue um nabo. Coloque duas ou tres palavras dentro dele; por exemplo: bastão, ouro, amplidão. chacoalhe. Você não vai ouvir ruído algum. É normal. Aí ajoelhe-se com o nabo na mão e diga:
Como bastão que me foi dado
com o ouro que me foi tirado
e sem nehuma amplidão
de conceitos e dados
quero renascer brasileiro e poeta
Quem te ouvir vai ficar besta
Hilda Hilst - contos d'escárnio- textos grotescos
Como bastão que me foi dado
com o ouro que me foi tirado
e sem nehuma amplidão
de conceitos e dados
quero renascer brasileiro e poeta
Quem te ouvir vai ficar besta
Hilda Hilst - contos d'escárnio- textos grotescos
terça-feira, 31 de agosto de 2010
The bicycle project - continuação da continuação
O caso da bicicleta roubada no bicycle project me fez lembrar de um poema de Camões, se fizermos as (poucas ) devidas alterações - como trocar anos por dias, já que por uma semana - de um sábado a outro- foi o tempo que esperei pra continuar o trabalho e receber o meu ''prêmio'', mas ele não veio.... na verdade veio, mas só depois de mais sete dias
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: — Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: — Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
E prometo que não falo mais do bycicle project!!!! Até eu enjoei =P
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
The bicycle project - continuação
Mas eu não contei muito bem como terminou o lance daquela primeira bicicleta que eu estava montando. Ééééé, pessoal.... mais de uma bicicleta.
E porquê???? Como assim mais de uma?
Bom... a primeira de todas (do outro post )eu deixei lá no depósito do projeto, pq estava por terminar. Cheguei lá no sábado seguinte pra terminar o trabalho (só faltava colocar os pedais nela) eeeee..... cadê!!!!!????
Fiquei meio frustrado... nem digo que fiquei mto frustrado, pq tô meio ciente já de que tudo que lida com o bom senso humano tem chance de dar errado (uns 50% de chance.. cara ou coroa mesmo). Na hora eu virei pra mim mesmo e toquei um foda-se: ia construir outra, começar naquela hora mesmo.
.... fiquei o sábado e domingo passado trabalhando 3 horas cada dia neste projeto. Hoje era pra terminar: faltavam os cabos de freio e os da marcha. Certamente não ia deixar a menina lá sozinha e indefeza, ao alcance de qqr um: trouxe a garota pra casa, sem freio mesmo. Hoje cedo eu acordei e fui andando com ela, descendo as ladeiras freiando como nos flintstones, i.e., no pé-chão rsrs
Até que um dos voluntários fala bem alto que eles vão fechar em 20 minutos. Eu só tinha o freio da frente, mal colocado, e o de trás, muito ruim e dando uns problemas. Melhor do que nada.
Quanto aos cabos de marcha... pqp... não queria nem pensar: ia dar um trabalho absurdo, parecia que ninguém conhecia aquele sistema qu ea bicicleta tinha.
Resolvi desencanar do meu ''piece of crap'' e ajudar o pessoal a colocar as coisas dentro da garagem. Mas aí eu vi uma bicicleta que só faltava a roda da frente. Gritei pro indonésio que mora no prédio da frente do meu, empolgadaço, falando que ele poderia sair dali pedalando. Não sei se ele me entendeu muito bem (os dois lados carecem de um inglês bem falado..rsrs) mas ele fez uma cara meio de '' no no...I can't take it now...'' Então eu corri pra dentro da gareagem, peguei a primeira roda que eu encontrei, coloquei na bicicleta.
Eu me parecia a bruxa do pica-pau, testando as vassouras
Pedalei um pouco ... mais um pouco.
Falei pro cara da garagem que ia ficar com aquela e deixar a minha.
''-Sure'' Um sure seguido de um joinha.
[Joinhas são coisas universais]
Falei pro indonésio que ele poderia terminar o meu projeto. Só faltam algumas coisas.. (mais ou menos..); melhor do que começar do zero, como eu estava fazendo.
Voltei pra casa pedalando.
=)
E porquê???? Como assim mais de uma?
Bom... a primeira de todas (do outro post )eu deixei lá no depósito do projeto, pq estava por terminar. Cheguei lá no sábado seguinte pra terminar o trabalho (só faltava colocar os pedais nela) eeeee..... cadê!!!!!????
Fiquei meio frustrado... nem digo que fiquei mto frustrado, pq tô meio ciente já de que tudo que lida com o bom senso humano tem chance de dar errado (uns 50% de chance.. cara ou coroa mesmo). Na hora eu virei pra mim mesmo e toquei um foda-se: ia construir outra, começar naquela hora mesmo.
[Sol]
[Sol Sol]...
[Parafusos]
[Frame novo]
[Troca roda]
[Põe roda]
[Põe freio]
.... fiquei o sábado e domingo passado trabalhando 3 horas cada dia neste projeto. Hoje era pra terminar: faltavam os cabos de freio e os da marcha. Certamente não ia deixar a menina lá sozinha e indefeza, ao alcance de qqr um: trouxe a garota pra casa, sem freio mesmo. Hoje cedo eu acordei e fui andando com ela, descendo as ladeiras freiando como nos flintstones, i.e., no pé-chão rsrs
Até que um dos voluntários fala bem alto que eles vão fechar em 20 minutos. Eu só tinha o freio da frente, mal colocado, e o de trás, muito ruim e dando uns problemas. Melhor do que nada.
Quanto aos cabos de marcha... pqp... não queria nem pensar: ia dar um trabalho absurdo, parecia que ninguém conhecia aquele sistema qu ea bicicleta tinha.
Resolvi desencanar do meu ''piece of crap'' e ajudar o pessoal a colocar as coisas dentro da garagem. Mas aí eu vi uma bicicleta que só faltava a roda da frente. Gritei pro indonésio que mora no prédio da frente do meu, empolgadaço, falando que ele poderia sair dali pedalando. Não sei se ele me entendeu muito bem (os dois lados carecem de um inglês bem falado..rsrs) mas ele fez uma cara meio de '' no no...I can't take it now...'' Então eu corri pra dentro da gareagem, peguei a primeira roda que eu encontrei, coloquei na bicicleta.
''-Tá...só testar!''
[Pneu da frente murcho]
[Óbvio]
[Enche]
[ENche]
[ENChe]
[ENCHe]
[ENCHE]
''-Tá...só testar.''
[Pneu de trás murcho]
[Não tão óbvio]
[Enche]
[ENche]
[ENChe]
[ENCHE]
´
Eu me parecia a bruxa do pica-pau, testando as vassouras
Pedalei um pouco ... mais um pouco.
[Dei uma volta]
[Outra volta]
[Olhei pro indiano...digo, indonésio!!]
[Dei uma volta]
Falei pro cara da garagem que ia ficar com aquela e deixar a minha.
''-Sure'' Um sure seguido de um joinha.
Falei pro indonésio que ele poderia terminar o meu projeto. Só faltam algumas coisas.. (mais ou menos..); melhor do que começar do zero, como eu estava fazendo.
Voltei pra casa pedalando.
=)
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Shoot a squirrel
Eu fico direto andando pelo campus e vendo os esquilos escondendo nozes, sementes... É claro que deve existir um esquilo bonachão que fica a esconder bitucas de cigarros pra fumar escondido dos pais no inverno... mas este eu nunca vi (discreto o menino, viu?)
O mais engracado da sociedade americana..tá, frescura ficar usando este termo, como se estivesse fazendo um estudo antropológico dos meus companheiros de cidade, mas a verdade é que as coisas aqui são diferentes: vc vai no shooping (tenho que ir lá, infelizmente) e, além de haver uma loja chamada "Piroca", com um letreiro bem grandao, pra todo mundo ler, eles ainda têm coisas como "Eyebrow style", pra vc deixar sua sobrancelha super "fashion" num quiosque no meio do corredor do shopping (sério!! no meio!!! Todo mundo te vê fazendo a sobrancelha, coisa mais normal do mundo!! hahaha), ''The golden buyers of america'' (uma loja que vende ouro) e outras coisas... mas o que mais me supreende é foi ter ido no Piroca naquela vez - a que eu contei pra vcs, lembram? -e visto uma sessão de armas de fogo (ditas ''armas de caça''). Pqp...fiquei até longe. Depois os fdps não sabem pq entra gente atirando em escola, em faculdade, em sinagogas, em uns dunkin donuts por aí.
Demorei pra escrever sobre esse local tão agradável e tranquilo no Piroca, materiais esportivos.. mas foi bom, pq um casal de amigos que conheci aqui (brasileiros que moram na espanha; estão visitando a universidade) me mostraram essa revista.... puts...dei um cut mal feito no paintbrush, mas já é o suficiente pra mostrar pra vcs, ali ó...no cantinho superior direito, abaixo do HOW TO
Dá pra acreditar? ....(não tô falando de fazer cerveja não, porra!!! É coisa séria agora!!! hahaha) Olha: sou uma pessoa séria, isso não é montagem... veja aqui que este ''SHOOT A SQUIRREL'' é verdadeiro: eles realmente te dão permissão pra atirar e matar os pobres dos esquilos (certo: vc tem que pagar $17). O engraçado (se é que existe algo engraçado aqui) é ver os títulos das matérias na capa...total coerência =P
"Conserte um coração partido
Ajude crianças
Faça cerveja
Atire em esquilos
.
.
.
"
Tenso, galera.... tenso....
Vou lá.. tomar um litro de diabo verde (só assim mesmo =)
O mais engracado da sociedade americana..tá, frescura ficar usando este termo, como se estivesse fazendo um estudo antropológico dos meus companheiros de cidade, mas a verdade é que as coisas aqui são diferentes: vc vai no shooping (tenho que ir lá, infelizmente) e, além de haver uma loja chamada "Piroca", com um letreiro bem grandao, pra todo mundo ler, eles ainda têm coisas como "Eyebrow style", pra vc deixar sua sobrancelha super "fashion" num quiosque no meio do corredor do shopping (sério!! no meio!!! Todo mundo te vê fazendo a sobrancelha, coisa mais normal do mundo!! hahaha), ''The golden buyers of america'' (uma loja que vende ouro) e outras coisas... mas o que mais me supreende é foi ter ido no Piroca naquela vez - a que eu contei pra vcs, lembram? -e visto uma sessão de armas de fogo (ditas ''armas de caça''). Pqp...fiquei até longe. Depois os fdps não sabem pq entra gente atirando em escola, em faculdade, em sinagogas, em uns dunkin donuts por aí.
Demorei pra escrever sobre esse local tão agradável e tranquilo no Piroca, materiais esportivos.. mas foi bom, pq um casal de amigos que conheci aqui (brasileiros que moram na espanha; estão visitando a universidade) me mostraram essa revista.... puts...dei um cut mal feito no paintbrush, mas já é o suficiente pra mostrar pra vcs, ali ó...no cantinho superior direito, abaixo do HOW TO
Dá pra acreditar? ....(não tô falando de fazer cerveja não, porra!!! É coisa séria agora!!! hahaha) Olha: sou uma pessoa séria, isso não é montagem... veja aqui que este ''SHOOT A SQUIRREL'' é verdadeiro: eles realmente te dão permissão pra atirar e matar os pobres dos esquilos (certo: vc tem que pagar $17). O engraçado (se é que existe algo engraçado aqui) é ver os títulos das matérias na capa...total coerência =P
"Conserte um coração partido
Ajude crianças
Faça cerveja
Atire em esquilos
.
.
.
"
Tenso, galera.... tenso....
Vou lá.. tomar um litro de diabo verde (só assim mesmo =)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Shopping - adendo
.... e eu ainda esqueci de contar essa, que rolou na mesma sexta do post anterior e me deixou muito abismado: depois de terem forçado os estudantes internacionais a levantarem de suas cadeiras no auditório e os fazerem cantar o hino de guerra do time de futebol americano daqui, a instrutura que estava no palco disse:
" Ahhh ... we will also have a soccer event this year!!!"
Aí alguém perguntou:
"What is soccer?!!"
Caramba, até eu fiquei revoltado!!
Vou lá...preciso voltar a estudar
" Ahhh ... we will also have a soccer event this year!!!"
Aí alguém perguntou:
"What is soccer?!!"
Caramba, até eu fiquei revoltado!!
Vou lá...preciso voltar a estudar
sábado, 21 de agosto de 2010
Shopping
Saudações bloomingtonianas!!!
Oque é oque é: um ônibus cheio de chineses numa sexta-feira à noite?
.
.
.
.
.
... =P
Eu, indo fazer compras.
Haha...vc pode pensar que era piada. E das mal contadas!! Mas não é. Primeiro porque eu não sei contar piadas... esta ia ficar igualmente horrível, certamente. Segundo, por que eu nao disse que estava no ônibus de inicio, oq eu não ia fazer muita diferença.... se a vc fosse dada a opção de chutar se eu estava ou não lá, com 99% de certeza vc diria que eu não estava. Claro! Eu era uma única partícula desorientada naquele universo grande e mandarinhesco.
Precisava , e muito, comprar um óculos para nadar... sério, faz quase um mes que não nado, isso anda me tirando o sono. Devo ter engordado uns 50 quilos desde que cheguei: se eu aparecesse no Brasil de novo ninguem me reconheceria mais =P
Fui até uma loja que eu já conhecia. A loja se chama "dick's"...pqp...dick, ate onde eu saiba é pau, piroca... vc lembra daquela musica que sua irmã mais velha ficava cantando na hora da janta e seus pais achavam bonitinho ela cantando em ingles? Pois é, aquela mesma.... (meio prosaico isso, mas tá valendo...pra vc sentir o clima do lugar, dê um play :)
fui no "Piroca' s sports goods" (rindo sozinho ... mas disfarcando). Lembrei do dia que estávamos eu, James e hanson rindo das possíveis fantasias que poderíamos usar numa festa a fantasia. Havia uma, que o hanson sugeriu, que era a do "falhaço firoca". A gente estava bêbado e rindo muito aquele dia, foi muito engraçado.O engraçado é que a música me remete muito ao estilo de vida da galera aqui....tudo a ver
Aí entro no supermercado e ..puts..acho que as vezes eu estou no purgatório. Tbm, se não estiver não deve ser mutio diferente daqui. No mercado veio um chinês dar em cima de mim. Eu estava lá, inocente e centrado, olhando pras pastas de dente e ele veio, de calça, com uma havaiana (versão chinesa, creio) rosa no pé, falando todo espalhafatoso e serelepe:
Eu falei um...
e continuei lá, compenetradíssimo na busca pela melhor pasta de dente... ele ainda falou umas coisas que eu não entendi bem... (deve ter sido um '' vc vem sempre aqui, no supermercado?). Eu olhei pro céu...pro teto do lugar que eu estava, rpa ser mais exato, e disse:
Ok, vou virar um ermitão. Ou um daqueles bichos que têm uma concha e só saem de casa de vez em quando.
E hj de manhã foi a mesma coisa: estava esperando sentado no chão, fora da fila de chinêses... e veio um e me perguntou se eu era turco. Aí o cara sentou e começou a contar a vida dele. Fui legal com o cara. Tudo bem, não tem nada de mais ser gay. Acho que muita gente é e nem sabe. Mas enfim... o cara falava muito baixo e vim se estirando pro meu lado... aí comecei a ficar meio sem graça: o cara estava abusando da minah boa vontade.. me perguntando se eu tinah vindo pra cá só pra estudar, se eu queria sair pra fazer algo.... e eu só levando na flauta. Aí o cara, não satisfeito com a minha boa educação, começou a roçar o joelho na minha coxa (eu estava sentado no chão e ele havia se ajoelhado do meu lado pra conversar comigo)...
foda..
eu não mereço:
as americanas não me agradam,
as chinesas não me querem (não devo ser o tipo delas.. .tbm, não faço mta questão das que eu vi),
os chineses, qdo não me ignoram, me bulinam.
Deve ser o purgatório mesmo.
Afff... estou meio verborrágico hj: acabei de ler o que escrevi... o texto está me lembrando o clima de diário que "o apanhador no campo de centeio" tem. É um livro muito bonito: a primeira vez que o li ele passou extremamente despercebido por mim, nem dei bola. Achei idiota e repetitivo. Pude lê-lo recentemente e percebi outra coisa: o quanto somos confusos e perdidos, e como aquele ''retrato'' do Holden é algo familiar a mim e a muita gente que conheço; quantas portas se abrem pra nós e são ignoradas pro pura e simples besteira da nossa parte.
Pensando melhor sobre o livro, talvez ele tenha uma medida ''certa''de repetição, oque o faz muito bom; cada vez que nos repetimos, tentamos nos fazer mais corretos e mais dignos de seguir adiante. Não, não deve existir uma medida exata pro que se repete e pro que se acrescenta.... por que ao acrescentarmos algo, deixamos de repetir, mas ao se repetir, deixa-se de acrescentar.... Talvez a cena que seja a mais bonita que eu ja vi descrita, a qual parece que pude tocar com as pontas dos dedos, é uma contida num livro do Garcia Marquez (cem anos de solidão), onde ele fala que um dos personagens (nao me lembro qual) passa suas tardes numa oficina, esculpindo peixinhos de ouro... quando ele os termina, ele os derrete o os esculpe de novo, para tentar esculpi-los mais belos e mais perfeitos.
Hummm....talvez não exista uma medida da perfeição tbm.. ou a perfeição que a gente busca está na repetição.. ou em repetirmos para nós mesmos que nunca seremos capazes de atingir isso, pois tudo o que é exato, belo e perfeito vive nos nossos ideais e cabeças somente... a musica do françois couperin tbm me lembra muito isso...
É... esta sexta pareceu-me e muito a anterior... repetindo e repetindo, ''claramente''. Voltei pra casa pensando em tudo isso e já não rindo mais sozinho: não tinha mais tanta graça em se pensar no''dicks''. Meu riso facil havia sido deixado na prateleira do supermercado.
Acho que não deve existir medida pra saudade tbm... embora a de hoje pareça ser a saudade boa, e não a que corrói por dentro.
Bom, da próxima vez eu posto uns desenhos... o pessoal deve estar de saco cheio das minha histórias por
aqui... nem eu mais aguento
Saudades de todos! Fiquem agora com o ataque das cobras!!! =P (alguém lembra disso?)
[isso deve ser algo meio cheio de baba... ]
[....]
[ arrrgggh.. deve ser nojento]
[esqueçam]
Oque é oque é: um ônibus cheio de chineses numa sexta-feira à noite?
.
.
.
.
.
... =P
Eu, indo fazer compras.
Haha...vc pode pensar que era piada. E das mal contadas!! Mas não é. Primeiro porque eu não sei contar piadas... esta ia ficar igualmente horrível, certamente. Segundo, por que eu nao disse que estava no ônibus de inicio, oq eu não ia fazer muita diferença.... se a vc fosse dada a opção de chutar se eu estava ou não lá, com 99% de certeza vc diria que eu não estava. Claro! Eu era uma única partícula desorientada naquele universo grande e mandarinhesco.
Precisava , e muito, comprar um óculos para nadar... sério, faz quase um mes que não nado, isso anda me tirando o sono. Devo ter engordado uns 50 quilos desde que cheguei: se eu aparecesse no Brasil de novo ninguem me reconheceria mais =P
Fui até uma loja que eu já conhecia. A loja se chama "dick's"...pqp...dick, ate onde eu saiba é pau, piroca... vc lembra daquela musica que sua irmã mais velha ficava cantando na hora da janta e seus pais achavam bonitinho ela cantando em ingles? Pois é, aquela mesma.... (meio prosaico isso, mas tá valendo...pra vc sentir o clima do lugar, dê um play :)
fui no "Piroca' s sports goods" (rindo sozinho ... mas disfarcando). Lembrei do dia que estávamos eu, James e hanson rindo das possíveis fantasias que poderíamos usar numa festa a fantasia. Havia uma, que o hanson sugeriu, que era a do "falhaço firoca". A gente estava bêbado e rindo muito aquele dia, foi muito engraçado.O engraçado é que a música me remete muito ao estilo de vida da galera aqui....tudo a ver
Aí entro no supermercado e ..puts..acho que as vezes eu estou no purgatório. Tbm, se não estiver não deve ser mutio diferente daqui. No mercado veio um chinês dar em cima de mim. Eu estava lá, inocente e centrado, olhando pras pastas de dente e ele veio, de calça, com uma havaiana (versão chinesa, creio) rosa no pé, falando todo espalhafatoso e serelepe:
'' Oh!! The brazilian guy!!!''
Eu falei um...
'' Yeah dude, it's me... ''
e continuei lá, compenetradíssimo na busca pela melhor pasta de dente... ele ainda falou umas coisas que eu não entendi bem... (deve ter sido um '' vc vem sempre aqui, no supermercado?). Eu olhei pro céu...pro teto do lugar que eu estava, rpa ser mais exato, e disse:
''Eu não mereço isso!!! Pq!?!?? Pq!!!??? Eu queria algo mais do que estudar quando saí do Brasil...''
Ok, vou virar um ermitão. Ou um daqueles bichos que têm uma concha e só saem de casa de vez em quando.
E hj de manhã foi a mesma coisa: estava esperando sentado no chão, fora da fila de chinêses... e veio um e me perguntou se eu era turco. Aí o cara sentou e começou a contar a vida dele. Fui legal com o cara. Tudo bem, não tem nada de mais ser gay. Acho que muita gente é e nem sabe. Mas enfim... o cara falava muito baixo e vim se estirando pro meu lado... aí comecei a ficar meio sem graça: o cara estava abusando da minah boa vontade.. me perguntando se eu tinah vindo pra cá só pra estudar, se eu queria sair pra fazer algo.... e eu só levando na flauta. Aí o cara, não satisfeito com a minha boa educação, começou a roçar o joelho na minha coxa (eu estava sentado no chão e ele havia se ajoelhado do meu lado pra conversar comigo)...
foda..
eu não mereço:
as americanas não me agradam,
as chinesas não me querem (não devo ser o tipo delas.. .tbm, não faço mta questão das que eu vi),
os chineses, qdo não me ignoram, me bulinam.
Deve ser o purgatório mesmo.
Afff... estou meio verborrágico hj: acabei de ler o que escrevi... o texto está me lembrando o clima de diário que "o apanhador no campo de centeio" tem. É um livro muito bonito: a primeira vez que o li ele passou extremamente despercebido por mim, nem dei bola. Achei idiota e repetitivo. Pude lê-lo recentemente e percebi outra coisa: o quanto somos confusos e perdidos, e como aquele ''retrato'' do Holden é algo familiar a mim e a muita gente que conheço; quantas portas se abrem pra nós e são ignoradas pro pura e simples besteira da nossa parte.
Pensando melhor sobre o livro, talvez ele tenha uma medida ''certa''de repetição, oque o faz muito bom; cada vez que nos repetimos, tentamos nos fazer mais corretos e mais dignos de seguir adiante. Não, não deve existir uma medida exata pro que se repete e pro que se acrescenta.... por que ao acrescentarmos algo, deixamos de repetir, mas ao se repetir, deixa-se de acrescentar.... Talvez a cena que seja a mais bonita que eu ja vi descrita, a qual parece que pude tocar com as pontas dos dedos, é uma contida num livro do Garcia Marquez (cem anos de solidão), onde ele fala que um dos personagens (nao me lembro qual) passa suas tardes numa oficina, esculpindo peixinhos de ouro... quando ele os termina, ele os derrete o os esculpe de novo, para tentar esculpi-los mais belos e mais perfeitos.
Hummm....talvez não exista uma medida da perfeição tbm.. ou a perfeição que a gente busca está na repetição.. ou em repetirmos para nós mesmos que nunca seremos capazes de atingir isso, pois tudo o que é exato, belo e perfeito vive nos nossos ideais e cabeças somente... a musica do françois couperin tbm me lembra muito isso...
É... esta sexta pareceu-me e muito a anterior... repetindo e repetindo, ''claramente''. Voltei pra casa pensando em tudo isso e já não rindo mais sozinho: não tinha mais tanta graça em se pensar no''dicks''. Meu riso facil havia sido deixado na prateleira do supermercado.
Acho que não deve existir medida pra saudade tbm... embora a de hoje pareça ser a saudade boa, e não a que corrói por dentro.
Bom, da próxima vez eu posto uns desenhos... o pessoal deve estar de saco cheio das minha histórias por
aqui... nem eu mais aguento
Saudades de todos! Fiquem agora com o ataque das cobras!!! =P (alguém lembra disso?)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Dos ultimos meses
Eu estava me lembrando por estes dias de tudo que me aconteceu desde que comecou o ano. Certamente, nao vou m elembrar de tudo em detalhes, ainda mais por ser eu um desmemoriado para detalhes cotidianos. Lembrava-me da essência de algumas coisas pelas quais passei, de coisas que comigo aconteceram, e do quão efemera elas foram. Efemeras, mto efemeras... carnaval, pessoas, livros, passeios de bicicleta, mudar de pais, as nuvens de Dallas (que soa as mais lindas qu e jah vi... parece que vc estah num oceano antartico, cheio de icebergs a sua volta)....
Acabou que veio `a minha lembranca uma musiquinha do Devendra, que me dah muito essa sensacão que eu estou sentindo agora: de como algumas coisas foram intensas, e de como easl passaram por mim rapidamente.. e embora eu soubesse que elas teriam fim, elas acabaram antes do que eu esperava.
Vou me agora....o primeiro dia de aula me espera
ps: me desculpem pela falta de acentos... depois eu conserto isso. Os micros daqui da fac nao aceitam "caracteres estranhos", como os presentes no portugues =P
Acabou que veio `a minha lembranca uma musiquinha do Devendra, que me dah muito essa sensacão que eu estou sentindo agora: de como algumas coisas foram intensas, e de como easl passaram por mim rapidamente.. e embora eu soubesse que elas teriam fim, elas acabaram antes do que eu esperava.
Vou me agora....o primeiro dia de aula me espera
ps: me desculpem pela falta de acentos... depois eu conserto isso. Os micros daqui da fac nao aceitam "caracteres estranhos", como os presentes no portugues =P
domingo, 15 de agosto de 2010
International food
Nunca fiquei tão feliz em encontrar arroz e lentilha no supermercado.
Acho que só estas palavras bastam por hoje.
=)
Acho que só estas palavras bastam por hoje.
=)
sábado, 14 de agosto de 2010
The bicycle project
Mais um post chato (dois no mesmo dia...tsc tsc ...ninguém merece ). E pior: como se fossem páginas de um diário!!! É verdade, é verdade... não gosto de ficar fazendo isso, falando da minha vida ultra mega animada aqui. Eu estou postando essas coisas aqui para que eu mesmo, daqui a algum tempo, as leia e veja pelo que passei e como a situação melhorou (espero rsrs)
Ontem, no supermercado, eu conheci uma família colombiana. No meio da conversa, falei que tava meio perdido e tal e tals..e que vim pra fazer o doutorado em matematica. A senhora me falou na hora " minha filha faz doutorado em matemática tbm!!!"
Aí fiquei mto feliz mesmo... sério, me senti acolhido na hora!! Eu, ali, no meio daquele monte de gente falando mandarin... conversamos sobre uns detalhe sque tenho que resolver ainda: cartão da universidade, celular etc etc.. e sobre bicicletas. quero muito comprar uma. Ela me indicou entao um lugar chamado " the bicycle project", onde eu poderia comprar uma bicicleta usada.
Saí no outro dia cedo pra ir la... passei por uma pracinha linda, onde perguntei pra uma mulher onde era o tal lugar... ela me explicou falando extremamente rápido, crente que eu era um americano.. nao entendi mta coisa. Aí um cara meio hippie, daqueles que andam pela galeria do rock, todo rasgado e tatuado, me chamou, perguntando onde eu gostaria de ir... ele estava lá, sentado no chão, com um laptop apoiado no banco da praça. Ele me perguntou onde eu gostaria de ir, pq ele poderia ver na internet num mapa (tem uma rede aberta pra quem quer usar na rua, acho) e me ajudar a chegar lá
Me falou depois que o lugar que eu queria ir era bem legal, que eu poderia conseguir uma bicicleta sem pagar nada... q se trata de uma especie de projeto voluntário..algo do tipo.. não tinha idéia até então. Mas de fato, era tudo o que eu precisava: economizar dinheiro (ainda mais depois dos $170 que eu tive que pagar de hotel na primeira noite, pq cheguei tarde demais aqui, nao conseguindo pegar as chaves do ape). Fui la e vi.
O projeto que funciona mais ou menos assim: se vc tem uma bicicleta velha, uma roda, um aro, qqr coisa que já esteve numa bicicleta, vc pode deixar la como doação; as pessoas podem passar lá, ver o que lhes é útil, e pegar pra utilizar, desde que façam o conserto ali. Se vc quiser um frame (aquela parte onde vai roda e guidão) ou vc deve comprar ou vc pode pegar de graca, contantop que trabalhe como voluntario pra eles por 3 horas. E vc aidn apode agendar o seu horario de trabalho.
Não deu outra: escolhi um frame e, mudando todos os meus planos de ir ao mercado e isso e aquilo, já fiquei por lá, construindo minha bicicleta. Um bloomingtoniano ficou me ajudando a construi-la. Tive que colocar o pneu no frame, montar aquela paradinha onde passa a correia das marchas... ajustar freio, escolher um aro e montar um pneu (isso mesmo: desde a camara de ar )... e fiquei lá até umas 3 da tarde. Mas não terminei ainda: sábado que vem eu volto lá (não funciona todos os dias, pq é um projeto voluntário; não há empregados)
Falei pros caras que queria exportar a ideia,mas eles so riram e falram que a idéia é antiga. No final todo mundo ficou me perguntando pq o Brasil nao ganhou a copa... logo pra mim ....
..deixei eles discutindo sobre káká e outros e segui pro supermercado: preciso comprar uma panela. Acho que hoje rola meu primeiro jantar em casa por aqui
=)
Ontem, no supermercado, eu conheci uma família colombiana. No meio da conversa, falei que tava meio perdido e tal e tals..e que vim pra fazer o doutorado em matematica. A senhora me falou na hora " minha filha faz doutorado em matemática tbm!!!"
Aí fiquei mto feliz mesmo... sério, me senti acolhido na hora!! Eu, ali, no meio daquele monte de gente falando mandarin... conversamos sobre uns detalhe sque tenho que resolver ainda: cartão da universidade, celular etc etc.. e sobre bicicletas. quero muito comprar uma. Ela me indicou entao um lugar chamado " the bicycle project", onde eu poderia comprar uma bicicleta usada.
Saí no outro dia cedo pra ir la... passei por uma pracinha linda, onde perguntei pra uma mulher onde era o tal lugar... ela me explicou falando extremamente rápido, crente que eu era um americano.. nao entendi mta coisa. Aí um cara meio hippie, daqueles que andam pela galeria do rock, todo rasgado e tatuado, me chamou, perguntando onde eu gostaria de ir... ele estava lá, sentado no chão, com um laptop apoiado no banco da praça. Ele me perguntou onde eu gostaria de ir, pq ele poderia ver na internet num mapa (tem uma rede aberta pra quem quer usar na rua, acho) e me ajudar a chegar lá
Me falou depois que o lugar que eu queria ir era bem legal, que eu poderia conseguir uma bicicleta sem pagar nada... q se trata de uma especie de projeto voluntário..algo do tipo.. não tinha idéia até então. Mas de fato, era tudo o que eu precisava: economizar dinheiro (ainda mais depois dos $170 que eu tive que pagar de hotel na primeira noite, pq cheguei tarde demais aqui, nao conseguindo pegar as chaves do ape). Fui la e vi.
O projeto que funciona mais ou menos assim: se vc tem uma bicicleta velha, uma roda, um aro, qqr coisa que já esteve numa bicicleta, vc pode deixar la como doação; as pessoas podem passar lá, ver o que lhes é útil, e pegar pra utilizar, desde que façam o conserto ali. Se vc quiser um frame (aquela parte onde vai roda e guidão) ou vc deve comprar ou vc pode pegar de graca, contantop que trabalhe como voluntario pra eles por 3 horas. E vc aidn apode agendar o seu horario de trabalho.
Não deu outra: escolhi um frame e, mudando todos os meus planos de ir ao mercado e isso e aquilo, já fiquei por lá, construindo minha bicicleta. Um bloomingtoniano ficou me ajudando a construi-la. Tive que colocar o pneu no frame, montar aquela paradinha onde passa a correia das marchas... ajustar freio, escolher um aro e montar um pneu (isso mesmo: desde a camara de ar )... e fiquei lá até umas 3 da tarde. Mas não terminei ainda: sábado que vem eu volto lá (não funciona todos os dias, pq é um projeto voluntário; não há empregados)
Falei pros caras que queria exportar a ideia,mas eles so riram e falram que a idéia é antiga. No final todo mundo ficou me perguntando pq o Brasil nao ganhou a copa... logo pra mim ....
..deixei eles discutindo sobre káká e outros e segui pro supermercado: preciso comprar uma panela. Acho que hoje rola meu primeiro jantar em casa por aqui
=)
A incrível história do biscoitinho da sorte e ainda mais uma, de um menino perdido
Saudações, bloomingtonianas!!!
Ok ok.. não quero perturbá-los com os meus problemas como um estrangeiro aqui nos eua... mas de fato, eu tenho tido alguns problemas, da mesma forma que tenho recebido coisas boas. O maior dos problemas, e isso não tem nada a ver com o lugar que eu estou (mais ou menos, na verdade), é a saudade: tenho mta saudades da minha mãe, da família, dos amigos...
O primeiro dia não teve graça, pq foi mto chegar e arrumar algumas coisas (como por exemplo, hotel). Só fiz isso, além de sair pra comer num mexicano fast-food (que não era ruim..foi o mais próximo de uma comida saudável que eu consegui). No segundo dia as coisas começaram a acontecer de fato: tanto que parece que meu dia durou uma semana, de tanta coisas que eu fiz: pegar chave da casa nova, ir no mercado, pegar uma corzinha no sol daqui.... etc etc...
Ééééé.... acreditem, tá fazendo uns 35 graus aqui... calor infernal, que me lembra o verão carioca. Não estou brincando!!!! Abafado que só. Aí, se vc acrescenta o horário de verão.. vixe, o dia acaba escurecendo 'as 21.. e vc toma sol o dia todo.
Ontem, lá pr'umas 20 hs eu resolvi sair pra jantar. Na verdade tinha chegado do mercado feliz pra caramba: havia comprado tomates e batatas, alem de granola e banana. Caminhava e pensava: "eba, amanhã vou poder comer banana com granola!". Panela eu ainda nao tinha, nao daria pra cozinhar nada. Pensei, sabiamente : " vou sair pra jantar no mexicano ". em essencia é a comida "menos pior" de todas =)
Saí andando... aind aclaro, mas o sol se pondo..ruas vazias.. carros e mais carros. Cena de filme de serial killer. Aquelas casinhas bonitinhas, árvores, ruas escuras... andei umas 10 quadras. Qdo vi que estava mto escuro, e eu temendo pela minha seguranca ( as ruas estavam vazias mesmo!!!) eu me virei e voltei; andei as 10 quadras na volta e só vi um casal jogando bola num campo de futebol e dois homens no outro lado da rua
Resolvi então comer no chines. Por sinal , aqui tem tanto, mas tanto chines, que eu me sinto na terra deles. Sério! Hoje, por exemplo, eu fui ao supermercado . Na volta eu estava no ponto esperando o onibus e contei; a equação é esta:
40 chineses no ponto + um casal de indianos + eu = gente no ponto de onibus
Mas voltando, fui no chines e pedi um yakisoba:
"We don' t have yakisoba"
Ai eu tive que apelar, pedindo algo que mais se aproximasse de um yakisoba
"We have Lo Mein"
..e lá fui eu de Lo Mein... voltei pra casa, bem escuro já, e lembrei do meu cafe da manha: pelo menos esse vai ser decente!
mas entao me lembrei que nao tinha talheres... Nenhunzinho! Puts..como ia comer minhas bananas com granola no dia seguinte? Porra.. fiquei mto puto..me senti mto fragil... mais fragil ainda do que aquele garoto que andava nas ruas escuras de uma cidade do interior, temendo algum ser perverso que poderia estar escondido dentro de qqr furgao (aqui tem varios rsrs)
Cheguei em casa, comi meu Lo Mein sentado sozinho na sala... nenhuma mobilia:
eu + Lo Mein + luz da rua +
+geladeira perto da cozinha = todo mundo jantando quieto
Via o garfinho de plastico do Lo Mein, vagabuuuundo.. nao aguntaria ateh o fim do jantar sem quebrar.
Nao quebrou. Mas nao resistiria a tentativa de amassar uma banana
Fui pra cozinah lavar a louça; triste.. Vi o garfinho de plastico do Lo Mein de novo...
tristeza.
Saudades de casa.
Abri de novo o saco plástico onde veio o Lo Mein: 2 saches de shoyu (?)... um biscoitinho da sorte com um desenho amarelo por fora. Abri, tirei o papel de dentro e comi o biscoitinho... não o comi pensando em ter sorte, mas o comi, mastigando lentamente a refeição tao dificil de ser obtida. Peguei o papel e li
" Learn chinese!!!! (algo incompreensivel)
(812) um teleonfe bizarro"
Virei o papel:
" Use what you have been given"
Merda... biscoitinho da sorte que fala da minha vida ingrata.
Lavei o garfinho do Lo Mein pro dia seguinte, na esperanca de que ele funcionasse.
De fato, deu certo. =)
Mas hoje a noite eu vou ver de pedir uns talheres emprestados com uns indianos que moram no terreo... eles parecem legais, pelo menos
Ok ok.. não quero perturbá-los com os meus problemas como um estrangeiro aqui nos eua... mas de fato, eu tenho tido alguns problemas, da mesma forma que tenho recebido coisas boas. O maior dos problemas, e isso não tem nada a ver com o lugar que eu estou (mais ou menos, na verdade), é a saudade: tenho mta saudades da minha mãe, da família, dos amigos...
O primeiro dia não teve graça, pq foi mto chegar e arrumar algumas coisas (como por exemplo, hotel). Só fiz isso, além de sair pra comer num mexicano fast-food (que não era ruim..foi o mais próximo de uma comida saudável que eu consegui). No segundo dia as coisas começaram a acontecer de fato: tanto que parece que meu dia durou uma semana, de tanta coisas que eu fiz: pegar chave da casa nova, ir no mercado, pegar uma corzinha no sol daqui.... etc etc...
Ééééé.... acreditem, tá fazendo uns 35 graus aqui... calor infernal, que me lembra o verão carioca. Não estou brincando!!!! Abafado que só. Aí, se vc acrescenta o horário de verão.. vixe, o dia acaba escurecendo 'as 21.. e vc toma sol o dia todo.
Ontem, lá pr'umas 20 hs eu resolvi sair pra jantar. Na verdade tinha chegado do mercado feliz pra caramba: havia comprado tomates e batatas, alem de granola e banana. Caminhava e pensava: "eba, amanhã vou poder comer banana com granola!". Panela eu ainda nao tinha, nao daria pra cozinhar nada. Pensei, sabiamente : " vou sair pra jantar no mexicano ". em essencia é a comida "menos pior" de todas =)
Saí andando... aind aclaro, mas o sol se pondo..ruas vazias.. carros e mais carros. Cena de filme de serial killer. Aquelas casinhas bonitinhas, árvores, ruas escuras... andei umas 10 quadras. Qdo vi que estava mto escuro, e eu temendo pela minha seguranca ( as ruas estavam vazias mesmo!!!) eu me virei e voltei; andei as 10 quadras na volta e só vi um casal jogando bola num campo de futebol e dois homens no outro lado da rua
Resolvi então comer no chines. Por sinal , aqui tem tanto, mas tanto chines, que eu me sinto na terra deles. Sério! Hoje, por exemplo, eu fui ao supermercado . Na volta eu estava no ponto esperando o onibus e contei; a equação é esta:
40 chineses no ponto + um casal de indianos + eu = gente no ponto de onibus
Mas voltando, fui no chines e pedi um yakisoba:
"We don' t have yakisoba"
Ai eu tive que apelar, pedindo algo que mais se aproximasse de um yakisoba
"We have Lo Mein"
..e lá fui eu de Lo Mein... voltei pra casa, bem escuro já, e lembrei do meu cafe da manha: pelo menos esse vai ser decente!
mas entao me lembrei que nao tinha talheres... Nenhunzinho! Puts..como ia comer minhas bananas com granola no dia seguinte? Porra.. fiquei mto puto..me senti mto fragil... mais fragil ainda do que aquele garoto que andava nas ruas escuras de uma cidade do interior, temendo algum ser perverso que poderia estar escondido dentro de qqr furgao (aqui tem varios rsrs)
Cheguei em casa, comi meu Lo Mein sentado sozinho na sala... nenhuma mobilia:
eu + Lo Mein + luz da rua +
+geladeira perto da cozinha = todo mundo jantando quieto
Via o garfinho de plastico do Lo Mein, vagabuuuundo.. nao aguntaria ateh o fim do jantar sem quebrar.
Nao quebrou. Mas nao resistiria a tentativa de amassar uma banana
Fui pra cozinah lavar a louça; triste.. Vi o garfinho de plastico do Lo Mein de novo...
tristeza.
Saudades de casa.
Abri de novo o saco plástico onde veio o Lo Mein: 2 saches de shoyu (?)... um biscoitinho da sorte com um desenho amarelo por fora. Abri, tirei o papel de dentro e comi o biscoitinho... não o comi pensando em ter sorte, mas o comi, mastigando lentamente a refeição tao dificil de ser obtida. Peguei o papel e li
" Learn chinese!!!! (algo incompreensivel)
(812) um teleonfe bizarro"
Virei o papel:
" Use what you have been given"
Merda... biscoitinho da sorte que fala da minha vida ingrata.
Lavei o garfinho do Lo Mein pro dia seguinte, na esperanca de que ele funcionasse.
De fato, deu certo. =)
Mas hoje a noite eu vou ver de pedir uns talheres emprestados com uns indianos que moram no terreo... eles parecem legais, pelo menos
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Em Cont(r)o-ibuição # 3
[Dando continuidade]
Por um segundo se sentiu como um deus. Isso: deus...
Deus de sua própria existência,
deus das formigas,
das pessoas que atravessavam a rua correndo, levando suas compras de supermercado pra casa,
de seus próprios ais,
deus de todos os seus uis
deus do desdém que nutria por todos que o cercavam naquele momento.
seguiu andando
[poc....]
[...]
[poc...]
[Ele dá passos lentos e compassados]
[Ele parece raciocinar muito a cada um deles]
Ouve um zumbido que gradativamente aumenta e o ensurdece, misturando-se com o canto dos pássaros
[Uma ambulância]
".. odeio essas sirenes, esses ruidos.."
segue caminhando.Agora, descompassado, de maneira mais comedida e pesada. Anda como se fosse uma árvore, cujas raízes foram cimentadas.
[ruídos]
[buzina]
[poluição]
[um quintal com uma galinha d´angola]
[uma sequência de casas simples]
Passa diante de várias casas simples, as quais nunca havia notado que estavam ali (mesmo tendo passado tantas e tantas vezes por aquela rua). Ouve uma música vindo de uma das casas, saindo suavemente pela janela.
[começar a ouvir a partir de 28 segundos]
Olha para o portão
[o portão está aberto]
Mas não pensa que o portão está aberto, como descrito acima, e sim que o portão não está fechado. Pára e reflete sobre a diferença entre um portão aberto e um que não está fechado.
Não avança... em pensamento. Em movimento.... Em essência, os dois só servem para que as pessoas passem por ele.
Olha para os lados para ver se alguém o ouviu.
Adianta-se sobre o portão.
Passa por ele e fecha o ferrolho, seguindo normalmente para dentro da casa, seguindo a música, como se esta o convidasse a entrar.
Por um segundo se sentiu como um deus. Isso: deus...
Deus de sua própria existência,
deus das formigas,
das pessoas que atravessavam a rua correndo, levando suas compras de supermercado pra casa,
de seus próprios ais,
deus de todos os seus uis
deus do desdém que nutria por todos que o cercavam naquele momento.
seguiu andando
[poc....]
[...]
[poc...]
[Ele dá passos lentos e compassados]
[Ele parece raciocinar muito a cada um deles]
Ouve um zumbido que gradativamente aumenta e o ensurdece, misturando-se com o canto dos pássaros
[Uma ambulância]
".. odeio essas sirenes, esses ruidos.."
segue caminhando.Agora, descompassado, de maneira mais comedida e pesada. Anda como se fosse uma árvore, cujas raízes foram cimentadas.
[ruídos]
[buzina]
[poluição]
[um quintal com uma galinha d´angola]
[uma sequência de casas simples]
Passa diante de várias casas simples, as quais nunca havia notado que estavam ali (mesmo tendo passado tantas e tantas vezes por aquela rua). Ouve uma música vindo de uma das casas, saindo suavemente pela janela.
[começar a ouvir a partir de 28 segundos]
Olha para o portão
[o portão está aberto]
Mas não pensa que o portão está aberto, como descrito acima, e sim que o portão não está fechado. Pára e reflete sobre a diferença entre um portão aberto e um que não está fechado.
Não avança... em pensamento. Em movimento.... Em essência, os dois só servem para que as pessoas passem por ele.
[em voz alta]
"E assim o permitem, pois não há amarras que contenham o correr de suas dobradiças"
Olha para os lados para ver se alguém o ouviu.
Adianta-se sobre o portão.
Passa por ele e fecha o ferrolho, seguindo normalmente para dentro da casa, seguindo a música, como se esta o convidasse a entrar.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Em Cont(r)o-ibuição
A idéia é as pessoas irem contribuindo com texto nos comentários ou em seus próprios blogs. Quem for fazendo isso, vá passando os links pra mim, ou os deixe nos comentários dos posts aos quais vcs derem continuidadde.
Então você me diz do seu sapato apertado. Mas, sinceramente, não quero mais saber.
Realmente, sua vida de casado já não lhe valia de mais nada.
Era um infeliz.
Um grande e infeliz, personagem coadjuvante na vida da sua família. Familia esta cujo amor parecia não receber ou sentir. De fato, nem sabia se amava seus filhos mesmo. Mesmo sua esposa, cachorros,sua casa e seu carro novo.
Pensou em se matar. Isso! Se mataria à tardinha... só deveria ir ao banco pagar a conta e luz antes.
"Idiota!"
Condenou-se pelo último pensamento.. onde já se viu: ir ao banco, pagar uma conta e se suicidar?
"Idiota".. repetiu para si mesmo, de maneira mais tímida
Era um infeliz.
Um grande e infeliz, personagem coadjuvante na vida da sua família. Familia esta cujo amor parecia não receber ou sentir. De fato, nem sabia se amava seus filhos mesmo. Mesmo sua esposa, cachorros,sua casa e seu carro novo.
Pensou em se matar. Isso! Se mataria à tardinha... só deveria ir ao banco pagar a conta e luz antes.
"Idiota!"
Condenou-se pelo último pensamento.. onde já se viu: ir ao banco, pagar uma conta e se suicidar?
"Idiota".. repetiu para si mesmo, de maneira mais tímida
terça-feira, 27 de julho de 2010
A estalagem da razão: sobre agulhas, alfinetes, Index theorem e linhas
"A meio caminho entre a fé e a crítica está a estalagem da razão. A razão é a fé no que se pode compreender sem fé; mas é uma fé ainda, porque compreender envolve pressupor que há qualquer coisa compreensível."
Fernando Pessoa - Livro do desassossego
Caramba, como tem ésses a palavra desassossego, não? Desassossego é estado comum entre aqueles que buscam alguma luz pr'aquilo que não compreendem. Ou algo que se pareça com o que acabei de dizer... provável que seja outra coisa, mais profunda e densa
Sempre penso no quão incerto é essa coisa de fazer matemática. Certamente há uma filosofia por traz disso tudo. Uma não, várias; onde se mistura a filosofia de trabalho com a filosofia de vida. São coisas indissociáveis. As dúvidas, começar por onde, se preocupar com o que...
Por algumas noites antes de dormir eu peguei um artigo incrível do Michael Atiyah para ler, um que saiu no Mathematical intelligencer de 1984 (eu não havia nem nascido ainda). Incrível as concepções dele à respeito da ciência. Mas a parte que talvez mais tenha me impressionado foi a que ele fala sobre a intuiçao. O reporter pergunta pra ele:
"quando o sr está trabalhando o sr sabe dizer que um resultado é verdade mesmo antes de tê-lo provado?"
Eu li isso e na hora me lembrei do meu orientador de iniciação científica na faculdade, que era um físico experimental. Ele vivia me falando sobre como a física e a matemática, ciências dedutivas, flertavam com a natureza indutiva do ser humano... ele não falava bem isso, mas era o que eu entendia =)
Mas voltemos... o Atiyah dá uma resposta incrível :
"Para começar a responder a sua pergunta eu devo primeiro dizer que não trabalho tentando resolver problemas. Se me interesso por algum topico então eu só tento entendê-lo; eu vou e penso sobre ele, tentando cavar mais e mais fundo. Se eu compreendo,então eu sei o que é certo e o que não é. Claro, é possível que sua compreensão esteja errada e vc pensa que entendeu uma coisa mas realmente vc estava errado. Uma vez vc sente que vc realmente entendeu uma coisa e tem experiência o bastante com aquele tipo de questão por meio de vários e vários exemplos e por meio de conexões com outras coisas, vc tem uma intuição à respeito q está rolando e oque deve ser verdade. Mas como provar isso de verdade? Isso pode levar um longo tempo. O Index theorem, por exemplo, foi formulado e nós sabíamos que deveria ser verdade. Mas levou alguns anos para o provarmos... Eu não dou muita atenção para a importância de provas. Eu acho que o mais importante é entender uma coisa"
E esse final me lembra um conto do machado de assis, que é uma agulha e uma linha conversando. Me vem à mente este conto pela ingenuidade da agulha. Não me lembro qual delas fica falando..acho que a agulha, fazendo troça com a linha:
"- Viu, a senhora é que me segura, eu é que abro caminho entre as tramas do tecido, eu que faço e aconteço..."
E a linha só quieta.
Aí termina a costura e a linha vira pra agulha e fala:
"- ....Mas quem é que agora vai sair pra festa e quem é que vai voltar pra caixa de costura? "
Vou tentar viver mais como linha e deixar de me comportar como uma agulha (e menos ainda, como um alfinete). É sempre muito complicado ver oque é essencial e importante e correr atrás daquilo. Do contrário, a vida passa pela gente e nós não a aproveitamos; as idéias passam voando -como um bando de borboletas - ao nosso lado e não as agarramos.
Ainda devo o post sobre o Poincaré. Não fiquem ansiosos
=)
segunda-feira, 26 de julho de 2010
MDM e despedida
Saudações cariocas!!!
Possivelmente as últimas aqui da minha casa no Rio: dia de mudança, ouvindo MDM do Charles Mingus - de estourar os tímpanos e obstruir as artérias.
É....acho que eu só queria dizer isso mesmo; depois de várias últimas noites lindas no Rio- cidade que vai me deixar muita, mas muita saudades mesmo - ao lado de amigos: pessoas que eu aprendi a gostar, amar e conviver (e suportar rsrs)
Eu sigo adiante e o chacrinha continua balançando a pança: a próxima parada do samba-rave é os E.U.A.
=)
Possivelmente as últimas aqui da minha casa no Rio: dia de mudança, ouvindo MDM do Charles Mingus - de estourar os tímpanos e obstruir as artérias.
É....acho que eu só queria dizer isso mesmo; depois de várias últimas noites lindas no Rio- cidade que vai me deixar muita, mas muita saudades mesmo - ao lado de amigos: pessoas que eu aprendi a gostar, amar e conviver (e suportar rsrs)
Eu sigo adiante e o chacrinha continua balançando a pança: a próxima parada do samba-rave é os E.U.A.
=)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Django
Olá, pessoas felizes
Ontem vi um filme que me fez recordar aquelas músicas com influência cigana que o Django Reinhardt tocava. Aprecio muitíssimo o trabalho dele, que teve uma história de vida cheia de meandros. O filminho abaixo tem a trilha sonora muito boa, feita pelo Benoît Charest ( o mesmo que fez a trilha sonora do "Biciletas de Bellevelle"). O enredo do curta por si só já valeria, ainda mais a parte que trata da relação entre diferentes classes sociais e da exploração de pessoas mais pobres pelos mais ricos.
Engraçado ter ouvido a música, o trem "voando", as pessoas vendendo suas peças de roupa, a fumaça saindo da chaminé (a do trem é chaminé tbm?)... No mesmo instante me lembrei das horas em que eu ficava fazendo minha monografia de faculdade, ouvindo o Stephane Grappelli e o Django improvisando um monte e eu lá, em cima de um livro de estabilidade hidrodinâmica e hidromagnética... o que foi um momento tão e tão repetido e cheio de descobertas na minha vida que o Django apareceu nos agradecimentos do trabalho (para vcs verem como eu era um sem noção, não agradeci nem à minha família ou à então namorada... eu era mto irracional rsrs)
Divirtam-se.
Ontem vi um filme que me fez recordar aquelas músicas com influência cigana que o Django Reinhardt tocava. Aprecio muitíssimo o trabalho dele, que teve uma história de vida cheia de meandros. O filminho abaixo tem a trilha sonora muito boa, feita pelo Benoît Charest ( o mesmo que fez a trilha sonora do "Biciletas de Bellevelle"). O enredo do curta por si só já valeria, ainda mais a parte que trata da relação entre diferentes classes sociais e da exploração de pessoas mais pobres pelos mais ricos.
Engraçado ter ouvido a música, o trem "voando", as pessoas vendendo suas peças de roupa, a fumaça saindo da chaminé (a do trem é chaminé tbm?)... No mesmo instante me lembrei das horas em que eu ficava fazendo minha monografia de faculdade, ouvindo o Stephane Grappelli e o Django improvisando um monte e eu lá, em cima de um livro de estabilidade hidrodinâmica e hidromagnética... o que foi um momento tão e tão repetido e cheio de descobertas na minha vida que o Django apareceu nos agradecimentos do trabalho (para vcs verem como eu era um sem noção, não agradeci nem à minha família ou à então namorada... eu era mto irracional rsrs)
Divirtam-se.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Davi e Golias - continuando
Acabei de me lembrar de um filminho mto bom que eu vi uma vez. Não chega a ter muito a ver com a história de Davi e Golias, na linha do que citei no post anterior. Fala mais sobre o poder, um leão -rei da selva- como um déspota e por aí vai.
Acho que vcs vão gostar.
Acho que vcs vão gostar.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Davi e Golias
A única coisa que eu sei sobre Davi e Golias é que um matou o outro na mão mesmo; nada de pactos, napalms, agente laranja, tiro de bazuca, soco no coração... ouço sobre esta batalha e me vem tbm a imagem daquela foto do Fidel Castro, creio que sob os pés do George Washington.
Esta noite eu sonhei que um amigo arrumava uma encrenca numa padaria (o mesmo amigo da lasanha...aquele post antigo), e que então vários e vários caras vieram pra cima dele, mesmo depois de vários pedidos de desculpas da sua parte. Como eu estava perto e não estava entendendo, fui para o meio da briga para apartá-la. Havia um rapaz do meu tamanho, que eu derrubei, mas quando olhei para trás de mim, havia um gigante... um cara com uns 6 metros de altura, muuuuito grande. Suas pernas pareciam charutos cubanosbem grossos, enrolados numa calça jeans. O corpo em si, se compararmos o tamanho das pernas que eu descrevia agora, era bastante desproporcional, oque só me assustou mais ainda.
Meus olhos percorreram do chão à sua cabeça, demorando muito para passar pelas pernas gigante, encharutadas na calça que descrevi acima. Ele era um negro sorridente. E tinha uns dreads... (curioso, né?)
Senti muito medo. Na verdade, senti medo somente enquanto meus olhos viam a imensidão do seu corpo. Eu pensava " pqp, olha o tamanho do cara que quer bater na gente!!". Mas depois eu fiquei calmo, e vi que a melhor forma de ganhar do gigante era o tendo como amigo.
....vejo o gigante agachado para conversar comigo. A estatura dele, mesmo nessa posição, dava uns três metros de altura. Eu lhe disse qualquer coisa, ele riu, levantou. Eu fiz um joinha pra ele e ri tbm. Vi que ele tinha ido com a minha cara, e que a batalha estava terminada.
Acordei, tomei meu café da manhã.....
...e saí para matar um outro gigante.
Desta vez, cheio de confiança.
=)
Esta noite eu sonhei que um amigo arrumava uma encrenca numa padaria (o mesmo amigo da lasanha...aquele post antigo), e que então vários e vários caras vieram pra cima dele, mesmo depois de vários pedidos de desculpas da sua parte. Como eu estava perto e não estava entendendo, fui para o meio da briga para apartá-la. Havia um rapaz do meu tamanho, que eu derrubei, mas quando olhei para trás de mim, havia um gigante... um cara com uns 6 metros de altura, muuuuito grande. Suas pernas pareciam charutos cubanosbem grossos, enrolados numa calça jeans. O corpo em si, se compararmos o tamanho das pernas que eu descrevia agora, era bastante desproporcional, oque só me assustou mais ainda.
Meus olhos percorreram do chão à sua cabeça, demorando muito para passar pelas pernas gigante, encharutadas na calça que descrevi acima. Ele era um negro sorridente. E tinha uns dreads... (curioso, né?)
Senti muito medo. Na verdade, senti medo somente enquanto meus olhos viam a imensidão do seu corpo. Eu pensava " pqp, olha o tamanho do cara que quer bater na gente!!". Mas depois eu fiquei calmo, e vi que a melhor forma de ganhar do gigante era o tendo como amigo.
[Neste pedaço, como todo bom sonho,
as coisas deixam de fazer muito sentido
e seguem meio descontínuas para
a parte que descrevo abaixo]
....vejo o gigante agachado para conversar comigo. A estatura dele, mesmo nessa posição, dava uns três metros de altura. Eu lhe disse qualquer coisa, ele riu, levantou. Eu fiz um joinha pra ele e ri tbm. Vi que ele tinha ido com a minha cara, e que a batalha estava terminada.
Acordei, tomei meu café da manhã.....
...e saí para matar um outro gigante.
Desta vez, cheio de confiança.
=)
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