Well well well... nem um, nem outro: nem na chuva, nem encharcado em poesia. QUEM ME DERA!
Não, por aqui tudo na mais prosaica mesmice, exceto que.... finalmente me vejo livre de zeros e uns. Vida que deixa de ser binária, ao menos por um tempo: acabo de me livrar do meu artigo e submetê-lo.
Caramba... deu até um frio na barriga!
Fiquei me perguntando o porque: me lembrei do primeiro, também sozinho, eu me sentindo perdido, sem confiança de que aquilo poderia funcionar... cheio de dúvidas quanto à qualidade do produto... um momento de exposição ao mundo... bem parecido com o que senti na última vez que escalei, a uns 20 metros de altura, prestes a ficar exposto num flanco de uma montanha, atrás de mim somente o nada, acima de mim nada, abaixo de mim somente chão e uma corda passando por um carabiner.
Quem te segura?
Quem segura tua mão?
Ansiogênico, um tanto angustiante. Curioso que parei em alguns momentos pra tentar entender oque se passava, e me vieram lembranças de primeiro dia de escola nova, do tal primeiro artigo submetido sozinho, de tantas outras coisas.... viver e se submeter ao novo... será que vivo sob este lema? Acho que não, tenho quase certeza que não.
Mas porque? Porque não ir atrás das novidades, do que há de diferente, de obscuro, de interessante? Porque ficamos no que conhecemos, cercado de rostos conhecidos, adicionando "epsilons" (pra não matemáticos, "grãos de areia") àquilo que já sabemos? O fazemos por medo, por curiosidade diante daquilo que fazemos, por genuinamente termos interesse no que fazemos, ou por que é oque sabemos fazer?
Não sei, simplesmente não sei... só sei que o que fiz agora é página virada. Sinto começar uma nova época.
["uma nova era"... imagine cristais descendo do teto]
[eu com uma bata colorida.. :P ]
Um novo momento onde, por algum tempo posso ousar, me permitir fazer outras coisas, priorizar outras coisas. Ou melhor: priorizar-me!
Foi curioso... até 5 minutos atrás, quando cliquei no "submit", meu coração se enchia de medo, de ansiedade, de dúvidas... Já agora.... essa névoa se dissipou. Foi o primeiro dia de escola em que descobri que ninguém ali falava chinês durante as aulas, ou que na carteira ao lado se sentava alguém legal... Muito interessante sentir isso de novo, essa angústia de ter que me bancar diante do desconhecido, sem qualquer respaldo, sem ser introduzido por alguém, sem ser amigo do rei (grande Bandeira!), e mesmo assim... preparando o terreno para me sentir em casa.
Como um grande círculo, volto para o mesmo lugar... com o corpo cansado diante da volta que dei.
Colocar a cabeça pra fora da janela.
Ir, ver, e voltar.
Talvez viver e aprender seja um pouco de cada uma dessas coisas.
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