Hoje estava ouvindo este podcast do qual gosto muito. Ouvi a estória e me lembre de tantos long distances pelos quais passei. Me lembrei de uma análise mais recente sobre a qual li que fala sobre "visões de fora" para se analisar um evento do qual fazemos parte: será que esse barco vinga ou afunda?
Pensei na parte do podcast que o entrevistado discursa sobre all or nothing...algo finalmente sair do papel ou deixar de acontecer por completo. Pensei na hora em algo totalmente não relacionado, no "all-or-nothing" das equações que tenho estudado... será que até aqui a (minha) vida é binária?
Oque o artigo fala é que temos um viés otimista, sempre achamos que amamos o bastante e mais do que o necessário pra levar uma empreitada adiante, que temos mais energia do que a necessária pra terminarmos uma tarefa.. mas quando pensamos estatisticamente e ouvimos um "1 em cada 89" conseguem... aí encaramos uma grande realidade: alguns ouvem, outros ignoram e acham que "dessa vez é diferente".
Sei lá... não sei se ando pessimista quanto a isso, mas depois de tantos relacionamentos à distância eu tenho até coceira de me imaginar noutra relação como essas. Oque achei mais interessante nessa análise behavioral foi ter um pouco de compaixão ao olhar pra mim mesmo e ver duas coisas: (i) nas primeiras vezes foi justamente pelo motivo acima que caí na falácia acima, e (ii) na última vez foi pra dar continuidade a algo que já existia fisicamente.
Não acredito que nunca mais cairei nisso: as pessoas mudam, se realocam, se distanciam por N motivos. Agora, dizer que busco uma relação do tipo de maneira deliberada e sem ponderar consequencias? De jeito nenhum!
Mas porque escrever sobre, logo agora? Bom... andei pensando sobre: sobre a vida de solteiro, sobre o que é, sobre oque me fez estar solteiro nesse momento. Em diversos momentos pareço reescrever essa narrativa, onde sou um monstro vivendo numa masmorra, solitário e distante do resto do mundo... até que puxo o plug da tomada da imaginação e caio na realidade pra ver que não, há muitas nuances nessa estória que não devem ser ignoradas. Relacionamentos são baseados em micro coincidências espaciais-temporais às quais não podemos ignorar e, acima de tudo, admitir.
... talvez essa seja uma outra faceta do ceticismo do qual falei no post anterior...
Nenhum comentário:
Postar um comentário