Por estes dias fiz 35 anos, como falei no post anterior... ou no anterior do anterior. Que seja, não muda o fato ou a direção da seta do tempo: 35 anos. That's it.
O aniversário em si foi super normal, como muitos aniversários que já passei: um dia como qualquer outro. Saí andando pela cidade e, diante de tantas perguntas de amigos sobre planos, idéias, saídas para comemorar, passava por um monte de gente e me perguntava "-porque que este dia há de ser um dia especial?"
Me pergunto oque há para ser comemorado e me sinto confuso. Estranho, estranho... guardo um dia que era pra ser "especial" dentro de mim, mas ele não me parece nada de mais. Mais estranho é esse contraste, em andar pela cidade como se guardasse um segredo que outros não sabem, como um homem sentado em ouro, sobre uma montanha de riquezas sem utilidade alguma, num deserto onde todos só pensam em água: de que me vale um dia especial se ele não pode ser compartilhado, ou se ele não tem exatamente valor algum?
De certa forma isso me lembra o Chris Mccandless quando ele lê Tolstoi (acho) e percebe que toda aquela vida que ele levava, longe, distante, autosuficiente, não era o bastante: felicidade só é felicidade quando ela é compartilhada. Passei o dia pensando então oque eu compartilho com o mundo, com os que estão ao meu redor, que tipo de micro-felicidades compartilho com aqueles que me cercam: no dia de hoje, ou mesmo todos os dias. Fiquei na dúvida... não sei muito bem oque é que ofereço pro mundo, oque é esse propósito que alguns vêem em mim e que não acho ser nada, nada mesmo... ou muita coisa.
Em suma: foi um aniversário tranquilo, calmo, reflexivo, e sereno. Vai ver os 35 são isso ....
[ps: pensei em chamar o post "um homem sentado sobre uma montanha de nióbio num deserto", mas achei que a alfinetada política não fosse durar muito longe no tempo :P]
[Bom... assim espero!!]
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