domingo, 18 de agosto de 2019

Job interview -- final sem ter final (e que continuará sem um final, ao menos por enquanto)


[Bird Of Paradise Courtship Spectacle | Planet Earth | BBC Earth]

Éééé pessoal... dessa vez não rolou...

"-We have an immediate demand in the area..." 


Bom.. pra começar teve toda a enrolação em me darem uma resposta; dado isso comecei a achar que não iria rolar...  acrescenta-se então essa frase acima e...  assim que ouvi percebi na hora que não iria vir oferta alguma. Sim, sim...  a entrevista foi boa, o pessoal gostou da criatividade da minha resposta 

"-very non-standard..." (oque perguntei, era positivo) "...most of people stop at a certain point, but you went beyond that"

mas... definitivamente, talvez hesitaram, achando que eu não supriria uma demanda imediata (bom, eu fui honesto em dizer que não tinha muita experiência com algumas coisas específicas que me perguntaram, apesar de conhecê-las por alto). Enfim... acabou assim.... ou melhor, nada acabou: a busca continua.

Ao longo desse processo de cortejo mútuo, faz-se vista grossa para diversos pequenos detalhes. 

"-Ahhh, ele(a) foi bruto, e não gostei, mas tudo bem.. no começo a gente releva".... 

já ouviu isso? Eu já, algumas vezes; logo no começo dessa busca por emprego um amigo mais experiente fez essa analogia entre entrevistas e "dates". Na hora me lembrei desse video dos passarinhos machos (eu) se esgoelando e mtruques e malabarismos para seduzinr uma fêmea (empresa): realmente, há muito mesmo em comum. Mas não é bem sobre esse aspecto que quero falar; quero chegar no seguinte fato: haviam diversas coisas no decorrer das entrevistas, deste "date/cortejo" empregatício, que estavam me deixando meio de pé atrás: 

"- Ok, vocês fazem pesquisa? Posso ver os artigos que publicaram?"  

A resposta veio gaguejada.. 

"- ...claro, claro, sêo Momo...a gente te envia". 

Mas claro(!!!) que não enviaram. 

Adiante, já na última fase, quando (delicadamente) "cobrei", recebi no meu email... o jornalzinho da empresa "- temos uma nova máquina de café!"... bom...não exatamente oque eu queria....  Ou o momento em que tentaram me impressionar com números: 

"- temos 50 milhões de artigos!!"

ao que repliquei 

"-ótimo!!! Mas quantos pesquisadores vocês tem mesmo...?" 

oque foi seguido imediatamente de outro gaguejo, pois os números não eram tão impressionantes assim.

Em resumo: não acho que deva ficar fazendo vista grossa diante de coisas que pareçam pequenas. A cegueira é um mal mesmo, e não se pode tapar o sol com a peneira. "Ahhh, mas e se tivessem te feito uma oferta?!" Olha... ninguém vive no mundo ideal, certamente... mas há coisas a se aprender nesse processo. Certamente, no meu afã de sair do Japão e encontrar um emprego que goste não acho que deva me violar brutalmente, sair aos tropeços aceitando oque vier pela frente para, no fim das contas, simplesmente substituir um problema por outro.

Eeee.... é isso, pessoal. Não me deixar abater diante de cada não que recebo e ouço (e te fato, eles têm "piled up")... mas crescer e tentar é isso: ser complacente diante dos próprios erros e fracassos, mas trabalhar para superá-los.

[Em resumo: a saga continua]

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