Bom... em tempos de tropeços, de ouvir muitos "nãos", de me perder embananado¹ diante das difíceis entrevistas que devo encarar adiante de mim, é momento de dar uma repaginada, refletir sobre oque deu errado, sobre oque deu certo, sobre oque deve ser feito para se melhorar meu apelo diante de possíveis empregadores (como os passarinhos deste post)
É interessante também notar que o desafinar também é relativo. Eu sempre me lembro do João Gilberto cantando "desafinado": o eterno contraste entre o tempo forte da voz dele, e o tempo do violão, sempre um tantinho "fora de fase"...a grande graça no andar de duas coisas que parecem não bater uma com a outra, mas que no fim das contas se harmonizam e, de um jeito ou de outro, se encontram. E não só no final, mas de tempos em tempos ao longo das suas trajetórias.
[Desafinado, João Gilberto]
Oque não quer dizer que eu possa brincar de micro-desafinações como o senhor João Gilberto Prado Pereira de Oliveira²: hora de (re)afinar as cordas e mostrar que desse instrumento sai sim boa música. E outra: lembrar-me que tropeçar não é ruim. Ouvir "nãos" muito menos: são coisas que nos acontecem com mais frequência do que percebemos ou gostaríamos. E de forma alguma fracassar (se é que posso dizer isso) é oque nos define: transformar o fracasso em matéria prima para se crescer e, do alto dos escombros de projetos que não seguiram adiante, poder olhar o mundo mais adiante.
Errar e fracassar é de certo modo isso: poder olhar o mundo de um pouco mais alto.
2 E eu que achava que tinha um nome longo ↩
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