Me lembro de quando cheguei ao rio...talvez se alguém me perguntasse naquela época o que significava morar sozinho (estava sozinho no apê de um amigo meu...o cara da lasanha =) eu diria que é acordar de manhã, ir tomar café sozinho na janela de casa, olhar pro céu e então ver um amontoado de pássaros
v
o
a
n
d
o
em v...ou seja, um amontoado de seres não solitários, que nem voar separadamente voam.
Lembrei disso enquanto ouvia Palestrina ontem, enquanto ia dormir: essa coisa toda de morar sozinho, do café que eu faço pra mim mesmo (como no post das begônias), dos pássaros que passam no céu juntos e nem se dão conta de quanta gente sozinha está abaixo deles... foi um pensamento sobre solidão, mas não de uma pessoa solitária. Uma reflexão, melhor dizendo.
E , pensando num pássaro, acabei por me lembrar de um desenho do sr McLaren. O trabalho do sr Norman McLaren é algo recente pra mim: uma amiga me apresentou a um de seus vídeos e, desde então, eu aprecio o seu trabalho.
Este vídeo é muito bonito. É muito simples: uma musiquinha folclorica que fala de um passarinho que vai perdendo as partes do corpo. Só que no filme do sr McLaren, o passarinho vai ganhando as partes do corpo de novo, só que três partes daquelas... (entenderam? Acho que expliquei mal. Melhor vcs assistirem rsrs)
=)
Um comentário:
eu sei que este pode parecer um comentário bobo, mas tem uma teoria em matemática que tenta entender estes comportamentos animais emergentes. Vou exemplificar para deixar mais claro (ainda mais que isso acontece comumente comigo, que odeio pombos): vc está na calçada, querendo andar , e uns pombos fdp estão ali, sem fazer nada, só comendo o lixo da cidade e perturbando seus moradores. De repente, todos eles levantam vôo, sem nem mesmo rolar o famoso " um, dois, três... e lá vamos nós"
É incrível como isso acontece, e as pessoas tentam identificar estruturas nisso, para poder, entre outras coisas, sincronizar robôs e outras máquinas.
Este comentário foi só pra fazer jus ao "matemáticos" no nome do blog
=)
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