Uma das coisas mais interessantes de se relacionar é descobrir como outras pessoas vivem, como elas gastam seus tempos, como elas passam seus dias. Que delícia, ver como alguém mora: toda pessoa é um universo!
Quando essa mundo superficial de primeiras impressões fica pra trás e chegamos à profundidade do relacionamento - daqueles onde se frequentam casas, conhecem tios, tias e afins - aí adentramos num mundo novo e, de certa forma, numa nova família, regidas por regras e interações muitas vezes inimaginadas. Acima de tudo, é comum a relação vir com agregados, precisamente, mães, pais, irmãos, cachorros etc. Não existe amor no vácuo, a Física dos relacionamentos poderia nos dizer com suas leis. E, de fato, a prática (experimental) mostra isso.
É curioso observar que cada família tem suas regras...como num microcosmos antes nunca estudado, olhamos pra um mundo que se abre em contraste com o que trazemos na nossa bagagem: nossas famílias e seus elos também são um universo estrangeiro para os que vêm de fora.
E dessas explorações, oque podemos tirar? Talvez muito, talvez nada. Claro, uma mordida de cobra, uma jaca que cai de uma árvore ao nosso lado e nos assusta, uma gruta escura onde nunca se vai, os cantos silenciosos. Todo um mundo de novidades nos cerca, nos enche de sons e texturas, regras e sabores até então desconhecidos. Nos percebemos cercados, preenchidos por tantas coisas intangíveis que tentamos tocar, entender pelos nossos olhos e pelos olhos dos nosso parceiros. Até descobrirmos que, no fim das contas, esse universo nunca será realmente o da relação, pois esta ficará sempre numa bolha, a bolha na qual toda relação deve ficar.
Talvez isso seja importante: pra preservar e blindar um novo mundo que nasce de outros mundos já sólidos e de raízes profundas que são as famílias, cheias de vínculos, vícios e virtudes que a que regamos também há de ter.
Mas será que essa bolha estoura?
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