De vez em quando a vida me "presenteia" com palavras farpadas.
Julgamentos e comparações; algumas pertinentes... diversas delas indevidas, outras inadequadas, umas um tanto injustas.. um monte delas dolorosas.
Palavras farpadas que se enrolam no meu corpo e descem rasgando meus ouvidos.
Me dói sentir que mesmo mundos tão próximos ao meu contém doses substanciais de frivolidade e descuido, falta de zêlo que nada de maneira honesta e imatura num mar ainda raso.
Ouço em silêncio e dor, me acolho diante de coisas que nenhuma outra palavra consegue anular... mas abro espaço pra deixar as pessoas alinharem oque dizem com oque fazem: a única forma de mitigarem certas dores que estes nos infligem é dar tempo a elas...e nos dar tempo para poder observar em suas ações aquilo que palavras nunca vão conseguir mascarar quando em desarranjo...
Me aflijo em imaginar que alguns tomam serenidade e paciência por fraqueza... mas me acalmo em pensar que, se for pra ser incompreendigo, então... só a ação do tempo há de fazer efeito, dizendo quais caminhos devo ou não seguir.
Olho em volta, sinto que também me iludi em achar que real sou só eu. A ilusão de achar que só eu tenho inconsistências e descompassos. Não, meus leitores queridos: todos as têm. Everybody hurts... everybody is made up of fragments.... kintsugi, firme e forte juntando peças desde mil novecentos e tanto... a música toca ao meu redor... queria que fosse um jazz, mas é um sertanejo... não... não... melhor mudar de rádio e procurar outra coisa pra ouvir... ou você prefere que eu toque algo pra você ouvir?
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