Acho que esse é o aspecto mais curioso de estar na Alemanha: ser um iletrado, que mal lê, que não entende oque se fala, oque se pergunta, placas, cartas, letras de música, avisos e alertas.
Por outro lado, há o choque cultural... que na verdade mais me está servindo de "lição" e que eu abordo com uma curiosidade quase infantil (de uma criança que descobre um bicho novo no jardim de casa): a funcionalidade. Não existe beleza por aqui, mas funcionalidade. Os teoremas, antes de serem provados de uma maneira bela, são provados da maneira que podem ser provados (desde que corretamente). As paredes(?): escale-as, não pense se da maneira mais bonita. As casas(?): funcionais. Os sorrisos(?): funcionais. As bicicletas(?): velhas, mas funcionais. Os carros(?): quadrados, mas funcionais.É um contraste enorme diante da cultura de onde vim, brasileira, onde a beleza parece imperar diante da eficiência. Ou a americana... (em que o estético se alia ao funcional de maneira consideravelmente avançada). Ou na cultura francesa (ao menos a matemática ): longas divagações filosóficas de teóricos franceses, os teoremas curtinhos e de palavras poucas, as longas filas em órgãos do governo e universidades.... na Alemanha? Que nada... eficiência.
O belo fica sabe-se lá onde. Quem se importa?
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