É de se entender que, enquanto física, nossa vida pode começar em qualquer ponto que ela não deixa de ser outra senão vida - ou uma forma de. Este árduo processo não depende do t_o (dito aqui "tê-zero"), embora as pessoas sempre se esqueçam do quanto já andaram para chegar onde estão: sempre nos parece que começamos hoje, embora este hoje seja fruto de muitos e muitos ontens.
Abaixo, três maravilhosos estudos em lápis carvão entitulados "estudos em lápis carvão feitos enquanto o microondas esquenta minha janta e eu fujo do meu tê-zero"; autor, desconhecido.
[tê-zero te perseguindo]
[tê-zero te procurando atrás de uma moita, enquanto você se esconde atrás da árvore]
[Não seja ingênuo, isso é sério: eles não estão brincando de pique-esconde!]
[Nosso herói, numa manobra hábil, se esconde em cima da mesa, longe dos olhos baixos de tê-zero]
[tê-zero é como um câo sem olfato]
2 comentários:
Esses desenhos, de certo modo, são bem representativos dos momentos que passei essa semana: estou no meio de uma crise de stress foda que corrói meu corpo e me machuca os ombros; amanheço parecendo ter carregado o mundo nas costas ao longo da noite.
Conversas aqui e ali com amigos em diferentes etapas de doutoramento, uns mais pra lá do que pra cá, outros no meio termo, mais outros alguns que se auto-flagelam (tem hífen? )um tanto como eu... enfim, hora de parar pra repensar o trajeto.
É bom anotar isso pra não esquecer; me deram uma outra interpretação pro t_0 que descrevi aqui: não olhar pra trás para ver o quanto se andou é o mesmo que achar que não se saiu do lugar. Achei essa interpretação válida tbm. Talvez mais direta, e talvez equivalente... mas não quero entrar em termos matemáticos aqui: só esse comentário já me valeu um monte =)
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