domingo, 19 de fevereiro de 2012

Pina...



Café Müller, por Pina Bausch

Ainda não entendi ao todo... mas é lindo. Diante da ansiedade, sentir e respeitar o tempo para que as coisas aconteçam...cada cena, cada movimento extremamente pensado, mas com uma fluidez... chego até a dizer orgânica. O abraço estranho como um estado natural dos seres, o beijo forçado como um estado... (no minuto 11, 12)  Não sei ainda; muito oque pensar à respeito.

Um comentário:

Rafael disse...

Estou revendo a cena entre os minutos 11 e 15 agora: me parece que o abraço, como um estado "natural" das coisas, é substituído por um beijo e uma situação idealizada de amor - como nos filmes, em que o homem carrega a mulher no colo e tudo mais. No entanto isso não é o bastante, isso não é real...e as coisas acabam voltando para o seu significado verdadeiro (entenda oque quiser por "verdadeiro"). Será que se trata de carência então? O abraço é o mais significativo dentre todos os gestos. No fim, o abraço é totalmente esquecido, por que o beijo e o ato de pegar/ser pega no colo se torna algo mecanizado. Aí já não existe mais o carinho do abraço, nem o beijo e a beleza exterior de uma cena romântica bastam: as coisas já perderam o sentido.