quinta-feira, 14 de abril de 2011

A mathematical proof of the non-existence of god? (part II) ou " Por onde a gente começa"

... E CLARO...ops.. caps lock maldito...

E claro(!), a gente começa colocando um título extravagante e pomposo, que não diga muita coisa. Por examplo... a gente poderia dar o seguinte título


A mathematical problem Newton could not solve

Embora algo como

Would Newton eat this apple?

também possa ser aceito (depende do journal pro qual vc está escrevendo)


[Ah!!! Esqueci de falar]
[A idéia do post é mostrar como as pessoas passam suas idéias pra frente em matemática]
[No caso, esse vai ser um post no formato artigo]
[Ou um artigo no formato post]

Aí, óbviamente, vc põe o seu nome. Para vc se sentir um leitor ativo, vc poderá escolher um nome dentre os seguintes:


a) Sêo Isaías Asimov,
b) Nilton
c) Alberto Caldeiras
d) Maurício Pé chato

e coloca um abstract, que é um resumão de tudo que vc vai apresentar. Para tornar o post mais legível, e menos passível de erros gramaticais, eu vou colocar tudo na lingua pátria, idolatrada, salve salve, o português. Repare na sutileza das palavras, buscando um tom rebuscado e pomposo

Resumo

Neste artigo-post provaremos de maneira clara e direta  a não existência de Deus. Devida à característica abragente de tal assunto, uma nova técnica - que não se vale de qualquer "blow-up technique"- foi inventada. Os corolários que poderiam ser tirados deste teorema serão legados a uma série de outros posts. 


E tá beleza... Pra começar qqr coisa em matemática, a gente faz uma definição. Que às vezes são mto chatas e longas, mas que são necessárias. Geralmente o professor entra na sala de aula no primeiro dia de um curso e fala: 

"- Eu vou definir o teto como joaninha e o chão como Osvaldo"

 e todo mundo acata, passando a chamar o teto e chão pelos nomes assim definidos (matemáticos geralmente aceitam essas coisas sem muita relutância. Se fosse uma turma de sociologia ou filosofia aposto que iria dar briga).


Definição: Deus é uma variável (não necessariamente humana), 
capaz de todas as coisas que se possa imaginar.


Aí vc continua contando uma história. Geralmente nessas horas você aproveita pra citar todos os seus trabalhos científicos - mesmo os que não têm nada a ver com o assunto - pra aumentar o número das suas citações (no meio acadêmico isso é importante).

A definição acima é certamente mais abragente que a presente em [1], [5], [23]. Os trabalhos de Novijov assemelham-se ao que é apresentado no próximo lema, embora o problema em questão neste post não seja tratado lá. 


Isso por que, quase tudo em matemática já foi provado antes por um russo mto, mas mto foda

Pode-se encontrar referência a tal questão nos trabalhos de [2-21], [31].

Aí vc vai lá pra ver, e tem umas coisas tipo (eu vou usar o autor (a) daqui em diante):

[4] Asimov, Isaías - Existence of non-dissipative travelling waves in donut-shaped asteroid belts, Acta kosmica-mathematika, vol 23- 1948, page 326

Mas tudo bem. Vc segue adiante, e vai pra onde o circo pega fogo, que são os teoremas

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