Por estes dias olhei para a tela do blog. Esta mesma tela que vc deve estar vendo agora:
pálida,
plana,
pálida,
cheia de letrinhas.
Senti que algo diferente acontecia. Meu olhos se mexiam furtivamente, procurando por algo que eu não sabia o que era.
olha pra direita,
olha pro alto,
corre pra cozinha com medo de deixar a comida queimar,
volta correndo e olha pro canto superior, ainda mais superior ( pois está acima do nome do blog)
"blog seguinte"
Incrível que, a curiosidade e, não sei se a lógica, me fez procurar quase que imediatamente por um botão do tipo
"blog antecedente"
Até agora não o achei. De qualquer forma, segui adiante, olhando para o olho mágico dos blogs que só me permitia olhar em uma direção (como todo olho mágico). Fiquei pensando se o blog da frente era um blog vizinho que nunca saberá da minha existência se eu não for lá e disser meu nome e lhe convidar pra uma rodada de truco, chá, bolos... ou uma rodada de cerveja. Devo também ser o vizinho da frente de alguma pessoa que fica a me perscrutar, analizar posts sem sentido sobre lagartixas doentes, mms derretendo etc. Vizinhos de corpo e alma que me são como sombras... dúvidas existenciais (ó, blogosfera cruel!)
Tendo olhado para o blog da frente, parei e pensei no quão chato era isso: olhar e ser olhado. Na verdade, olhar sem ser notado, ser observado sem consentir ou mesmo ter consciência disso. Saí correndo suando, percorrendo os milhares de quilômetros de teclas e letras-obstáculos que me separavam do botão do navegador para voltar à página anterior (caminho este que poderia muito bem ter sido encurtado por um atalho, o qual desconheço)... queria o abrigo do meu blog novamente. No entanto, mais uma vez, a dúvida veio se debater com a minha existência, e não pude senão apertar o botão
"blog seuinte"
novamente.
Como se olhasse duas vezes em nanosegundos de diferença, olho pelo olho-mágico-botão-blog-curioso-seguinte e vejo outra pessoa... outro blog, diferente do que eu acabara de ver!!! Agora uma pessoa mais alta e que usava um chapéu de médico do começo do século 19! Um outro blog, completamente diferente, um outro universo!
Depois deste acontecimento não procurei refúgio no meu próprio blog, mas sim fechei o navegador. Como um vizinho que, quando você começa a dar oi, a brincar com seus filhos e convidar os mais velhos da família pra fazer tricôt na sua sala, eles mudam de casa, e então vem uma outra família morar no seu lugar, e no outro dia uma outra.... como o homem da mitologia que toda vez que levava a pedra ao alto da montanha ela tornava a rolar montanha a baixo, e toda vez ele tinha que descer para ir buscá-la.
Ao menos eles não me vêm pedir açúcar...pelo menos não até agora
pálida,
plana,
pálida,
cheia de letrinhas.
Senti que algo diferente acontecia. Meu olhos se mexiam furtivamente, procurando por algo que eu não sabia o que era.
olha pra direita,
olha pro alto,
corre pra cozinha com medo de deixar a comida queimar,
volta correndo e olha pro canto superior, ainda mais superior ( pois está acima do nome do blog)
"blog seguinte"
Incrível que, a curiosidade e, não sei se a lógica, me fez procurar quase que imediatamente por um botão do tipo
"blog antecedente"
Até agora não o achei. De qualquer forma, segui adiante, olhando para o olho mágico dos blogs que só me permitia olhar em uma direção (como todo olho mágico). Fiquei pensando se o blog da frente era um blog vizinho que nunca saberá da minha existência se eu não for lá e disser meu nome e lhe convidar pra uma rodada de truco, chá, bolos... ou uma rodada de cerveja. Devo também ser o vizinho da frente de alguma pessoa que fica a me perscrutar, analizar posts sem sentido sobre lagartixas doentes, mms derretendo etc. Vizinhos de corpo e alma que me são como sombras... dúvidas existenciais (ó, blogosfera cruel!)
Tendo olhado para o blog da frente, parei e pensei no quão chato era isso: olhar e ser olhado. Na verdade, olhar sem ser notado, ser observado sem consentir ou mesmo ter consciência disso. Saí correndo suando, percorrendo os milhares de quilômetros de teclas e letras-obstáculos que me separavam do botão do navegador para voltar à página anterior (caminho este que poderia muito bem ter sido encurtado por um atalho, o qual desconheço)... queria o abrigo do meu blog novamente. No entanto, mais uma vez, a dúvida veio se debater com a minha existência, e não pude senão apertar o botão
"blog seuinte"
novamente.
Como se olhasse duas vezes em nanosegundos de diferença, olho pelo olho-mágico-botão-blog-curioso-seguinte e vejo outra pessoa... outro blog, diferente do que eu acabara de ver!!! Agora uma pessoa mais alta e que usava um chapéu de médico do começo do século 19! Um outro blog, completamente diferente, um outro universo!
Depois deste acontecimento não procurei refúgio no meu próprio blog, mas sim fechei o navegador. Como um vizinho que, quando você começa a dar oi, a brincar com seus filhos e convidar os mais velhos da família pra fazer tricôt na sua sala, eles mudam de casa, e então vem uma outra família morar no seu lugar, e no outro dia uma outra.... como o homem da mitologia que toda vez que levava a pedra ao alto da montanha ela tornava a rolar montanha a baixo, e toda vez ele tinha que descer para ir buscá-la.
Ao menos eles não me vêm pedir açúcar...pelo menos não até agora
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