Isaac Newton disse a frase acima.... me pergunto se, no fundo, uma vez sobre os ombros de gigantes, a questão deixa de ser vermos mais longe pois a preocupação então passa a ser outra: passamos sim a ver/encarar outros gigantes... E a grande pergunta que fica é: por que queremos escalar sobre ombros assim, tão altos? Ombros-montanhas, Everests de ombros... Um gigante, que vê assim tão longe, não vê o chão assim tão bem... ou, quando cai, cai de uma altura muito maior.
Por que então buscarmos algo tão alto?
De certa forma, isso nos remete ao mito de Ícaro, a esse constante equilíbrio entre o "tão alto almejamos, de tão alto caímos".
Há alguns dias atrás eu estava pensando no que fazemos para crescer na vida e na carreira: em como nos degladiamos por coisas grandiosas, muitas vezes maiores que a gente, e nos perdemos a ponto de quase cairmos de exausto por elas. Às vezes parece que vivemos em função dessas metas, como se fossem oque há de mais importante no mundo.
Mas realmente, o são?
Me pergunto algumas vezes se não se trata de uma cegueira obstinada seguir por certos rumos. Tenho me questionado tanto ultimamente.... mas tanto mesmo... que tudo me pego vivendo em contínuo desconforto.
Esses dois desenhos (que adoro) falam um pouco sobre isso.
My little Duckaroo, do Chuck Jones
One Froggy evening