sábado, 24 de agosto de 2013

... said my name is called disturbance ( adendo)



A parte mais esquisita em ter quase me enredado numa briga por aqui com alguém foi algo que aconteceu depois do intercalço: todo mundo foi perguntar pro cara como ele estava, ninguém veio ver como eu estava. Na hora eu me vi como no final do "Do the right thing", do Spike Lee, no qual as pessoas de um bairro negro em NY se rebelam contra o dono de uma pizzaria ( pelo oque me lembre), ao que se segue um saque, quebra-quebra etc.






Me senti como aquele chinês dono da loja que está prestes a ser saqueada: por um  momento pensei na possibilidade daquelas pessoas se juntarem contra mim; nunca me senti tão sozinho, tão "gringo" como antes. Por sorte, nada aconteceu.

Por outro lado, diferentemente, não estou aqui esparando que esta pátria me adote; I'm not american... e nunca vou ser... embora eu seja igual a todo mundo.

Apologia a um sushi quadrado


Eu ainda lembro de que a surpresa não partiu de mim; aquilo me parecia natural, até alguém, numa festa, apontar que não:

[..numa festa...]
[bla bla bla]

"- ...meu amigo que faz matemática me falou que um círculo e uma bola são equivalentes.." 

[bla bla ]

Eu parei e pensei... e vi que ele tinha razão: aquilo tanto era verdade ("topologicamente"..sem mais detalhes) como não era assim tão intuitivo como eu imaginava.

Bom...tô falando tudo isso diante da minha recente experiência em aprender a fazer sushi pela internet: no fim das contas o sushi sai...mas ao invés daquele sushi redondinho e bonito que vc come naquele restaurante japonês incrível na Liberdade, os sushis saem quadrados =S





É... preciso aprimorar minhas técnicas culinárias =P

domingo, 18 de agosto de 2013

... said my name is called disturbance


O título de hoje vem de  "street fighting man", dos Stones. Chamaria isso de 'peso na consciência'... ainda mais depois do remorso em ter ( quase) brigado no meio desta última  noite/manhã. Acho que é o James Gleick que, num de seus livros no qual fala sobre teoria do caos, diz que existe um horário na madrugada em que as chances de coisas erradas acontecerem aumentam: um ponto, uma curva, uma singularidade; sim, acho que tropecei numa dessas ontem. 

E aí vc volta pra casa e tenta traçar o por que, onde faltou a razão, onde a razão de perdeu, onde vc se deixou levar por tudo aquilo que não o bom senso. 

... 5 minutos ... algumas poucas fagulhas foram o necessário.
... 5 minutos.. e isso. 

Não sei... talvez a maior lição que possa tirar disso seja a prática da paciência. Interessante por que muitas vezes temos essas palavras como adjetivos... mas não é bem verdade: a exemplo de amar, que não é um sentimento apenas, mas um verbo, no qual se condensam atitudes, gestos e sinceridade... por que não o mesmo com a palavra "paciência"? Paciência, enquanto ato para si mesmo, dada ao mundo e ao que te cerca. Talvez paciência seja um caminho limítrofe entre a racionalidade e esse mundo cheio de fagulhas onde as coisas fogem ao nosso controle.

Enfim... termino esse post com um trecho de Fernando Pessoa em seu "livro do desassossego" 


[10]

E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre ...
Bom domingo a todos. 

Love + peace .... + patience

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Paupéria

Oque será 
que dá pra fazer com
brócolis, 
ameixas desidratadas 
amêndoas?


é...  não é muito difícil adivinhar 
que este é o conteúdo
 da minha geladeira 
esta noite



[Milonga em ré, Astor Piazolla]