sábado, 18 de setembro de 2010

Aula de edp II

Caraleo, a aula de hoje tava complicada de assitir. Mas acho que isso é um fenomeno universal, bem exemplificado por este filminho que eu me lembrei na hora



Acho que isso diz tudo

=)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quelônio-errônio-errante

É fato, velho e sabido pelos habitantes do mundo afora, que algo não cheira bem no reino da polinésia francesa.

Por este e tantos motivos, seus habitantes, como muitos outros animais, de lá têm saído para procurar novos lares (para não dizer novos ares, o que nos levaria ao mesmo ponto de antes - na linha de baixo apenas). Diante de tais proposições, à princípio descabidas, admito, mas que fazem sentido, devo me explicar para que o leitor, no aconhchego do seu lar quentinho nos trópicos,  posso me entender. Tudo começou na última manhã de domingo, quando eu, o sr R, fui ao mercado comprar frutas e verduras.


Interlúdio: Essa é uma história verídica
Interlúdio #2 : tirei essa introdução dos programas policiais norte-americanos..eles adoram isso =)


Manh
ã de  domingo - 12 de setembro de 2010 - Itapopoca - Indiana - U.S.
Saí para fazer a acima mencionada compra do lar. Não sei se posso chamá-la "do lar", pq a compra só diz repeito à mim. Eu, por mim mesmo, não constituo um lar... e o indiano que mora aqui em casa não é bem o que eu chamo...tá...voltando... eu estava indo de bicicleta pro mercado que considero o melhor de todos para os produtos vegetais que crescem nas prateleiras. Lá fui eu, com a minha bicicleta vermelho-preta com uma "caixa de cerveja" na garupa (não se trata bem de uma caixa de cerveja, mas é parecido..qdo tiver uma foto eu posto aqui). Desci a rua na manhã fria de Itapopoca de maneira veloz, de maneira que o vento gelado, de tão gelado, quase arrancou-me o nariz. De fato, o arrancou, mas eu tinha outro no bolso e coloquei no lugar.

Segui viagem. A sabedoria dos amigos que andam pelo mundo me fez virar à esquerda no fim da descida, e assim eu encontrei o/um atalho. Isso iria fazer toda a diferença...pois isso me levou a encontrar o que adiante eu vou descrever.

Peguei o atalho de maneira sensata, sem grandes arroubos sobre a minha bicicleta. Não poderia bater de frente com o vento, pois não haviam mais narizes no meu bolso caso eu perdesse o que eu tinha no vento gelado. Fui, cauteloso e sensato...até chegar na 10th street. Lá, como de costume, pedalei, como nunc apedalei antes..mentira, como pedalo sempre: até encontrar o farol fechado.

Parei na grande esquina da 10th com aquela outra rua gigante que nunca lembro o nome. Mas é enorme, e já parece uma estrada, pois nos arredores não tem quase nada (além de uma loja estranh que nunca vi aberta e a linha do trem.

Olho para o alto e vejo o sol, que me importuna. Sol que importuna os que andam pelo mundo..queria eu estar do lado de dentro do carro que ao meu lado estava. Sob o sol somos diferentes, mas sob o farol, os mesmos: os dos parados, esperando o farol abrir. Eu, no frio que virou calor repentino de Itapopoca; e o dono do carro no ar condicionado da Hiunday, esta de algum lugar do mundo (da China, provavelmente).

Olho para a continuação da estrada que terei que percorrer. Subida grande.

"PQP...merda de subida..."

[Inventaram a bicicleta com marcha, ma nada que substitua minhas pernas para que elas não tenham que fazer este trabalho todo]

Olho mais atentamente.. o sol me ofusca a vista. Apesar disso, vejo algo se movendo no asfalto, logo depois da rodovia que cruza com a avenida que espero para atravessar (maldito farol).

[Deve ser um esquilo (um que não foi morto pelos moradores de Itapopoca que têm licença para caçá-los)]

Farol verde.

Sigo adiante, enquanto o dono do carro ao lado vira à esquerda ou direita.. de forma que não segue na mesma estrada que eu, que pedalo então sozinho e resignado, em direção ao desconhecido....que de perto, já não é tão desconhecido..


"CARALEO!!! UM QUELÔNEO!!!!!"

Disse isso bem alto...mentira..não disse isso porque não tenho certeza do que é um quelônio...Mas o som teria sido agradável, por que soa bem..
CARALEO < QUELONEO < QUADRADO < PERITÔNEO < NEURÔNIO

Disse, isso sim:

"CARALEO!!! UMA TARTARUGA!!!!!"

Não sabia o que fazer diante do meu espanto... ela estava atravessando a rua, com o pescoção esticado. E parecia que estava se esforçando para atravessar a pista rápido. Não sei como ela havia conseguido chegar quase ao meio da pista sem ter sido atropelada, por que a outra faixa estava completamente movimentada: não parava de passar carros.

Joguei a bicicleta no acostamento, e parei pra ver se algum carro vinha ao encontro da pobre tartaruga ( e de mim, que tentava fazer algo por ela).

[Nenhum..não na minha, ops, faixa dela]

Corri em direção a ela e pensei:

[puts..será que morde?]

"Bom, foda-se!"

E peguei o bicho pelo casco. Foi engraçado, por que ela se escondeu na hora.. fez até um barulhinho

[puffffff][.....]

como se fosse uma almofada que alguém senta em cima... fiquei rindo sozinho. Ela ia ficar ali, no meio da pista, dentro da casa dela? Eu hein...se eu já acho viver em Itapopoca complicado, que o diga morar numa casa, no meio de uma faixa numa estrada, com um monte de carros passando. Levei ela até um gramado enorme que havia no mesmo lado que eu havia deixado a bicicleta. Ela, ainda escondida dentro de casa (provavelmente estudando meus movimentos pelo olho mágico que deve haver no casco); eu, rindo de todos estes artifícios dela para fingir que todos sairam pra jantar, volte outro dia.

E então segui, deixando a tartaruga para trás. Mas a dúvida veio ao meu encalço (acho que ela pulou dentro da minha cesta de cerveja): porque eu não a ajudei a atravessar a pista? Será que eu fiz certo em tê-la colocado do mesmo lado que ela havia começado?

Uma merda isso de ter consciência.. e isso que eu tenho pouca perante os meus atos e comportamentos. Fui pro mercado pensando no quanto o bicho deveria me odiar pelo que eu fiz.

E se ela tinha marcado com um tartarugo do outro lado da pista e, no meio da viagem, eu cheguei pra atrapalhar? Caramba, o tartarugo pode ter ficado puto com a demora dela (já que ela teria que atravessar metade da pista de novo) e foi embora. Vai que ela estava tentando um suicídio e eu, no alto do meu altruísmo, estraguei o seu intento.

Estas e tantas outras perguntas coerentes passara pela minha cabeça enquanto estava no caminho do mercado, no mercado, e na volta do mercado... ao menos até o cruzamento, já que voltei pelo mesmo caminho que fiz.

Nenhum sinal da tartaruga.
Nenhum rastro na pista.
Nem de pneus,
Nem de casco,
Nem de casa/casco.

Então parei no cruzamento, olhei pra minha cestinha de cerveja na garupa e falei:

"Consciência, vc está muito pesada. Desce agora, nesta mesma esquina que te encontrei"

Se ela desceu da cestinha ou permaneceu escondida, eu não sei dizer a vocês.
Mas não podia deixar de lhes contar essa história.


ps: na polinésia francesa, presumo, deve haver muita tartaruga. E no geral, as tartarugas devem sair de lá por que os franceses comem elas ( e os caramujos tbm).
ps2: a polinésia francesa deve ser francesa mesmo, por que se fosse minha eu ia colocar "polinésia do Rafa, aquele menino legal do carnaval"
ps3: qual o nome da sua polinésia? Ela tem programa pro próximo sábado à noite já? =P

sábado, 11 de setembro de 2010

Aviso.... e aviso de novo

Eu ando doente.. não sei, acho que é a garganta. Tá meio inflamada, não sei direito. Mas tbm, com esse frio que anda fazendo, como não poderia ficar ruim? De fato, fiquei... o engraçado é me ver andando de blusa pela cidade e ver umas menininhas de shortinho e camiseta.. caraleo, elas não têm frio? E os caras tbm, andam como se isso fosse verão.

Mas isso me faz lembrar de que eu queria falar com vcs.. isso mesmo. vc aí, agora, sentadinha(o) na frente do micro, pensando em nada.. olhando pra esta aba do seu navegador e pra outras tantas ao mesmo tempo, vendo se aquele download terminou, abrindo o msn pra ver se aquela(e) menininha(o) respondeu o seu "hahahaha" sem nexo que vc manda a cada cinco minutos.

É, eu sei que quando vc mais está interessado em saber o que eu vou falar hoje vem alguém e te atrapalha. Por exemplo: vc pode estar agora prestes a ler o que eu tenho a dizer e chega o seu cachorro e começa a tentar procriar com  a sua perna.. vc vai, leva ele pra fora, e volta pra continuar a ler o post...

Aí, vem o seu gato..ronronar e pular em cima do seu mouse (será que gatos têm tara por mouses tbm? Relevante esta pergunta, não? Dá pra ganhar o ignóbel com isso rsrs =).. vem o gato e começa a pedir comida.. fdp!!1 E vc doida(o) pra ler a porra do post que o Rafa acabou de colocar, quentinho, recém saído daquela cabeça cheia de cachinhos... e por falar em quentinho, lavar a roupa aqui é tão gostoso. Sério... sério e impreciso, pq na verdade o legal não é lavar a roupa, e sim colocá-la pra secar na secadora. Ela sai tão , mas tããão quentinha que vc abre a máquina e põe a mão nos tecidos e sente aquele morno.. mais parece um ninho de roupas.. dá vontade de entrar na máquina e gritar bem alto:

" Alguém pode fechar a porta!!! Eu vou dormir aqui hoje!!!"

Mas não vem ninguém pra fechar.. diferente do seu caso, pq agora o que deve estar incomodando é aquela porta entreaberta que a sua mãe deixou quando veio falar contigo sobre qualquer coisa.. aí fica aquele barulho de televisão na sala. Justo agora que vc estava extremamente afim de ler o conteúdo extremamente precioso deste post de hoje.. é, parece que não vai ser no próximo 1 minuto, pq aquele seu amigo te ligou te chamando pra ir ver o jogo do mengo. Vai, não seja mal educada(o) com ele: amigos são coisas preciosas (algo que talvez alguém algum dia patenteie.. vai saber?)

Papo vai papo vem, vc dá um perdido e diz que tem que desligar. Claro, seu amigo vai insistir e tudo mais. Mas agora vc já está mega master over curiosa(o) em saber o que eu vou contar...

Então é a tua filha mais nova que liga, dizendo que foi super bem na prova de matemática dela. Vc, óbviamente, fica feliz. Esquece um pouco do post, mas agora é sua filha que quer desligar rápido, pq ela está no intervalo da escola e já deu o sinal pra voltarem pras salas.

.. mas aí vc dá um chute na mesa sem querer e o seu pc trava. Seu navegador dá umas travadas e vc acha que vai ter um treco pq não consegue saber o que está na próxima lin

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Livro de receitas

Pegue um nabo. Coloque duas ou tres palavras dentro dele; por exemplo: bastão, ouro, amplidão. chacoalhe. Você não vai ouvir ruído algum. É normal. Aí ajoelhe-se com o nabo na mão e diga:

Como  bastão que me foi dado
com o ouro que me foi tirado
e sem nehuma amplidão
de conceitos e dados
quero renascer brasileiro e poeta


Quem te ouvir vai ficar besta


Hilda Hilst - contos d'escárnio- textos grotescos